domingo, 22 de dezembro de 2013

X ANTOLOGIA PORTAL CEN 2013 - ESPECIAL DE NATAL







ANTOLOGIA VIRTUAL DE NATAL CEN 2013

X EDIÇÃO – ESPECIAL DE NATAL

Feliz Natal e Próspero Ano Novo!

“Desejamos a todos um Natal abençoado!
Que o Amor da noite de Natal
Faça presença constante em nossa vida
Para que todos os dias podemos celebrar
O nascimento de Jesus em nossos corações.”


São os sinceros votos do Portal CEN – “Cá Estamos Nós” aos nossos autores, colaboradores e leitores. Carlos Leite Ribeiro Presidente do Portal CEN e seus Assessores.



Autores e Colaboradores CEN




Selo Participativo.

Maria Beatriz Silva (Flor de Esperança)
 Assessora do Intercâmbio Cultural CEN 
 Brasil/Portugal

Termina mais um ano, cumprindo com mais um ano do nosso compromisso com os ilustres autores e colaboradores do CEN, realidade, respeito, dedicação e amizade. Concluímos na XV edição da Antologia Virtual realizada pelo Portal CEN – “Cá Estamos Nós” e a X Edição da Antologia Virtual, organizada por Maria Beatriz.

Com grande orgulho apresentamos aos inúmeros leitores desse majestoso Portal a grandiosa Coletânea Virtual CEN de Natal composta por cento e dois renomados autores. Uma produção literária de grandes talentos.

Nessa Edição Muito nos honra as participações especiais que completam com brilhantismo essa edição: O cantor Augusto Cabral que abre a nossa Antologia com sua canção de Natal. A poetisa Letícia de Jesus Souza Faria e o poeta Adriano Coelho Peixoto de Laje do Muriaé (RJ), vale ressaltar que os ilustres poetas lajenses, integram pela primeira vez com sua participação para o intercâmbio Cultural Brasil Portugal, esperamos que através deles muitos outros poetas lajenses, possam ousar atravessar o oceano espalhando o seu lindo poetar. Sejam Bem vindos!

Convidamos a você leitor apreciar o nosso trabalho. Conheça um pouco mais de cada autor que compõe a Coletânea Virtual, acessando no final de cada texto o link da sua página de Autor no CEN. 


Parabéns poetas e Escritores, que através de suas palavras em prosas e versos difundem pelo mundo o perfume do amor! Feliz Natal! Feliz caminhar!


Agradecimento:

Agradecemos todos que colaboraram para mais esse projeto de “divulgação internacional e direta” dos nossos poetas e escritores.


                     Sigo a luz do amor! Você vem comigo?

25 DE DEZEMBRO: NATAL - O NASCIMENTO DE JESUS!

Um perfume diferente no ar, cores que bailam por todo o universo, música faz-se ouvir em melodia profunda, que toca o nosso coração, alegria, esperança... Um desejo de amor a espalhar... É dezembro, é tempo de refletir, e preparar para o nascimento de Jesus.

FELIZ NATAL!

No fracasso adquira experiência
Nos obstáculos não abandone a fé
Não deixe que o sucesso te faça egoísta

Faça da humildade e o perdão
Sua constante oração

Libere o amor em seu coração
Para que todos os dias da sua vida
Seja sempre NATAL.

NATAL é Jesus Presente no nosso coração.

(Flor de Esperança)
           
“o verdadeiro espírito de Natal não pode morrer
     não diga Boas Festas, diga Feliz Natal”

Feliz Natal com Jesus no Coração!

Luz e Amor no seu caminhar!

Maria Beatriz Silva (Flor de Esperança)
 Assessora do Intercâmbio Cultural CEN 
 Brasil/Portugal




 AUGUSTO CABRAL

FELIZ NATAL PRA VOCÊ
(Letra de música do Autor: José Augusto Cabral)

É Natal! E as estrelas, no Céu, brilham mais;
Porque a Grande Estrela da Paz deu ao mundo o Seu Coração...
É Natal! E a magia que envolve este dia,
Transformando tristeza em alegria, cobre a Terra em qualquer direção.

Vêm dos Céus, muita luz e canções, com um coro Angelical.
E aqui, outras luzes sobem aos céus nesta Noite de Natal...
Lá no Céu, pra Jesus, homenagens e canções Angelicais.
E na Terra, muita Paz, enfeitando este Dia de Natal.

Sobre as nuvens, neste Dia, com muita emoção,
Muitos Anjos, em coro, cantando, interpretam essa nossa canção...
E hoje eu sei que, na vida, o mais importante
É que o Aniversariante mora dentro do meu coração...

Lá no Céu, muita luz e canções, com um coro Angelical.
E aqui, muita Paz... Pelo menos neste Dia de Natal.
Lá no Céu, pra Jesus, homenagens e canções Angelicais.
E na Terra, muitas luzes enfeitando esta Noite de Natal.


 NO VÍDEO: 
FELIZ NATAL PRA VOCÊ com José Augusto Cabral




ADRIANO COELHO PEIXOTO
Laje do Muriaé (RJ) Brasil

SONHO DE NATAL
(Pedido de menino)

Tenho a alegria de criança
E uma tristeza de infância
Quando a cada Natal, a ânsia
É uma enorme esperança.

De lhe ver chegar presente
De não ser tão ausente
Se lembra de meu brinquedo favorito?
Não tens saudades de meu sorriso mais bonito?

Eu sou criança e me alegro com a sua companhia
Entre tantos presentes
Te  sinto ausente
Falta o brinquedo que não tem valia.

Cada Natal que passa vou crescendo
Você não vê, mas está  acontecendo
Ter você presente,  vou esquecendo
Mas num sonho de Natal, eu me lembro.

E o Natal vem chegando
E um presente vou pedir:
Pai,não te quero me presenteando!
Quero apenas, pai, você perto de mim.


(Adriano Coelho Peixoto)

ANDRADE SUCUPIRA FILHO
Vitória - ES

NATAL ETERNO

Doces, sublimes sentimentos vêm,
vibram, penetram mentes, corações...
Chega o Natal destilando emoções:
o ser irradiando todo o bem.

Vou meditando, aqui por minha vez:
Quão bom seria se esse "oceano" lindo
de amor e paz permanecesse infindo,
sem limitar-se por somente um mês!...

Andrade Sucupira Filho
Poeta, jornalista - editor da Cultura Revista
Vitória - ES



ANTONIO PAIVA RODRIGUES

NATAL A FESTA QUE LEMBRA PAZ, AMOR E HARMONIA.

Natal festividade pura onde a caridade e a fraternidade se irmanam para iluminar as nossas mentes, e fazer com que brilhem as nossas retinas. Nessas trilhas sem pedras de tropeços misturam-se todos os povos, cristãos, judeus, agnósticos e ateus, para receberem o menino que terá a missão divina de transformar o mundo na glória de Deus. As nossas mãos transformam-se em pétalas generosas retirando todos os espinhos que causam dores e amarguras e, num piscar de olhos metamorfoseiam em ternura. As rosas do bem nascem em qualquer lugar até em caminhos sofridos, mas através da luz divina vem à brandura e com o céu estrelado o panorama muda em brilho e cor com semblante aspectado.

Nós almejamos um natal feliz de olho nas necessidades transformando a alegria em pão de amor e bondade. Nem só de pão vive o homem, mas os carentes, necessitados e estropiados precisam saciar a fome com o alimento sagrado. Aqui no meu cantinho pequeno e acolhedor, na minha casa modesta não existe lugar para solidão, mas muita festa, pois a mesa sempre está presente o pão. Procuro enfeitar com luzes coloridas e intermitentes, no compasso do tempo o brilho resplandece, fenece qualquer dúvida, imantando o bem que se torna doce abrigo, se eu pudesse voltaria ao meu sertão deixando Jesus contigo.

Paz é a frutescência do amor de quem ama verdadeiramente e com esse viés almejamos felicidade, paz e alegria nesse natal para muita gente. As criancinhas
vislumbram a figura de um velhinho de vermelho e branco, ou de azul não faz mal, é papai Noel o bom velhinho que nasceu e se criou na mente de São Nicolau. Uma bela árvore natal multicolorida eu espero abrilhantar os presentes, fazendo com que eles reverberem com toda a alegria a criação de Lutero. O dia passa a noite cai, as estrelas cintilam, o sol se esconde, a lua aparece linda, cheia e esplendorosa parecendo uma enorme rosa no céu cor de anil saudando o povo do Brasil.

Leve é o cair da folha sobre a relva. Belos são os dias com a presença de Deus, leve é o voo dos pássaros na direção do céu, leve é o orvalho que cai sobre as pétalas das flores, o passo da criança sobre o caminho, o suspiro de quem parte e saudade de quem fica. É natal a festa maior da cristandade é a comemoração do nascimento do menino prodígio Jesus, o Messias. A cidade se encanta, as ruas todas iluminadas, a ostentação é o ponto forte, nós desejamos aos amigos sorte, felicidade e sucesso. A ceia está pronta repleta de saborosos alimentos, no entanto volto meu pensamento para aqueles seres sofridos, esquecidos e que jamais comemoraram um Natal.

A ausência do bom velhinho numa casa isolada mostra o semblante de duas criancinhas olhando para o céu a espera de um trenó passar. Pura ilusão nem presente nem pão, apenas a solidão que comove coração. Quem inventou essa festa um bom planejamento não fez, pois a alegria alarga o sorriso de uns e as lágrimas de outros, o mais certo seria a alegria de todos sem distinção, visto que, quer queiram quer não pela parte de Deus somos todos irmãos. Não esquecer jamais que o Natal representa para o mundo cristão, muita fé e esperanças.
O espírito natalino transborda nos corações humanos, formarão psicosferas de esperanças, parecendo imensas nuvens a resplandecerem nos Céus de amor, fraternidade e caridade. Feliz coração que almeja alegria e felicidade e, que elas sejam imantadas pelos descrentes. Toda felicidade esperada está ao nosso alcance, todo amor ínclito está no íntimo de nossos corações, a festa natalina retrata com todas as letras a importância da superação das adversidades.

Precisamos de força interior para seguir adiante na escalada da vida de multifárias permutas, que não haja malogro, nem malversação dos nossos sentimentos, tudo para nós é meritório sem oblívio, que não haja paradoxos e que o pélago esteja afastado de todos sem exceção. A materialidade bem usada pode ser benfazeja, mas o mau uso nos conduzirá ao materialismo exacerbado, que dominará a mente dos homens insensatos. Se zombarem dos seus sonhos, sorria imaginando a realização deles, se cada um de nós vivenciarmos o verdadeiro espírito do Natal as benesses nos conduzirá pela diretriz certa durante o ano novo que está para começar.

Lembremo-nos que embora todos nós tentemos responsabilizar os outros pelos nossos problemas, a verdade é que, com exceção de casos de absoluta força maior, como os relacionados com a saúde física, o culpado pelos nossos fracassos e tristezas somos nós mesmos, que fomos configurando o nosso caráter sem ter as ideias bem claras quanto às consequências dos nossos pensamentos e a nossa forma de ver. Vamos nos reabilitar nesse Natal pedindo ao menino Jesus proteção, amor e carinho.

E que o homem seja mais afável eliminando de sua vida a violência, a corrupção e pedimos aos nossos representantes políticos que lutem com afinco para a exterminação da fome e da miséria, pois esses dois vetores são as causas da violência que assola a humanidade e a nossa Pátria amada. Nas neves lindas e frias do inverno europeu, no sol causticante do deserto africano, nos mares azuis do nordeste brasileiro, nos verdes das florestas brasilianas. É hora de paz, harmonia e amor, amor regado à verdade no seu apogeu.

Enxuga teu pranto no amor humano, vivenciando a destreza de refúgios altaneiros. Espelhe a sua paz interior e isoles as ações deleterianas. A gratidão é ação terna e cheia de esplendor, o céu brilha ao raiar do dia, mostrando a força de Deus, no seu apogeu magistral o tempo passa sem que denotemos. As horas vividas sem consolo, sem guarida e pequenos esmeros, vivenciar é esperança de amor, gratidão, harmonia e fulgor. Almejamos um mundo melhor, mais humano, menos corrupto, e que a gratidão possa fazer a alegria e trazer felicidades para todos os nossos familiares e amigos. Amigos do peito, sejamos bons de coração, tratando nossos irmãos com compaixão e lealdade, pois já temos idade para assim lidar.

Dia de festas, as constelações brilham cintilantes, brindando o salvador. As casas resplandecem em cores, a luz brilhará mais forte, fenecendo tristezas, gerando alegrias, pelo presente divino que o Pai nos ofertou, com louvor.

Dedicamos todas as esperanças com sua chegada e que nos faça nascer de novo. No mundo de alegrias, repleto de harmonia onde o sol irradia momentos de paz e não estorvo.

Que o argueiro e a trave se dispersem e as glórias dos céus venham abençoar magna data, onde se recata as esperanças, na retífica da visão, na construção da paz, no sorriso de um menino redentor. A Luz da vida, onde o bem vencerá, haverá momentos de alegrias, silêncio e preces altaneiras e renovadoras, de ingredientes de paz, de dulcificação de mãos misericordiosas, nos caminhos da libertação das masmorras. Nas manjedouras divinas onde se instalarão vidas fortalecedoras e benfeitoras de uma paz imorredoura.

Natal, dia de esperanças, meditação, conforto espiritual, orgias jamais, a luz da vida voltará a brilhar, é Cristo com sua energia benfeitora. Vamos praticar o bem sem olhar a quem e desejar um grande e feliz natal para todos e que os países do mundo possam se harmonizar na paz, no bem e no amor. Exterminem as guerras violentas, visto que o sangue derramado, Jesus já ofertou para nós.

Feliz Natal e esplendoroso Ano Novo!




ARIOVALDO CAVARZAN
Campinas – Brasil

AS PROMESSAS
Natal de 2013

A paz que transbordou da manjedoura,
Esparramou-se, envolvendo corações,
Fazendo firmes, fortes, duradouras
As promessas do Menino,
Sopradas em espera, perdão,
Fé e fraternidade,
Redentoras.






ARI SANTOS DE CAMPOS

CHEGOU NATAL

Hoje acordei, e ao bom sono voltei;
porque desperto sonhar não consigo,
vou ter os sonhos que sempre busquei
nas fantasias que dormem comigo.

Na minha infância o meu tempo passei
com belos sonhos dos quais eu prossigo
em cada sonho que tanto sonhei
terei decerto o que sempre persigo.

Foi nessa fase de buscas de sonhos
que para tê-los bom tempo gastei
fazendo templos de sonhos bisonhos.

Então espero..., espero..., cansei.
Mas de repente vêm sonhos risonhos,
- chegou Natal e do sono acordei.


ARY FRANCO (O Poeta Descalço)

PERDOA-NOS, DEUS!

Comemos, bebemos, brindamos, cantamos, trocamos presentes,
Sem reverenciarmos Teu Filho, o Aniversariante Ausente.
Entramos pela noite adentro festejando, sem uma prece sequer
O Natal está cada vez mais distante do sentimento que ele requer.

Deturpamos o sagrado significado desta data maior da Cristandade
Transformando-o em trocas de bens materiais, beijinhos e abraços.
Num canto, um presépio armado, uma árvore falsa piscando claridade.
Risos, folguedos, algazarras e muitos espalhafatosos estardalhaços.

Ninguém se lembra de entoar uns “parabéns pra você nesta data querida”...
Mas isso não faz muita diferença, pois Vós destes o Vosso filho eterna vida.
Reverenciamos um velhinho, vestido com uma roupa vermelha e branca.
É ele o mais importante da festa. Papai Noel, adorado por toda criança.

Quanta euforia desperdiçada, desvirtuada de Vosso querido filho Jesus.
A humanidade parece já ter se esquecido do seu sacrifício na santa cruz.
De joelhos, peço o Vosso perdão. Não temos intenção de cometer algum mal.
Apenas, através de gerações, fomos desaprendendo o significado do Natal.

Ary Franco (O Poeta Descalço)


AGAMENON ALMEIDA

NATAL

Dizem que o Natal não existe
Que é pura apelação comercial
Apenas uma invencionice
Atribuída a São Nicolau

Dizer que o Natal não existe
Dele não tira o sentido essencial
Certamente, tão simples e sutil
Que não se explica de forma normal

É preciso recorrer aos sentimentos
Carinho, afago, um brilho no olhar
Pra se entender tantas evidências
Que só a esperança sabe explicar

Ai então, tudo é contentamento
Argumento impossível de contrapor
Porque na vida o que vale é o que se vive
Natal é sempre, perene fonte, de amor.

Onde a doçura se asperge pelo ar
Sonho bonito que regala o coração
Jesus menino sorrindo em cada lar
Unindo todos em contrita oração.



© ARAKEN VAZ GALVÃO
Valença (BA) Brasil

VIAGEM À FRONTEIRA
1º de novembro de 2011


          Era rebelde. Sendo mais preciso, poder-se-ia dizer que era, não só rebelde, mas bastante radical. Criado em família católica, não muito praticante, tinha sido batizado, como todos os seus irmãos. Sua mãe comemorava o Natal, a moda sertaneja, Com simplicidade e parcimônia. Mas isso eram apenas lembranças dos tempos de menino.
          A rebeldia chegara com a adolescência, ali por volta dos 18 anos. Frases como a “religião é o ópio do povo” – ouvira, aprendera e decorara e passara a fazer parte do seu vocabulário. Esse, e outros aprendizados, guardara em segredo, afinal, não desejava magoar a sua mãe. Mas, secretamente gostava da festa. A ceia de Natal, como era chamada.
          Todos em volta da mesa – a mãe, postada à soleira da porta da cozinha, observá-los, sentindo uma felicidade muda no barulho de sua ninhada, pronta para destroçar a galinha recheada com farofa, que fora comprada viva na feira. Os perus, tão fáceis de serem cevados e sacrificados na roça, ainda não eram populares nos subúrbios do Rio de Janeiro, para onde sua família agora vivia.
          Por essa época, junto com a máxima que ligava a religião ao ópio, aprendera outras, que falavam ser o “dever do revolucionário era fazer a revolução”. Sim, porque, por esse tempo, considerava-se dessa estirpe. Sabia também que “a violência era a parteira da História” e que “o poder político saía do cano do fuzil”. Foram esses aprendizados que o levaram à luta armada e – depois de uma série de percalços – às prisões e ao exílio.
          Exílio, tempo de solidão. Mas também de reflexão. E, consequentemente, tempo de amadurecimento. Foi por essa época que ele redescobriu o Natal. Não como um ritual religioso – pois, continuava descrente –, mas pela confraternização implícita da festa.
          Em um ano daquele longo exílio, um amigo, também exilado, o convidou para acompanhá-lo à fronteira, para fazer algumas compras. Era um risco enorme. Sabia que havia um grande número de esbirros da ditadura que caçavam os “subversivos” e que ficavam também vigiando os que procuravam sair do país.
          O seu amigo escolhera a cidade uruguaia de Rivera, para arriscar-se do outro lado da fronteira, em Livramento. Tudo correu sem percalços, a ida, a volta. As compras que fizera, coisa do Brasil, que a saudade tornara idealizadas, foram: castanha de caju, guaraná, bombom sonho de valsa, charque, feijão e cachaça para a caipirinha.
          Tomou a iniciativa de fazer uma “ceia” de Natal para si próprio. Comprou limão, gelo – não tinha geladeira – envolveu-o em jornal e serragem. As castanhas eram o tira-gosto. A ceia seria feijão com jabá. Em um velho estrado improvisou um divã, onde se estendeu, apoiando as costas de encontro à parede; arrimou uma mesinha e começou a beber. Em determinado momento, lembrou-se da infância, das tertúlias – sempre criticadas por ele, afinal, “a religião era o ópio do povo” – que sua mãe realizava.
          Não soube se por efeito da embriaguez ou da saudade, começou a repetir, entre lágrimas, primeiro em voz baixa, depois, boquejando em um tom um pouco mais alto, olhando para a porta da cozinha da sua casa: Feliz Natal, mãe! Feliz Natal!
          O pranto se fez mais forte. Despertou no dia seguinte – sem saber a que horas pegara no sono –, com uma tremenda ressaca. O guaraná diminuiu o gosto ruim da boca.

          Tinha esquecido de comer o feijão com a carne do sertão.



ANGELINO PEREIRA
Guimarães – Portugal


A MELHOR PRENDA DE NATAL
17 dezembro de 2013

          Estava uma noite fria. Nevava em fragmentos dispersos pelo ar como estrelas incandescentes que flutuavam por todos os espaços daquela cidade meio adormecida. O ruido e a pressa de um dia de trabalho e a vontade de chegar ao acolhimento, em seus recantos junto à lareira, lembrava a paz que existe no silêncio em tudo que é belo. Nessa procura de estar bem, caminhava placidamente pelas ruas da cidade um homem esquecido do tempo e de si mesmo, porque ninguém o encontrava. Há muito tempo deambulava pelas ruas à procura do que nunca tivera. Algumas sensações, havia experimentado. Tivera uma mulher que lhe dera dois filhos, mas quando parecia tudo perfeito chegou a exclusão social, porque a mulher o trocara por outros que lhe prometeram melhor vida e o homem refugiou-se na bebida. E copo após copo, tornara-se uma vítima desse vício que nunca mais o largara até que chegou o dia em que perdeu o emprego e a família, porque a mulher ganhara, perante o juiz, direito de custódia sobre os menores e o homem, inventor do projeto de uma família, acabou por perder tudo e lançado na rua da amargura, por perda do seu emprego. A sua permanente procura do álcool lançara-o numa dependência total, vivendo da caridade na situação de uma residência sem-abrigo, em qualquer canto da cidade. Deitado sobre cartões e alguns farrapos que recolhia à noite quando os habitantes da cidade colocavam, junto das portas, o lixo à espera da equipa dos serviços da câmara municipal para recolha e encaminhamento para lixeiras de tratamento e aterros, depois de um processo de separação e possível encaminhamento para reciclagem. Depois de ingerido o alimento possível que conseguia reunir durante o dia o homem deita-se no chão sobre as cartolinas, na cama que conseguia, mas que fosse de arrumação simples, antes que a porta do estabelecimento comercial se abrisse. Procurava o melhor relacionamento entre vizinhança e proprietário do imóvel que o abrigava da neve que caía na rua naquela noite tão gelada. E deitava-se e até sonhava, revia a sua infância em sonhos como tentando voltar ao princípio para poder corrigir a trajetória do que havia sido mau... E sonhava: exprimia a verdade e a vontade de ser com tranquilidade e clareza porque nada o impedia de o fazer. Era livre de pensamento e não tinha obrigações com ninguém. A rua é de todos e ninguém paga coisa alguma por caminhar. E ele até podia mudar de rua quando quisesse. Sem abrigo são todos os espaços da cidade onde se pode ficar o tempo que se quiser. Ele estava de bem com todos e escutava todos os que passavam à noite lamentando-se da vida. Pessoas interessantes e incultas e tantas cultas sem interesse, mas todas tinham histórias para contar. Mas o melhor para todos é evitar gente conflituosa e agressiva que tanto mal fazem ao espírito de cada um, alimentadas por um egoísmo destruidor, como ele havia sido vítima de outros e de si mesmo. Ali, naquela noite gelada, dormitava como cão vadio sempre de olho aberto e ouvido atento aos movimentos da cidade, porque ninguém dorme completamente em meio desgovernado. Não se podia comparar com ninguém pelo perigo de se tornar azedo ou arrogante no azedume que o amargo da vida faz. Sempre admitia alguém em piores condições que as dele e portanto ainda tinha motivos para se regozijar e sonhar projetos, e dizia para ele mesmo: «homem mantém vivo o interesse pela tua vida, por mais humilde que seja; é um verdadeiro bem, nesta incerteza de estar no mundo. Muitos que nunca pensaram cair, caem, e outros que nunca pensaram chegar, chegam. O mundo está cheio de armadilhas. Todavia não feches os olhos à virtude que existe em teu redor, nem às pessoas que defendem os seus ideais e lutam por valores mais altos – a vida está cheia de heroísmo.» E o homem virava-se na enxerga que não enxerga coisa alguma além da miséria humana que mostra este viver indigno da pessoa humana mas que o mundo teima em construir para vergonha de todos, e tenta dormir. O cinismo em relação ao amor que, face a tanta aridez e desencanto, se mantém perene como uma haste de erva, fazia naquele homem um sem-abrigo sereno, sem mágoa, numa aceitação serena deixando passar o tempo, sabendo deixar graciosamente para trás as coisas da juventude e recordando a alegria que cultiva a força de espírito, para se proteger do ódio e azares inesperados. Chegara a semana que antecedia a noite de natal e das conversas que o homem ouvia, enquanto dormitava, ouviu duas jovens que passavam por aquela rua já há alguns dias. Aquelas vozes chegaram-lhe aos ouvidos doces, muito doces como que de um lugar da sua memória. E prestou atenção a todos os dias e todas as horas, nos breves minutos que passavam por ali. E escutava. A Natália, como uma chama à outra, recordava-lhe um nome que ele próprio havia escolhido para fazer parte da sua vida... E nessa noite apenas percebeu que ambas falavam de amores em idades da juventude. E ele ficou curioso e passou a programar um ponto de encontro, naquele lugar, com aquelas vozes que passavam naquele semiescuro da noite... Esperou ansioso mas o pior aconteceu. Isto é, não aconteceu: as vozes não chegaram. E ele deitava-se à espera e pensava: «Não te atormentes a imaginar o pior. Muitos medos nascem do cansaço e da solidão». Na realidade o fantasma da solidão pode produzir sensações e comportamentos imprevisíveis e descontroláveis. E apesar da miséria do mundo ele mantinha aquela autodisciplina «saudável» talvez equilibrada e benevolente consigo mesmo. E tinha sempre aquele pensamento: «És um filho do Universo, como as árvores e as estrelas. Tens todo o direito ao teu lugar no mundo». E ficou por ali como sempre, todas as noites.
          Chegou a ante véspera de natal e um grupo de voluntários visitou todas as ruas e lugares da cidade para fazerem o levantamento do número de pessoas sem-abrigo para os reunir numa noite de consoada. O homem ouviu vozes ao longe em sua direção e voltou a ouvir a doce voz de Natália que se aproximava com a amiga das conversas de passagem por aquela rua, e ouviu que ela chama por Soraia.
          Um jornalista que acompanhava o trabalho, que os jovens realizavam de apoio aos sem-abrigo, perguntou: qual a razão de tal ato de solidariedade e caridade para com o próximo? Então a Natália, apresentou Soraia, sua irmã e explicou.
          - Há vários anos que este grupo se junta para fazer este trabalho, que achamos muito importante e nosso dever para que todos possam ter o melhor natal. E o jornalista voltou a questionar:
          - Mas não era melhor ficarem em casa como a maioria?
          - Se cada um der um pouco de si. Todos podemos melhorar o mundo e se os que podem derem um pouco mais, então podemos acabar definitivamente com este drama mundial, que tanto envergonha a humanidade. E perante outra questão acrescentou:
          - Além desta missão eu tenho outro objetivo, procuro meu pai, que nos abandonou por desentendimento com minha mãe. E nesta procura que faço, na ajuda que vou fazendo, pode ser que encontre alguém que leve para casa e nos faça um natal mais feliz.
          O homem, que já estava perto, escondeu o rosto com as mãos quando o grupo de jovens se abeirava dele para o inscrever para a noite de consoada.
          Natália dirigiu-se ao homem e perguntou:
         - E o senhor, como se chama? E o homem gaguejou e não se conteve tomado por um chorar comovente.
          Natália e Soraia colocaram as mãos nos ombros do homem, quase num abraço, acariciaram-no para o sossegar e perguntaram, quase em uníssono, como se ambas quisessem em simultâneo saber a razão de tal desgosto para além do seu infortúnio. E Soraia continuou:
         - Pode dizer o seu nome e se quer cear conosco, na noite de natal, e nós vamos tentar transmitir-lhe a paz que precisa para acalmar a sua dor. Vai ver que vai melhorar. Quer dizer porque chora, quando nos viu chegar? E o homem contém o choro e responde:
          - Apesar de todos os enganos, dificuldades e desilusões, vivemos num mundo bonito. E Natália, admirada, fica curiosa. Como era possível de repente o homem sair de um chorar sofrido e falar tão bonito. E ele contou:
          - Faz tempo que mergulhei na desgraça da rua por incompreendido, marginalizado, como se eu tivesse que carregar todas as culpas. Abandonado por minha mulher, perdi a paternidade, o emprego e deram-me este sofrimento que recebi por castigo e merecimento dos males que fiz. Chamo-me Tiago e fui pai de duas filhas lindíssimas... Ou melhor são maravilhosas.
          Natália e Soraia, que continuavam semi-abraçadas no homem, entre olharam-se e perceberam que algo de maravilhoso estava ali a acontecer. Os olhos delas brilharam como se estrelas da noite se transformassem no sol da manhã para iluminar uma nova vida. E gritaram muito alto.
          - Tiago, sua mulher não se chama Luísa? E o homem quase embriagado de emoção disse:
          - SIM. E elas voltaram a gritar ainda mais alto.
          - Tiago, você é o nosso pai!?
          O homem abriu os olhos tão forte, tão forte que mostrou uns olhos grandes de espanto e alegria por voltar a encontrar a felicidade. E voltou dizer, Sim, sem saber.
          Então os três se abraçaram forte, forte e todos regressaram a casa com a melhor prenda de natal. O amor.

          Nota: Este pequeno conto poderá não ser claro para ti, mas a verdade é que o Universo está a evoluir como previsto. Isto é, uma nova ordem social vai acontecer onde o encontro seja permanente e nunca o resultado de desencontros do homem, na miséria que não existe mais, porque o importante é que estejas em paz com Deus, e isso, só é possível se estiveres em paz com os homens: justiça e respeito pela dignidade humana. E seja Sempre Natal.


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HOJE É NATAL!

Hoje é natal, nasceu o Menino.
Ilumina-se o céu com esplendor,
Cantam os Anjos um novo hino
Paz entre os homens: viva o amor!
Abram os braços, homens de bem
Hoje é natal, volta a esperança
O Deus Menino, que nada tem
Volto também a ser criança!
Lá longe o céu mostra uma estrela
Do infinito chega uma luz
Olhem o céu, já podem vê-la!
Paz entre os homens: Ámen-Jesus!
Hoje é Natal!



AMILTON MACIEL MONTEIRO
São José dos Campos (SP) Brasil

TRILOGIA   NATALINA

FELIZ NATAL!

Feliz Natal, irmãos!   Feliz Natal!
Que bom que estamos juntos novamente!
Brindemos esta data sem igual
De todos nós cristãos! De todo crente!

Feliz Natal, irmão, mesmo que ausente
Por força superior, mas não faz mal,
Se unidos sempre estamos pela mente
E o coração que conta, no final!

Então, brindemos já aos que estão chegando
E vão ficar conosco para quando
Tocarem os sinos todos da capela!

Meu coração, feliz, vibra contente,
Ardendo tanto quanto a acesa vela,
Pois Deus Menino vem ficar com a gente!.

NATAL FELIZ

O Dia de Natal em casa de meus pais,
Outrora, quando eu nem passava de um menino,
Não tinha luxo algum, mas sempre era divino
De tanto amor que havia... Igual, não vi jamais!

Na saleta um presépio tinha o Deus-Menino
Cercado de José e Maria. E tendo mais
Burrinho e a vaquinha, mansos animais,
Que  davam o seu calor ao palco natalino...

Ao lado da singela e humilde estrebaria,
A luz da lamparina antiga cintilava,
Tal qual meu coração e os dos meus onze irmãos!

Após as orações, ali meu pai dizia:
Feliz Natal a todos! E mamãe nos dava
As guloseimas feitas pelas suas mãos!


PRESENTE DE NATAL

Façamos do Natal um tempo de candura,
Neste nosso incontido modo de viver...
Busquemos no Natal sua maior ventura:
A possibilidade de se renascer!

Agora no Natal, que a nossa criatura
Esqueça um tanto o ter e anseie mais o ser...
Partamos com fervor sincero na procura
De semear o bem, sem ver quem vai colher...

Que no Natal a Paz seja o melhor presente
Que eu possa receber e dar ao meu irmão,
Nem que me custe isso um sacrifício ingente.

Pois só com o germe assim de muita união
A inundar de amor o coração da gente,
O Deus-Menino, então, não terá vindo em vão



ANDRÉ ANLUB


NATAL É SIMPLES, OU DEVERIA SER...

O amor espalhado por igual
feito semente voando ao vento.
Cresceu a árvore com mais frutos do que outra
é só alma solta que quer ser repartida.
Espalha-se a vida por solos vizinhos
divide-se o pão e multiplica-se o vinho...
Nada jamais ficará à toa
com amizade, carinho e doação...
Há uma mão estendida e um doce coração
há milhões! Só fazer acontecer.
União deve ser palavra intensa e gigante
que nos cobre e faz montante
nos aquece em comunhão.
Natal é simples, ou deveria ser...

André Anlub®
http://www.caestamosnos.org/autores/autores_a/Andre_Anlub.htm


ARMANDO SOUSA
Toronto – Portugal

A MENTIRA AMADA… NATAL
15/12/2013

Natal e sentir o calor humano familiar; o amor
Natal e ouvir o grito sem som da pobreza e da avareza
Natal e criar a verdade, como o jardim cria a flor
Natal e ficar calado ouvir e ver o cinismo da riqueza
Natal e somar o amor ao doar; acalmar a dor
Natal e dividir alegrias; dar se sobeja; acalmar tristezas
Natal e respeitar o espaço do segredo amoroso
Natal e silenciar a mentira, dar amor, acender luz
Natal seria bom ter presentes, sim aniquilar o mentiroso
Natal deveria existir no coração cada dia… Oh Jesus!
Natal; não deixes alguém estender a mão; ser mentiroso
Natal; mata complexidade que não tem explicação
Que aja sempre Natal para quem trabalha, da amor e pão
Que a mentira não atravesse seus dentes sem os partir
Neste Natal; o calor humano seja igual a lume do coração
Que tudo nasça do trabalho, não da mentirosa oração
Natal e uma mentira adorada pelos povos cristãos
Afinal Deus e só um; sangue e vermelho somos irmãos
Poetas, ao leres este poema sei que muitos me vão odiar
Pensa na verdade; pensa, pensa, volta a pensar
Se fizeres exame de consciência, a verdade vais encontrar
Festeja teu Natal; tua mentira amada esta a chegar.

Por Armando Sousa… Toronto On. Canadá…

CIDA RIOS

SEMPRE NATAL

Nasceu Jesus,
Lá em Belém
Consigo trouxe luz,
Para nos fazer bem.

É tempo de comemorar
Não devemos esquecer,
Que o lema é amar,
Para a vida enriquecer.

Sempre é natal!
Para o verdadeiro cristão,
A ninguém ele faz mal,
Pois tem Jesus no coração.

A festa natalina
Deve ser cheia de louvor!
Nesta fonte cristalina,
Jesus provou o que é amor!



CARLOS LÚCIO GONTIJO
NATAL DE LUZES APAGADAS


          Tenho que dizer do meu cansaço e do meu desânimo perante o horizonte cultural opaco dos nossos dias. Pode não haver nada com o assunto, mas neste instante passa um garoto diante da janela de minha sala de trabalho. Ouço-o gritando: “Cala a boca!” Então, fico observando, à espera de visualizar a pessoa a quem o garoto, bem vestido e de mais ou menos uns oito anos, destratava. Pela aparência, era a avó, que vinha logo atrás, com o semblante triste e vagarosamente caminhando.

          O fato me remeteu a incidente que ocorreu aqui em Santo Antônio do Monte durante uma cerimônia natalina, na qual o “Papai Noel” desfilou por ruas da cidade e, em seguida, se dirigiu para a abertura de sua casa, onde se sentaria numa cadeira e receberia as crianças para tirar fotos e distribuir balas, sob a trilha sonora de uma banda de cordas composta por crianças e adolescentes. Tudo simples e realizado com os sacrifícios de sempre que acompanham todo e qualquer evento brasileiro de cunho cultural.

          Pois bem, no local em que foi montada a casa do “Papai Noel” havia umas 40 árvores enfeitadas com luzinhas pisca-pisca. O local ficou um encanto, que aos olhos das crianças mais parecia um sonho. Contudo, sem mais nem menos, um grupo de meninos, talvez contrários à claridade, puxou a fiação de todas as árvores, apagando a luz de todas as árvores e destruindo a decoração que consumiu uma semana de muito trabalho.

          Foi um nove de dezembro que ficará registrado em minha mente pelo restante de minha vida dedicada ao jornalismo de opinião, à poesia e à literatura, guiado pela esperança de assim estar contribuindo para a construção de um mundo melhor, onde não haveria espaço para criança desrespeitar avó nem atacar, animalesca e insensivelmente símbolos natalinos, que nos remetem a Jesus Cristo e à necessidade de confraternização entre os homens, com o objetivo de colocarmos em prática o fundamental mandamento cristão de amar ao próximo.

          Pode parecer que não, mas a questão cultural é exponencial no sentido de se buscar solução para o problema de violência generalizada, com as pessoas se relacionando como se pudessem deletar umas às outras a qualquer instante. Ou seja, trouxemos para as ruas a frieza do mundo virtual e estamos montando o nosso destino como se fosse um jogo de computador, baseado na eliminação e não no amor ou acolhimento de nossos semelhantes.

          Talvez o maior problema da educação brasileira seja a sua baixa interligação com a cultura, que o mecanismo apropriado para direcionar o conteúdo educacional, que precisa ser humanizado pelo acesso à poesia, à literatura, ao teatro, ao cinema, à música de qualidade, aos esportes, à pintura, à escultura, enfim ao processo de sensibilização proporcionado pela magia impregnada nas atividades artísticas. Porém, como não cuidamos de fortalecer o elo educação e cultura, permanecemos na fatídica jornada de formação de maus médicos, advogados, engenheiros e tantos outros profissionais, que atuam em suas áreas de trabalho sem a menor atenção para com o próximo, agindo como aqueles meninos que, num momento de selvageria, apagaram as luzes do Natal.




CLÁUDIO PRÍNCEPE DOS POETAS

A QUEM SE AMA...

O Senhor te acalme nos momentos de aflição
do teu coração aplaque, a tristeza, e desolação,
O Senhor lhe console, nos momentos de precisão,
um amor que acolhe, lhe sentindo em suas mãos,
O Senhor lhe proteja, onde quer que esteja,
lhe guie, cada passo , que tiver de dar,
O Senhor lhe seja, no caminho a luz acesa,
e o seu sustento , no seu caminhar,
O Senhor lhe oriente, em cada decisão,
sendo se preciso o seu pensar,
O Senhor seja lhe amigo, Pai e irmão,
do tipo que esta sempre presente para ajudar,
O Senhor lhe renove as forças da alma e do corpo
e dando a cada dia , um nova e linda lição
O Senhor lhe prove, pelo Espírito Santo em seu fogo
que a ele, nada fica sem solução.
Enfim, o Senhor lhe faça assim perceber,
que ele esta sempre ao seu lado , para o que der e vier,
Que aprenda com isso, só depende de você,
por que o milagre, só acontece, a quem pede, a quem
realmente quer... Amém!


CAROLINA RAMOS
 Santos (SP) Brasil

LIÇÃO DE NATAL

Pura e límpida, a estrela fulgurante
iluminou os céus da Palestina!
E pastores e reis levou avante
até a boca da gruta pequenina.

Naquele excelso e soberano instante,
reis e plebeus unia a luz divina
e a esperança, com brilho tremulante,
fazia a noite azul e cristalina!

E que lição, Senhor, nos deu a estrela!
Conduzindo, a Belém, adoradores,
mostrou a todos, à emoção de vê-la,

que os humildes serão sempre os primeiros!
E que antes dos reis... E  antes dos pastores,
aos Teus pés se ajoelharam os cordeiros!

http://www.caestamosnos.org/autores/autores_c/Carolina_Ramos.htm



CÍCEROMOTERAN

PAPAI NOEL EXISTE?

Você acredita em papai-noel?

Tinha uns cinco anos, família pobre, periferia de Belo Horizonte, luz de lamparina, água a ser carreada do poço da ventosa, rua em poeira ou lama, esgoto a céu aberto, subúrbio longe.

O apito dos trens substituía o relógio e ditava nossa lida.

Papai saia à noite para voltar à noite: trabalhava numa indústria no Prado mineiro. Fazia hora extra antes e após a jornada para engordar o magro salário.

“Pai, o senhor vai comprar uva para o natal?!”

Para Cicinho, assim chamado pela mãe, a uva, tão desejada, tão rara, tão distante das posses da família, já simbolizava o natal.

“Meu filho, amarre um barbante no meu dedo para que papai não esqueça do seu pedido!”

Papai estendia o anelar da mão esquerda onde Cicinho amarrava um barbante junto à aliança de casamento, feliz pelo acatamento, feliz por estar junto ao pai.

Daí a alguns dias papai chegava carregando aquela pesada caixa de madeira, com as uvas de natal.

Anos depois, vim saber que a uva é um símbolo pascal, e que aquela aliança de casamento, que meu pai exibia orgulhoso, não simbolizava um papel, nem um compromisso, nem um juramento, mas o amor de almas gêmeas.

Nasci do amor e no amor fui criado.

A felicidade existe; ela se chama Papai Noel.

Cícero Moteran Ramos
engenheiro, escritor e acadêmico.

CELESTE FARIAS DIAS
Rio de Janeiro – Brasil
19-12-13

HOJE É NATAL!

Muita gente no mundo fala
que o nascimento do menino Cristo Jesus
é o maior símbolo do natal...

Na televisão, falam de festas
de inventos, comidas, novelas, eventos...
Mas isto não é natal!

Na rua, teus meninos sonham
em ganhar um presente do Papai Noel...
Mas isto é natal?

O que é natal?
O que dizer, o que sonhar
se não há o que comemorar?

Eu quero fazer uma árvore
com enfeites de amor, gratidão,
humildade, alegria e paz

desejando que no resto do ano
ao invés de esquecidos, estes arranjos
representem o sentido do natal!

O natal é a otimização e a compartilhação
dos melhores sentimentos!
Hoje é dia de
amar e de
se doar.


Celeste Farias Dias

CLEVANE PESSOA DE ARAÚJO LOPES

POEMA DE NATAL

Dizem que altos anjos
Da Divina hierarquia,
Na verdade, casulos de luz
-Pura energia criadora
Desceram de outras dimensões
Para apreciar um nascimento
Muitíssimo essencial...
Dizem que flocos de neve
Caíram das alturas
Cada um mais especial
Com formas que jamais se repetiram...
Dizem que o ar ficou de tal maneira
Perfumado de rosas e jasmim
e embriagou os passarinhos
-Que mais docemente cantaram
E girandolando voejaram
Saindo a anunciar
O evento anunciado
Que acabara de acontecer...
Dizem que uma alegria intensa
Se apossou dos pastorinhos,
-Pensaram então fazer parte
Da corte de um certo rei
E se sentiram comovidos,
Não de ouro e prata vestidos
Mas vestidos de Alegria
E canções de ninar entoaram
Louvando a chegada do Menino...

E é por isso que até agora
Quando chega o Natal
Também vestimos a alma
De cores especiais
E a nossa voz se eleva
Para acima de qualquer treva
E desejamos a todos
Votos de tantas coisas
Boas de acontecer...

Quem disse?Quem contou
Essa história às pessoas aqui da Terra?
Ora, os bardos, com a Poesia
Dos que precisam de Luz

Dos que necessitam de esperança
E querem levar alegrias
Pelo menos uma vez ao Ano
Para que os homens não desistam
De renovar seus sonhos
E de aproximar os que sonham...

...E agora, plenificada
de Amor, quem vos reconta,
sou eu: no colar dos contadores
mais uma conta que conta
mais uma ponta que canta...





DALTON LUIZ GANDIN

25 DE DEZEMBRO

cá n'orizonte
de toda carne
nasce outro sol



 DULCE RODRIGUES

O MILAGRE DE SÃO NICOLAU

A personagem do Pai Natal, essa figura simpática de barbas brancas que viaja pelos ares num trenó puxado por renas, foi inspirada de São Nicolau, um santo que viveu na Ásia Menor. Quer saber como ele apareceu no imaginário popular? Então deixe-me contar-lhe essa belíssima estória.

Segundo a tradição, São Nicolau nasceu entre 250 e 270 na pequena cidade de Patara, na Lícia, região que hoje pertence à Turquia. Era filho único e os seus pais, pessoas ricas, morreram com a peste era São Nicolau ainda muito jovem, mas deixaram-lhe uma grande fortuna. Foi educado num mosteiro e tomou ordens aos 17 anos. Era muito piedoso e evitava os divertimentos, preferindo-lhes o sossego das igrejas.

Quando ainda jovem, foi em peregrinação à Palestina e ao Egipto e, ao regressar, soube da morte do seu tio que era bispo de Mira. Dirigiu-se então à igreja e, conta a lenda, que os bispos reunidos para eleger o novo bispo tinham ouvido uma voz que lhes aconselhara a elegerem aquele que fosse o primeiro a entrar na igreja e que se chamava Nicolau. Foi assim que São Nicolau foi escolhido para bispo de Mira.

São Nicolau era muito amável e bondoso para com toda a gente, quer pobre ou rico. Mas gostava sobretudo das crianças. É esse seu amor por elas que está na origem das muitas lendas que se contam sobre a sua vida, muitas dessas lendas com fundamento histórico, contrariamente ao que se pensa muitas vezes. Mas, de qualquer modo, todas essas lendas foram inspiradas pela reputação de bondade e generosidade de que São Nicolau sempre deu testemunho durante a sua vida. É uma dessas lendas que lhe vou contar.

Um dia, três crianças perderam-se na floresta vizinha à cidade de Mira, onde São Nicolau tinha a sua diocese. Andaram durante todo o dia e estavam muito cansadas quando, ao cair da noite, avistaram luzes ao longe.

Dirigiram-se rapidamente nessa direcção e verificaram que as luzes vinham de uma casa. Bateram à porta e apareceu-lhes um homem. Era um carniceiro e tinha um ar de tal modo terrível, que as pobres crianças tiveram medo. Mas como também tinham muita fome e estavam exaustas, ultrapassaram o medo e entraram na casa.

O homem deu-lhes de comer e de beber e convidou-as a ali dormirem. Assim que as crianças adormeceram, o carniceiro matou-as e meteu-as no salgadeira, como fazia à carne em salmoura.

Passaram-se sete anos e um dia São Nicolau, que tinha ali vindo à floresta, foi bater à porta da casa do carniceiro. Este reconheceu logo o bispo de Mira e convidou-o a entrar; depois, ofereceu-lhe carne de carneiro.

Mas São Nicolau recusou e disse-lhe que preferia da carne que estava na salgadeira há já sete anos. O carniceiro percebeu logo que São Nicolau estava ao corrente do crime que ele tinha cometido e fugiu.

São Nicolau aproximou-se então da salgadeira onde estavam as crianças e colocou as mãos por cima. E produziu-se um milagre: as três crianças ressuscitaram e saíram sãs e salvas da salgadeira.

A boa nova espalhou-se por todo o lado e, a partir daí, as pessoas passaram a venerar ainda mais São Nicolau por este milagre.

São Nicolau viveu até uma idade muito avançada, mas como qualquer outro mortal teve um dia de deixar esta terra e subir ao céu. Corria o dia 6 de Dezembro de 343.

Em sua homenagem, esta data tornou-se um dia de distribuição de prendas em alguns países, em especial no norte da Europa, e por causa do seu grande amor pelas crianças e pelos jovens, São Nicolau entrou para o imaginário popular como Pai Natal.

Como era bispo, usava na cabeça um grande chapéu vermelho terminado em bico, a mitra, e vestia hábito de bispo. É por isso que o Pai Natal tem um chapéu vermelho e em bico (que muitas vezes toma a forma de barrete) e usa uma capa vermelha. E como era já muito velho. 

São Nicolau tinha uma longa barba branca e quando saía à rua, levava uma reluzente e bela bengala dourada. É também por isso que o Pai Natal tem uma longa barba branca e segura na mão uma bengala dourada. Quanto às renas que puxam o trenó do Pai Natal, elas substituíram o burro em que São Nicolau se fazia transportar!

E quer lhe chamemos Pai Natal, Tomten, Joulupukki ou Santa Claus, ou simplesmente um avô de barba branca, ele é sempre aquele que, fiel à tradição, satisfaz os pedidos das crianças e – porque não? – também dos adultos. O Pai Natal pertence ao mundo dos sonhos da nossa infância, dos contos que se transmitem de geração em geração...

Se quiser saber o que sucedeu naquele ano em que o Tomten, o Pai Natal sueco ficou doente com gripe, pode ler O PAI NATAL ESTÁ CONSTIPADO. Vai divertir-se com certeza.



DINÁ FERNANDES

AINDA ESCORRE A ESPERANÇA

No Natal de antigamente,
Havia no coração da criança,
Uma Esperança cintilante.
Mas, depois veio a mudança.

Não há mais sapatinho na janela,
Nem presentinho em baixo da cama.
Hoje ela rir da tal balela,
Seu presente, ela mesmo programa.

Vemos olhares indiferentes,
Congelados, e muito desafeto,
Nada é como antigamente,
Falta o adocicado do afeto...

Os corações parecem inflamados,
Há pouca Fé e muita hipocrisia.
Mas sonhemos, é sonhando
Que alimentamos nossos dias.

Ainda escorre a Esperança
De termos dias azuis outra vez.
Desejamos tempo de Paz e Bonança,
E com alegria viver a placidez.

dinapoetisadapaz



DONZILIA MARTINS
 14/12/013

MARAVILHE-SE

Com o romper da aurora! O céu rosado!
Os campos verdes, a canção do vento, o rio, o prado!
O dia que cresce, floresce, flui e sobe,
A nuvem que tecendo rendilhados, chove.

Maravilhe-se

No baloiço terno dos pássaros no galho a cantar
Tecendo aleluias nas boninas a sonhar…
Em tudo a mão divina criou beleza
Na nostalgia, há alegria, paz, magia da mãe natureza.

Maravilhe-se

No nordeste transmontano há um castanheiro verde
Um tronco grosso, que aos bichos mata a sede
Um labirinto de papoilas, um roseiral,
Um ninho esquecido! Florido mar de Portugal.

Maravilhe-se

Nas noites resplandecentes de luar,
No murmúrio das ondas a bailar no mar,
No canto dos pardais a acordar a madrugada
E na estrela da tarde na orla pendurada.

Maravilhe-se

No amor das coisas, do perfume da poesia à roda de mim
No sal das palavras a florir sonhos num jardim
Cujos sentidos presos num forte arrepio
Lavam minh’alma sem marcas de calor ou frio.

Maravilhe-se

Com a água, o sol, a luz, a lua, o verde da montanha
O presépio, a maciez da voz, a divindade, a loucura que se entranha
No coração dos homens em correntes de mar e lagos de cristal
E, Milagre! Se transformam inundando de estrelas o NATAL.

http://www.caestamosnos.org/autores/autores_d/Donzilia_Martins.html

DINORÁ COUTO CANÇADO

POESIA VIVA, NATAL RENOVADO
15/12/13

“Tu és POESIA VIVA, és pura emoção”
Como não sensibilizar com esses dizeres
Ao receber esta bela mensagem
No mesmo instante dessa antologia de natal
Como não se envolver com esse chamativo
Vendo o corre-corre de gente especial
Para juntar pessoas, presentes e roupas
Para um natal de crianças carentes.
E, mesmo, sem ânimo de comemorar
Data tão amada por todos – o Natal
Vendo-a, como mais um dia qualquer
Tantos são os obstáculos enfrentados.
Buscando na fé um pouco de conforto
Algo acontece com a fome física que judia
Não mudando o pensamento  fixo na dieta
Necessidade para temerosa pesquisa-exame.
Ao entreter-me com mensagens recebidas
Uma me chama a atenção “Falta adesões”
Vinda de pessoa muito querida
E, em anexo, uma matéria jornalística...
Devorei-a, absorvendo a bondade da personagem
Constatando como tem gente boa neste mundo.
E, ao pedir orientações de como ajudar
Percebo, emocionada, que eu é que recebo
Sem mesmo ter disponibilizado nada
A não ser o interesse e a vontade de fazer algo,
Esse título “Tu és Poesia Viva, és pura emoção
Arrepiou-me e esquentou meu coração!


Dinorá Couto Cançado




ELIZAETE RIBEIRO
 Açailândia (MA) Brasil

A CÓPIA PERFEITA DA FÉ

- Ceia de Natal

Na véspera de Natal, numa casinha bem distante da cidade, morava uma família bem simples, extremamente humilde, zelavam pelo costume de sempre fazerem as três refeições diárias juntos.  E foi justo na véspera de natal, quando todos estavam à mesa  que Jorge, o mais novo da casa fizera a oração de agradecimento.

Ele orou desta forma:

Papai do Céu te agradeço pelo alimento que está à nossa mesa, pela minha família reunida e por mais um Natal bom. Obrigado pelo imenso amor que o Senhor demonstrou na cruz, dando o seu único filho para morrer por nós, Obrigado Papai do céu, ah! Se papai Noel existir mande ele aqui, pois eu tenho uma lista enorme de desejos, Papai do céu, é segredo, avise-o para guardar sigilo, por favor. Amém!

Todos estranharam a oração do pequenino, mas nada comentaram. Durante a noite, enquanto todos da casa dormiam, uma forte luz adentrou o quarto do pequeno, foi em direção a sua cama, afagou os seus cabelos, quando Jorge abriu os olhos, ainda sonolento, Ele estava lá, ao lado de sua caminha, bem diante dele, o homem de branco, o homem das mãos furadas, o dono do Natal, olhou fitamente para o Pequenino e Ele disse-lhes:  - Jorge, papai Noel não existe, mas eu existo, ouvi tua oração, e decidi vim pessoalmente me apresentar a ti, sou Jesus, o dono da festa, no meu aniversario eu presenteio, diga- me qual é o teu pedido? Estou aqui para te atender.

Jorge emocionado, coração acelerado, sua face ficou radiante e os olhos cheios de lágrimas, sem conseguir esboçar palavra alguma, ele se levantou da cama e abraçou Jesus sorrindo e disse: - agora sei que o Senhor existe e que és a cópia perfeita da minha fé.

Então, Bom Natal!



ELIANE AUER
São Mateus (ES) Brasil


QUISERA EU NESTE NATAL...

Quisera eu ter um ninho
Para encher de crianças
E neste Natal
Rechear o coração de esperança

Quisera eu ter uma praça
Cheia de doces e chocolates
Só para adoçar a vida
Daquelas crianças com arte!

Quisera eu ser um gênio
Nesse Natal de esperança
Sem mágica transformar a vida
De muitas crianças perdidas.

Quisera eu ser uma pessoa pública
Para instituir e fazer cumprir a alegria
Na vida de todos que sofrem
Sem o pão de cada dia!

Quisera eu correr pelos campos
Com muitas crianças livres de preconceitos
Sejam pobres ou ricas
Aproveitando tudo que tem direito.




ELIANA (Shir) ELLINGER

MENSAGEM DE NALTAL

Que nesse Natal, Papai não lhes de apenas presentes...
Que coloque em cada coração a paz, a dignidade, o amor...
Que proteja as crianças das agulhas, estupros,
que as tire das ruas e as levem para um lar...
Que amoleça o coração dos maus e fortaleça o dos bons...
Que faça com que todos os governantes pensem mais no seu País,
nas suas guerras (diárias também) dando um fim às armas,
colocando em cada mão uma flor...
Peço à Papai Noel que proteja você que está lendo
o que escrevi e sua família também...
Que lhe de coragem para prosseguir e ilumine seu caminho...
Peço para que a bondade nos emoldure e nos de um pouco mais
de justiça, paz, tranquilidade, mais amor pelo próximo e muito
mais amor pela vida!
Ah! Essa vida bandida que é tão boa de viver!
Um Feliz Natal para você e que ELE faça
das minhas palavras, LEI!!!!

http://www.caestamosnos.org/autores/autores_e/Eliana_Ellinger.htm


EDUARDO DE ALMEIDA FARIAS

NOITE DE NATAL

O céu de profundo azul pintado
É um poema inacabado
De paz e beleza tanta!...
E o silêncio, só é quebrado,
Pelo gri gri  de um grilo encantado,
Na noite Santa.

Meu pensamento fito na lonjura
Leva-me a uma gruta escura
Estábulo de mansos animais;
E em meus ouvidos
Soam já primevos vagidos,
De um bambino acabado de nascer.

E aconteceu que humildes pastores
Que guardavam seus rebanhos,
Escutam vindos lá do firmamento
Melodias nunca antes ouvidas;
E obedecendo ao chamamento
Logo, se põe a caminho,
Carregando lindos anhos
Para oferecer ao Deus menino.

E chegados a seu destino
Quedam-se genuflexos,
Ante um menino
Deitado numa manjedoura,
Envolto em trapinhos.

A seu lado estava sua doce Mãe
E seu pai o bom José;
Os dois pareciam até
Meditar naquele mistério profundo:
Aquele menino nascido assim, pobrezinho,
Sendo Ele o senhor do mundo...

Eduardo de Almeida Farias



FÁBIO RAMOS

NATAL

Dias vem em vão
Séculos cada vez mais rápidos
E o nascimento do Menino Jesus permanece na alma da fé
Paz, amor, esperança
Vida, re-nascimento,
Energia, universo, fé
Crer no abstrato, no milagre
Na força que vem do “eu” mais profundo
No divino, na perfeição
No que jamais viu ou tocou
Fé, fé na esperança, na crença
De um Deus, um “Menino” que nasceu para salvar
Para perdoar, para dignificar,
Um “Menino” que se fez homem para mostrar ao “homem”
As lições de um mundo de amor e paz.

Feliz Natal.



GERCI OLIVEIRA GODOY

CRÔNICA DE NATAL

Quando eu era criança, pelo menos na minha família, pouco se falava de natal. O tempo foi passando, as apelações do comércio também e mesmo não acreditando em papai Noel, eu gostava do movimento, e de tudo que era preparado para as festas.

Hoje há tanto exagero, tantas luzes, e falam em economia de energia. Sei não, mas por mim, acho que se deve abraçar mais, sorrir mais, e tantos outros mais, como por exemplo: plantar árvores de fruta em todos os lugares. Que tal se agente trocasse uma lâmpada pequena por uma goiabeira, uma lâmpada média por uma pereira, cada enfeite por uma laranjeira... E se ao invés de cortar galhos de pinheiro se plantasse abacateiros e assim por diante até que todas as crianças pobres pudessem ganhar no Natal muito amor traduzido em uma cesta de frutas. Iríamos plantando, plantando, até que um dia não faltasse fruta para nenhuma criança, que em todas as casas e praças e calçadas houvesse muita sombra, que nosso ar voltasse a ser limpo. Sem fome, sem medo, sem tanto calor, quem sabe agente seria mais feliz, como eu era quando criança, quando papai noel era um sonho e os presentes, nossa união e carinho.


******

NATAL

Que bom, meu Deus
que as crianças ainda sorriem
as folhas balançam
ao sopro do amor

as luzes enganam a fome
os anjos não dizem amém

Que bom, meu Deus
que a espera na fé
é irmã da esperança

O gosto de sal
tempero
do pão do amanhã

Vem, meu Menino
desfaz as agruras

brinca de roda, canta a ciranda
ensina pra gente
um jeito diferente
de um novo nascer




GLÓRIA MARREIROS
ERA NATAL

As luzes brilhavam das grandes janelas,
Mostrando, nas mesas, os ricos manjares.
As frutas e os doces lembravam pomares
Pintados com arte, exibidos nas telas.

Dançavam nas montras céus densos de estrelas,
Encantos do tempo voando nos ares.
Presépios sorriam em grandes altares
E a cera pingava dos cotos das velas.

Bem junto das luzes estava a mulher
Que dera o seu corpo, vendera prazer,
Agora embrulhada em papel de jornal.

Olhava as janelas, do fundo da rua,
Pedia uma côdea, untada de lua,
P’ra dar ao seu filho, porque era Natal.


GENIVAL VICENTE

N A T A L

Se me perguntas, filho, por que choro
fitando os céus tão cheio de estrelas,
eu te respondo não sei.
Não sei porque me sinto tão cativo
tenho um profundo desejo incontido.
Porque eu choro não sei.
Hoje tu me tens bem junto ao peito,
tens carinho, amor, amparo e leito,
mas quantos inocentes não têm pão?!
Como dói o sofrer de uma criança
que sem amparo, sem amor, sem esperança
vive triste a vagar na solidão!...
Choro porque pranteio nos meus versos
o desprezo dos homens maus, perversos,
indiferentes ao amor que deu Jesus.
Fito os céus e conclamo o amor sublime,
pois a lição dos homens não se exprime,
trocam a sombra das trevas pela Luz.
Há muitos rastros de dor e sofrimento,
muitas crianças sofrendo o desalento
do abandono dos pais... Da servidão!
Um gesto de amor é uma prece,
existência é vida que se acresce
aos degraus da excelsa Perfeição.
Por isso, ó meu Deus, que desvario,
que miséria, que horror, vil e sombrio
pratica o homem, neste asqueroso crime!
Faze-o compreender – desprezo é luto.
o homem há de pagar alto tributo
pelo descaso cruel que não redime.
Natal... Muitos Natais... É simonia,
negociata e vã hipocrisia,
Natal de propaganda é insanidade.
Não há resquício de amor nem de carinho,
porque o filho do pobre, coitadinho,
fica excluído da fraternidade.
Como são os Natais aqui na terra:
festa, comércio, tradição, quimera,
por redenção da própria Humanidade.
É o sombrio despertar da primavera,
do princípio das dores que impera
nos antros vis da imoralidade.
A razão de quem clama, anseia e chora,
sente o ruflar das asas - plena aurora
que resplandece à Posteridade.
Natais, quantos Natais a cada instante;
quando cessam as funções vitais, e arfante
se transporta um ser, à Liberdade.
Natal é o despertar da consciência,
é luz a refulgir na pura essência
de uma prece a vibrar fraternidade.
Natal, enfim, é poder que além, fulgura
oriundo de toda criatura
que se declina aos pés da Eternidade.


Genival Vicente

HILDA PERSIANI

NATAL

O Natal está chegando novamente.
Do suntuoso palácio a casa mais modesta
existem muitas delas e é comovente,
nas quais nem tudo são luzes e festa.

Quantos perderam um ente querido,
não terão o que comemorar,
outros, por ver um amigo combalido,
ainda estão a se lamentar.

---Vamos deixar a tristeza de lado
e vamos falar nos demais
que ainda terão muitos Natais,

Eu, de minha parte, observo calado,
Não adianta contestar, é um fato:
Na noite de Natal é o peru que ”paga o pato!”





HUMBERTO – POETA

NO NATAL

Já se sentem do Natal
as sadias emanações
daquele amor sem igual
retornando aos corações!

E que esse amor se apresente
sem ostentações ou palmas,
mas que se faça latente
no pulsar de nossas almas!

Sejamos todos irmãos
nesse dia e nos demais,
pra que do Cristo as lições
não olvidemos jamais!

Unamo-nos a quem tenta
ser humilde, bom e humano
nos trezentos e sessenta
e cinco dias do ano!

Se tal se desse... Que lindo
ver Jesus de viva voz
sair do presépio rindo
para abraçar todos nós!


HIROKO HATADA NISHIYAMA
São Paulo- Brasil

NATAL NOSSO

Natal nosso que se aproxima
Santificado seja este evento
Assim no norte, no sul,
No leste e no oeste
Deste pequeno ponto azul
Navegante de um raio de luz!
O pão nosso seja farto
Em todos os pratos!
Perdoai nossas fraquezas
Deixai-nos ver as belezas
Nos sorrisos das crianças.
Livrai-nos das maledicências,
Livrai-nos das malvadezas!
E que assim seja
Hoje, amanhã
E para todo sempre.
Amém!

http://www.caestamosnos.org/autores/autores_h/Hiroko_Hatada_Nishiyama.htm




IVONE BOECHAT

NATAL DE FÉ

Tempo de previsão,
renovação,
avaliação,
tempo de ação, união,
comunhão,
tempo de buscar
seu irmão;
tempo de colher
o que se plantou
por amor,
no ano que findou,
ações maduram depressa,
abra as mãos para colher,
de remessa em remessa,
o fruto da sua compaixão
e tudo o que você semeou
aos pés do Senhor,
regado por lágrimas,
na oração.

******

FELIZ NATAL

O Natal
é a mais bela oportunidade
de reunir a família
em volta da compreensão,
fazer um novo pacto
de rever a jornada,
numa doce vigília
de oração,
gratidão e felicidade
palavras fortes
nesse mutirão,
a mais bela a humildade,
a mais necessária o perdão.





ISABEL C S VARGAS
Pelotas (RS) Brasil


É NATAL

Nasceu Jesus Menino

Salvador do Mundo.

Não o deixemos morrer de novo

Em cada criança que é maltratada,

Que tem fome,

Que dorme na rua,

Que cheira cola,

Que não tem escola,

Não tem alimento

Que não recebe um abraço

Um afago materno,

Aconchego redentor

Que faz esquecer qualquer dissabor.

Urge que o acalentemos

Com sorrisos amorosos,

Atitudes fraternais,

Brinquedos coloridos,

alimentos que saciam

Roupas que encobrem, agasalham e aquecem

Diminuindo as agruras da vida.

Em cada criança

Saibamos ver JESUS

Saibamos acolhê-Lo

E dar-LHE um lugar perene em nossos corações.




IZABEL ERI CAMARGO

EM BELÉM

A vida brilhou na mangedoura em 25 de dezembro.
O ano “um” da história seguiu a linha de tempo.
Em Belém Jesus Maria e José receberam visitantes,
os três Reis seguiram a estrela luminosa
com ouro insenso e mirra nova era começou.
Jesus está vivo na festa da Natividade.
Comemoramos com amor o aniversário do Senhor.
É Natal renascimento em todo Planeta – mundo.
Abraço e fraternidade com gesto de lealdade
conclamamos com amor a toda humanidade.
Enviamos muita luz a exemplo de Jesus...




ISABEL PAKES
Cerquilho (SP) Brasil

MENSAGEM DE FIM DE ANO

Tendo em mente a mensagem que o Mestre Jesus nos trouxe,
mensagem de Bondade, de Fraternidade com Responsabilidade e Humildade -
- "Amai-vos uns aos outros como eu vos amei." -
desejo a todos nós um Natal consciente, iluminado, pleno de paz e alegria!
Que todos os nossos dias sejam abençoados,
que o Ano Novo nos transcorra com confiança, tranquilidade e harmonia!

Feliz Aniversário, Eterno Mestre Jesus!

Feliz Natal, amigos! Feliz Ano Novo!
Que o Espírito Crístico seja constante em nossas vidas.



IVAN VAGNER MARCON

SÃO JOSÉ

Quando eu era pequeno
(um pouco menor do que sou hoje)
os sábados eram dias de missa

Religiosamente.

Não ia arrastado,
pois de tão pequeno
bastava o colo.

Posto sentado
levantava.
Posto ajoelhado
escorregava.
Quando possível
corria.

E tome beliscões amorosos
pra ficar quieto e não envergonhar.

Com olhos na nuca observava
flores
e velas,
roupas e
vitrais
e só aquietava quando de soslaio
notava que os santos vigiavam
com olhos firmes dizendo:
-Aquieta menino.

Ria da Paz de Cristo
e das pessoas que se conheciam
e mesmo assim se cumprimentavam.
Silêncio somente no erguer do pão
único a fazer-me fechar os olhos
com medo da transubstanciação
(nome grande que até hoje me dá medo).

Satisfação mesmo
só com as pipocas na hora da saída
onde após o estouro das sementes
(em pequenas nuvens brancas)
finalmente depositava meus anjos.

O milagre era simples...
E a vida também.

http://www.caestamosnos.org/autores/autores_i/Ivan_Vagner_Marcon.htm


IRAI VERDAN

Magé (RJ)
20 de dezembro de 2013.


O NATAL

  O Natal está chegando. A expectativa da chegada da data magna toma conta de nós. É a grande comemoração, a festa da Cristandade.
  Junto à expectativa vem a lembrança das emoções sentidas, nas comemorações passadas. Cada ano queremos fazer do nosso Natal, um melhor Natal, melhor que o anterior. 
 Se o Natal anterior foi muito bom, miramos nele.  Se houve algum acontecimento que empanou as alegrias, viramos as páginas do livro de nossas memórias e o arquivamos.
 As alegrias são renovadas, junto a cada presente que conseguimos comprar. Mas, ao olharmos ao nosso redor podemos observar que nem sempre a festa é igual para todos.
 Quantos que nas ruas, que perderam suas casas, seus pertences, seus empregos e entes queridos.
 A falta de bens materiais, perdidos, às vezes suportado, não pode ser comparado à perda de parentes e amigos tão queridos. A tristeza toma o lugar da alegria, e as comemorações do Natal não acontecem.
 A falta de poder aquisitivo, porém, não atrapalha a comemoração. As pessoas usam a criatividade e passam como podem.
 Na verdade, ao longo dos anos, muitas mudanças aconteceram no cotidiano e o verdadeiro sentido do Natal ficou no esquecimento.
 O verdadeiro significado do Natal é a comemoração do nascimento de Jesus Cristo, o nosso Salvador. Que veio ao mundo para nos salvar, resgatar-nos dos nossos pecados originais.
 Para fugir ao verdadeiro motivo, a sociedade idealizou um Natal de presentes, tendo como modelo os presentes dos Reis Magos.
 Mas, o presente que Jesus quer de cada um de nós é o nosso coração puro. Cheio de amor, que na prática, se transforma numa vivência de Paz e Harmonia, cooperação entre os povos.
 O Natal é a data mais significativa do Calendário mundial, por isso tantas emoções se concentram na sua chegada.
 Mas, o presente que Jesus quer em seu aniversário é a multiplicação desse amor entre os povos e nações, independente de raça, de credo ou posição social.
 Que possamos ser solidários e fraternos com os que sofrem, e ajudar àqueles que estão próximos de nós, a receber o Natal como Jesus gostaria que tivéssemos.

                   Salve 25 de Dezembro - Dia do Natal de Jesus Cristo! Amém!
                   



JACÓ FILHO
11/12/2013

JESUS, O CRISTO

Jesus foi no mundo, o céu de porta aberta,
A cruz uma reação à fração, que lhe cabia...
Batizando em 'Espírito', após o terceiro dia,
E simbolizando o amor, Cristo se manifesta...

Mostrou a trilha, e convidou-nos a segui-lo...
Doando-se ao povo,faz-se estrela cadente,
Mandando-nos desabrochar o Deus latente,
E os dons recebidos, nos ordenou dividi-los...

A orfandade da carne finda no pentecostes,
Coroando tal missão de forma contundente,
Iniciando os discípulos, num culto diferente...

Teriam no plano físico, do astral, o suporte,
Pra levar a boa nova aos cinco continentes...
Com poderes especiais e ações pertinentes...



JOSÉ HILTON ROSA

ANUNCIANDO O NATAL

Naquela noite a lua brilhou mais forte
A luz do sol daquele dia foi mais intensa
Os animais esperaram  a escuridão para se repousarem
Anunciaram um choro de criança

Os sinos tocaram na igreja
Anunciando para os servos
Uma romaria se formou
Era a festa para um nascimento

A alegria se fez choro
Abraços de boas vindas
Nova vida entre os cristãos
Era o natal!

Querido pai, leva o saber de sua bondade
para o leito de sua família.
A humildade e sabedoria brilhou no lar
As mãos tremulas daquele pai, acariciou

Com seu peito a mãe alimentou
Silêncio se deu, o choro do filho
O novo dia amanheceu
Para todo povo amigo a noticia se deu

É natal! Vamos orar
Os sinos da igreja repicaram alegria
O filho de Deus dormia
Tanto amor assim, ninguém nunca viu

Que a fumaça das chamas não ofusca nossos olhos
A chama do fogo que aquece nosso alimento
O alimento do pai e da mãe mate a fome dos filhos
Que a fé fortaleça o brilho de qualquer nascimento

Oferendas de natal, anunciando vida nova!



JOÃO FURTADO
Cabo Verde

NATAL FELIZ


N - Natal à porta é Dezembro

A - A data é vinte e cinco

T - Todo o Mundo com afinco

A - Alegre aparece… Eu me lembro

L - Lá longe existe uma brilhante Estrela…



F - Foi há 2013 anos, mais anos, menos anos

E - Ele veio visitar esta desesperada humanidade

L - Lançou a semente da Esperança e felicidade

I - Incompreendido cresceu… Viveu alguns anos

Z - Zelou pela Verdade e na Cruz morreu por ela!


PARA TODOS VÓS!

http://www.caestamosnos.org/autores/autores_j/JOAO_FURTADO.htm

JOÃO BOSCO SORES DOS SANTOS

MEUS CANTARES

Vão... vão... e vão, meus Cantares,
Em deslumbres exemplares
Com magias salutares
As tristezas abater.
Espalhem por todas as gentes
De culturas diferentes
A alegria de viver.
Vão construir novos sonhos
Traçar trilhas de esperança
E transformar em criança
Os pobres viventes bisonhos.
Vão, pérolas vagantes,
Pelos espaços avoantes,
Em missão de luz e paz.
Vão...
Em vôos de estímulos à vida,
Curando toda ferida
Que a tristeza teceu.
Vão...
Pelos espaços infinitos,
Despertando e sendo grito
De afeto, ternura e amor.
Colham as gotas de perdão esquecidas no mundo
E escondidas em roldão pela estúpida ambição.
E colham de toda estrela
A luz, a fé e a esperança,
Que a mente humana alcança
Isentas de toda dor.
E coloquem em todo ser
A força do bem-querer
Como centelha e flor.

******

EU APRENDI.

Finalmente aprendi, ainda que já com mais de 76 anos, mas aprendi.
E somente agora, com certeza plena, estou a completar minha cota de felicidade.
E sei que, nesta etapa, a convivência humana tem mais fortes parcelas de lealdade, generosidade, tolerância, conciliação, confiança e sacralidade.
E sou livre e altivo para me perguntar:
Porque este aprendizado não me chegou com a primeira leva de minha maturidade, isto é, no momento em que me convenci e pude comprovar que já tinha a segurança vivencial necessária para navegar pelos meandros da vida, solto, leve e fantasticamente confiante?
E é possível acelerar as pessoas para aprender o que é tão necessário saber para “conhecer a si mesmo”, poder conviver com equilíbrio, prudência, respeito, alegria e sabedoria, com seus familiares, vizinhos, comunidade e entre as pessoas que comungam conosco os universos das profissões, das afetividades, das amizades?
Foi uma longa caminhada na busca de tão útil e essencial aprendizado.
“Eu penei, mas cheguei”, aproveitando e cantando estas palavras, tecedoras de um dos belos e realíssimos cantos do mestríssimo Luiz Lua Gonzaga.
Aprendi que, para a maioria das pessoas, as aparências sempre enganam e continuam, crescentemente, a enganar em todo o percurso desta nossa imprevisível andança, agora de modo mais pesado em face da globalização.
E esta expectativa pode ser desesperador, se a ansiedade é robusta e tinhosa.
E comecei a aprender com as minhas deficiências próprias, natas e bem palpáveis.
E me obriguei a redirecionar todos os meus sentidos e todas as minhas energias físicas, espirituais e imaginárias para que se conjuncionassem sincronicamente, centradas no meu intelecto e nas minhas mais fortes potencialidades físicas e espirituais, ao tempo em que me obrigava a desprezar e a distanciar-me de alguns dos meus sonhos, projetos, planos e caminhos por razões diversas.
E, no meu longo tempo de busca, e aprendi muito mais, quando capitei e absorvi os humanitários exemplos vivenciais da formidável dupla HELEN KELLER e ANE SULIVAN, que viveram nos EEUU.
E convenci-me de que esta descoberta foi um “achado” mais que extraordinário, útil e oportuno, que ratificou em mim, muitos conceitos e concepções, planos e metas, e, entre eles, alguns a seguir:
- O impossível inexiste e o difícil é o possível em início de concretização, quando fortemente pretendido, objetivado e estimulado pelo preparo prudente e querer-poder;
- O saber escutar, com todos os sentidos sincronizados, focados e concentrados, é o primeiro e essencial passo para uma tomada de decisão bem acertada e fadada ao sucesso positivo;
- Quem aparenta ser exibicionista não passa de um inseguro enganador de si mesmo; de um “imaginariamente rico”; de um pobre e apenas possuidor de inteligência ainda verde; de um disfarçador estreante; de vaidoso infantil;
- Que o brotar dos sentimentos de agradecer, perdoar e conciliar é o primeiro grande sinal dos que estão entrando nos universos da maturidade, sensatez, prudência, responsabilidade, seriedade, honestidade e autocontrole INTEIROS E TOTALMENTE;
e
- QUE APRENDER É SINÔNIMO DE VIVER.




JANETE SALES DANY

NA NOITE DE NATAL ELE PODE ESTAR VAGANDO PELAS RUAS

Numa noite de Natal ele vagava pelas ruas
Extasiado, olhava todas as vitrines reluzentes
Buscava em vão um sorriso gratuito de toda aquela gente

O olhar estava cansado; onde estaria a paz?
Ele analisava um mendigo numa praça qualquer
E se entristecia, pois não via um olhar de piedade sequer!

Ele se estarrecia com o trânsito nas estradas
Havia quem bebia álcool e celebrava o Natal
E depois convertia o carro numa máquina infernal

O ouvido apurado ouvia algumas frases obscuras
-Eu tenho mais, eu sou mais; eu sou o maioral!
Elas produziam ecos horrorosos na noite de Natal

E aflito ele olhava as desavenças familiares
O pai ofendia o filho e o filho insultava o pai
Num horizonte como este até um anjo se esvai!

Ele analisava o preço absurdo das coisas
Era Natal e qualquer quantia era bem-vinda
Porém, Isto tornava o pobre mais pobre ainda!

E o povo alucinado comprava e se empurrava
Era uma correria contra o tempo; era dia de Natal!
Aquilo tudo parecia um delírio; ignoravam o essencial!

E perseverante ele procurava pela paz
Ele ficava em prantos ao ver tanto desatino
Jamais alguém vai perceber que quem soluçava era o...
Espírito Natalino!

Numa noite de Natal ele vagava pelas ruas
Ele rezava; impressionado com o próprio destino!
Quem sabe alguém se lembraria dele no bater dos sinos?

http://www.caestamosnos.org/autores/autores_j/Janete_Sales.htm

 LUIS DA MOTA FILIPE

(Anços-Montelavar-Sintra-Portugal)

PAZ, ALEGRIA E TERNURA

No despertar do cintilante Natal
Que a paz, a alegria e a ternura
Façam deste planeta real
O inverso de choro e amargura
Que a humildade feita verdade
Aproxime os seres humanos
E em gestos de mais igualdade
Se apaguem marcas de enganos
Despontem mil presentes e abraços
Tamanhos embrulhos, fitas e laços
Entre o sonho e a doce fantasia
O tempo deseja-se de harmonia
De afectos que agora partilhamos
Na comunhão das rimas que criamos

******

 NAQUELA MANJEDOURA
Dez/2010

Refulgia o mavioso céu estrelado,
A pequenez e simplicidade tornavam-se berço maior,
Acolhendo num agasalho doirado de palhas campestres,
O Menino salvador…
Nascia Jesus!

  Luis da Mota Filipe


LUIZ DE CARVALHO PÁDUA

MEDITAÇÕES DE NATAL
                                  
É  Natal!  Data singular para meditar  e colocar em ação novas ações. “Fortes razões, fazem fortes ações”. “Somente seres humanos excepcionais e irrepreensíveis suscitam idéias generosas e ações elevadas”.  (Albert Einstein)

Querer mudar o mundo é difícil, antes  devemos mudar as nossas ações e mostrar as pessoas que precisamos ouvir mais e falar menos.

 Mudar a trilha de nosso caminho e mostrar aos nossos semelhantes que precisamos mudar de rota. É necessário centralizar os nossos pensamentos e focar mais em nossos atos, concentrando nos mistérios da vida, com o firme propósito de abstinência pelas relações indesejáveis.

Neste Natal,  vamos meditar e controlar melhor nossos erros para acertar mais e viver com alegria e amor ao próximo. As discórdias não levam à parte alguma, a não ser ao ódio que destrói e nos conduz ao inferno da vida.  Reiniciar uma nova vida de paz, alegria, com  amor e carinho ao próximo é o sagrado dever de todos.

Vivamos todos um Natal feliz e tranqüilo com novas idéias.


LUIZ ANTONIO SOUTO 
Cerquilho (SP) Brasil

A MAGIA DO NATAL
 13.12.2013

A minha ultima esperança
É que a magia do Natal
Tire da tua alma toda a desconfiança,
Me salvando desse golpe fatal.

Eu não irei resistir
E se você não mais me amar.
Triste e acabado, deste mundo irei partir.
Viver sem você, não consigo imaginar.

Mas é grande o meu alento
Que tanta luz te ilumine, minha querida
E te traga de volta para mim.

Confio que vai chegar o momento,
Que vai ser o melhor que me aconteceu na vida

E que me salve de tão triste fim.

Luiz Antonio Souto



LUIZ POETA (sbacem-rj)
Luiz Gilberto de Barros
Às 19 h 38 min do dia 1° de dezembro de 2005
 Rio de Janeiro

PAPAI NOEL DE MENTIRINHA

Sabe, Papai Noel...
Às vezes você me decepciona...
Faz as pessoas gastarem o que não podem
 para comprar um presente mais caro;
faz alguns ficarem tristes
por não poderem  comprar um presentinho
para um filho...
Enfim... para que tantas luzes, tantas canções,
tanto brilho...
Se tu ofuscas até a presença
daquele  que verdadeiramente é o dono do Natal?
Quem?
Não sabe?
Jesus Cristo!
Ele nasceu para nos salvar!
Sabe, Papai Noel...
É tanta gente brigando em volta de uma mesa de Natal...
Uns, porque o presente que ganharam
não é o que desejavam;
outros, porque há um estranho  participando da ceia;
outros, porque a comida não dá pra todo mundo...
Alguns ficam até tristes a cada Natal,
quando se lembram de alguém que amavam
e que jamais voltará...
Sabe por que isso, Papai Noel?
Porque as pessoas esqueceram
o verdadeiro sentido do Natal,
que é a comemoração do nascimento de Jesus!
Que tal, Papai Noel,
pelo menos neste dia 25 de dezembro,
você esquecer um pouco essa pose virtual,
sentar com a gente e orar em agradecimento
à presença do Deus vivo em nossas vidas?
Garanto que a ceia vai ser realmente abençoada
 e ninguém vai ficar muito triste ou muito aborrecido!

Ah... Desculpe, Papai Noel...
Eu esqueci que você é só de mentirinha.



LOURDES LIMEIRA

UM NATAL CAPITALISTA

Natal é um dia cristão
Lembrado, muito mais, pelos anti-cristãos
E celebrado, no mundo inteiro, com aberração
Gula, luxúria, sexo e prostituição.

Quanta desinformação! Ou... Depravação?!
O Menino Jesus veio pra nos salvar
Porém, fora transfigurado nessa maldição
Pelas mãos humanas. Desejara 'abafar'...!

Como fizera esse mundo cão?!
O capitalismo superara no consumismo
Transformara a terra neste canibalismo!

Agora como voltar à tradição?!
Jesus não merece tal apelo maniqueísta!
Nem o homem virar bicho consumista.




LETÍCIA DE JESUS SOUZA FARIA
Laje do Muriaé (RJ) Brasil

O NATAL

É um tempo de alegrias
com grandes e velhas companhias
compartilhar presentes e emoções
amores e corações.

Dezembro, o mês de luz
à meia noite nasceu Jesus
que festa e felicidade
proclamam céu e terra com sinceridade.

Que neste santo Natal
nós nos recordemos
que a paz no mundo chegou
e no meio de nós habitou.

(Letícia de Jesus Souza Faria)



MÔNICA SILVEIRA

NATAL

É Natal!
Árvores de Luzes,
Neve de algodão
Papai Noel charmoso
Vendendo mil produtos
Na televisão

É Natal!
Será que vamos lembrar?
Lembrar de esquecer as raivas,
egoísmos e ambição?
Será que vamos lembrar?
De abrir o coração?
Tomara que a gente se lembre
De olhar o mundo sorrindo
Lembre de Jesus menino
Na esperança de uma canção



MARIO REZENDE

NATAL DE MENINO

Eu vivi a expectativa pelo natal
nos olhos esperançosos de menino,
passeando as pupilas iridescentes,
curiosas e brincalhonas, fascinadas
pelas vitrines enfeitadas e coloridas
que lhe atiçavam o desejo.
Eu vivi a esperança do natal
pelos olhos quase adormecidos de menino,
aguardando, ansioso, a visita do Papai Noel.
Eu vivi o olhar curioso, radiante,
nos olhos marejados de menino
e o coração apressado no peito,
feliz com um brinquedinho humilde
que o esforço dos pais permitiu.
Ainda assim, eu vivi o sentimento de menino,
solidário com aqueles que nada podiam ter.
Eu vivi a vontade firme para vencer
na cabeça inexperiente de menino,
para poder um dia ter mais do que aquilo
e retribuir o que conseguiram, dedicados
e imbuídos de amor verdadeiro, lhe oferecer.




MARDILÊ FRIEDRICH FABRE

PASSADOS NATAIS

Com precisão chegam aos meus ouvidos,
Tão cansados de sons confrangidos,
Primorosas notas musicais,
Que trazem lembranças de passados natais.
Noites encantadas de luzes e emoções,
Que enchiam de ternura os corações.
Noites esperadas com ansiedade,
A fantasia revolvendo a festividade.
Noites de hinos, sinos e louvor,
Que acolhiam Jesus, o Senhor.
Noites de harmonia, conduzidas pelas estrelas,
Que douravam a trilha e os pastores que queriam detê-las.
Noites de abraços e de presentes,
Que espantavam medos resistentes.
Noites sonoras de paz e de perfeição,
Que orvalhavam o sentido da oração.

http://www.caestamosnos.org/autores/autores_m/Mardile_Friedrich_Fabre.htm


MÁRCIA FÁTIMA SPAZIANTE LEME DA SILVA

“PRECE DE NATAL”

Natal! Festa de amor e paz...
Que tanta alegria nos traz,
Preenchendo nosso coração.
Nesta noite tão linda,
De esplendor e beleza infinda,
Vou elevar minha oração...
Glorioso Menino Jesus,
Bom Pastor que a todos conduz,
Ao grande Encontro Celestial;
Ouça minha prece de Natal!
Traga aos homens um pouco de compreensão,
Para que possa haver mais união,
Em todo nosso Universo!
Quem sabe assim acontecerá a finalização,
Desta violência que nos entristece,
Onde muita gente padece,
Destruindo uma Nação!
Há muito ser humano Senhor,
Neste mundo disperso,
Que não sabe o que é amor.
E vive na ignorância,
Aumentando cada vez mais a distância,
No caminho de Vós o Salvador!
Por isso eu vos imploro Deus-Menino,
Ao ouvir na Matriz o sino,
Abra os olhos desses filhos seus,
Iluminando-lhes a mente.
Assim toda essa gente,
Poderão juntos encontrar,
O amor de Cristo e se aproximar,
Chegar mais perto do Bondoso Deus!
Mas há ainda criaturas,
Inocentes de alma pura,
Que poderão no porvir
Ajudar-nos a subir,
A escalada da eternidade!
São as crianças que um dia,
Irão semear a harmonia,
Colhendo a felicidade.
Proteja-as sempre Menino Jesus!
Pois elas são nossa esperança,
De uma grande bonança,
Dando a nós muita luz!
Eis aqui o meu pedido,
Oh! Jesus Cristo querido!
Atenda-me dando-nos saúde também.
Sempre irei vos amar,
Em minha alma e coração aumentar,
Minha fé em Vós, hoje e sempre. Amém!

Márcia Fátima Spaziante Leme da Silva




MARISA SCHMIDT

MAIS QUE UM DIA

Não importa o calendário
nem as luzes reluzentes
sem o espírito solidário

O Natal pode ser todo dia
se o amor se fizer presente
no sorriso que traz harmonia

Teremos felizes natais e lindos anos novos

quando a paz e o pão forem de todos os povos...

http://www.caestamosnos.org/autores/autores_m/Marisa_Schmidt.htm




MAURICIO DUARTE (DIVYAM ANURAGI)

UM ATO DE MAGIA

Vislumbrar um ato de magia num sorriso de criança que recebeu um brinquedo no dia de Natal é estar presente nos grandes movimentos de conspiração cósmica. Porque o universo conspira a nosso favor sempre que sabemos olhar.


Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)


MOYSÉS BARBOSA

QUÃO FELIZ EU SOU COM MEU JESUS

Na Judéia Jesus nasceu,
Na pequena cidade de Belém.
Pelos nossos pecados Ele morreu
Todos prestam suas homenagens
Eu presto uma também...

Declaro a Ele minha alegria
Pois me deu a verdadeira paz!
E, jubilosamente, canto assim...

Quão feliz eu sou com meu Jesus,
Pois morreu em meu lugar.
E agora salvação me dá
E com Ele vou morar.

Senhor, ó vem meu Senhor,
Sim vem guardar o meu ser que a ti pertence.
Ó vem, vem guardar os meus pés,
Pois são teus ó meu Senhor!

Eu agora vou falar do amor,
Para todos Jesus tem.
Ele está chamando, se você ouvir,
Vai morar no céu também.

Senhor, ó vem meu Senhor,
Sim vem guardar o meu ser que a ti pertence.
Ó vem, vem guardar minhas mãos,
Pois são tuas meu Senhor!

Vou falar da Paz e do Perdão,
Que só Cristo pode dar.
Ele é caminho, vida também,
Creia n’Ele, e creia já.

Senhor, ó vem meu Senhor,
Sim vem guardar o meu ser que a ti pertence.
Ó vem, vem guardar minha voz,
Pois é tua meu Senhor!

Eu nasci de novo, sim nasci,
Pois Jesus me restaurou.
Sou um vaso novo nas Suas mãos,
Desde qu’Ele me transformou.

Senhor, ó vem meu Senhor,
Sim vem guardar o meu ser que a ti pertence.
Ó vem, minh’alma alegrar;
Pois é tua meu Senhor!

http://www.caestamosnos.org/autores/autores_m/Moyses_Barbosa.htm



MALUDE MACIEL
Caruaru (PE) Brasil

VERDADEIRO SENTIDO DO NATAL

São tantas coisas bonitas numa noite de Natal
Que até ficamos tentados a esquecer do principal
Presentes, amigos-secretos, um papai Noel risonho,
Comidas, bebidas, brinquedos, tudo vai além do sonho.

E quem não gosta de festa?
Um folguedo é sem igual
Mas, a vida não é só essa,
Pensemos no original

O primeiro natal foi o Natal de Jesus
Que a Terra trouxe: Alegria, Amor e Luz
E nos eleva do mundo com todo Seu esplendor
Pois a nossa maior graça é: "nos nasceu o Salvador".

http://www.caestamosnos.org/autores/autores_m/Malude_Maciel.htm



MANUEL LAPA

Amigos,

É com muito prazer que envio o poema abaixo que foi dedicado a Neruda.
Este poema já foi publicado num livro, em Lisboa, dedicado ao grande poeta chileno e que se intitulava "Neruda 100 Anos Depois". Foi uma publicação da "Universitária Editora".


ODE PARA PABLO NERUDA

Ouço cantar
as ondas do mar do Chile
e os ventos da tarde
vêm acompanhados
com versos
que adoçam as horas
do entardecer.
Saúdo-te no canto que consumo
o teu Canto General
canto que transmuda
o meu impulso sanguíneo
quando te saboreio
Pablo Neruda.

Tu poeta
das Odas Elementales
que molhaste os pés
pintaste as estrelas
ergueste muralhas
lavaste o sangue
curaste a carne
amaste as mulheres
e todos os teus irmãos...
Tu que fizeste
correr enxurradas
de humanidade
que abriste portas
nas paredes mudas
que acendeste a luz
que brotou
no escuro nocturno…
Tu poeta das papoilas
desfraldadas
que deste a tua mão
aos mais pequenos
e abençoaste
a força do amor
nos Cien sonetos de amor;
que quando os mineiros
escarafunchavam
as entranhas dos infernos
tu escarafunchavas
com eles;
quando os pedreiros
aparelhavam a pedra
para as moradias soalheiras
tu aparelhavas
com eles;
quando os agricultores
esgadanhavam a terra escura
nas granjas de verdura
tu esgadanhavas
com eles;
quando os ferreiros
malhavam o ferro
para as grades
das varandas e dos jardins
tu malhavas
com eles;
quando os pescadores
puxavam as redes
carregadas de peixe
para as mesas festivas
tu puxavas
com eles
e com eles sofrias;
sofrias com todos
os tormentos permanentes
no trabalho
e na poesia.
Canta poeta
canta sempre
um Natal mais feliz.
Canta a alegria da criança
alivia a dor do velho
e enternece mais os olhos
do menino sorrindo
no regaço da mãe.

Na terra estremecida
na areia movediça
na gota espelhada
no infinito imediato
eu te saúdo
poeta
que vieste
para trabalhar para todos.
Em todos
eu te saúdo transparente:
nas amarras
que quebraste
nas estrelas
que acendeste
nos rumos
que apontaste
nas prostitutas
que amaste
nas prisões
que abriste
no amor
que transbordaste.

Dar
sem ter o quê
é a entrega total
o luar mais branco
o mar mais calmo
a navegação sem melancolia
da humildade
de Jesus nascido.
Natal
entrega total:
dar a mão
ao ser de carne
sangue
solidão
e sonhos
e de braços abertos
ofertar o pão crescido
na fome amadurecida
dos despidos
ou só com farrapos
vestidos.

Manuel Lapa
Natal 94




MARÇAL FILHO
Itabira (MG) Brasil

MARÇAL NÃO RIMA NATAL

De repente me vejo
preso em nostalgia,
a alma grande, diminui
e o choro vem
e uma cançãozinha
me aperta o peito
onde a lágrima queima...

A cidade cintilante não sabe
e nem se dá conta, que seu brilho
me ofusca ainda mais.
Cinquenta e nove natais assim,
longe de tudo e perto de mim,
não consigo me alegrar, nem ver
o que os outros enxergam...

Sou contrário dos sorrisos brancos,
sou o avesso dos que os outros pensam,
sou perdido no achar dos sonhos,
sou de longe, o que de perto vivo...

Meu presente: mais um natal tristonho!

Marçal Filho
Itabira (MG) Brasil

MORA ALVES

QUISERA

Quisera eu que no mundo
Não houvesse tanta distinção
Que o amor fosse uma eterna
Superação.
Onde as diferenças fossem
A solução.
Quisera eu que no natal
A festa fosse celebrada
Dentro de cada coração
Não havendo mais tantas
Divisões e num momento
De fé e oração fosse
Cantada a mais linda das canções
Onde o verdadeiro amor
Fosse à única religião.

http://www.caestamosnos.org/autores/autores_m/Mora_Alves.htm


MARINA GENTILE 
Salvador (BH) Brasil

NO MELHOR DE MIM...

No melhor lado de mim fluem as esperanças,
Na inocência e doçura das crianças.

No melhor lado de mim vejo  o  mundo
Sendo modificado,   o amor  ampliado.

Natal,   promessas do menino,
Natal,  fortalecimento da fé  e do amor,
Ao nascimento DELE todo o louvor.

Feliz natal!

MADALENA MÜLLER

NATAL

Ahhh!!! Meu inesquecível Papai Noel...
... Inesquecível sim, sempre
por minha vida ser um diário Natal
e mantenho-lhe sempre presente...
... Quando muito pequena descobri
quem de fato nossa arvore estava preparando,
chamei meus irmãos e como uma escadinha ficamos
por de trás da cortina os movimentos observando...
... vi tanto zelo, tanto carinho em cada detalhe
e na euforia o PSIUUU... Não acorde as crianças,
na despertada destes longos anos
foi o nutriente de minhas esperanças...
... E minha Mãe dizia:
"Alguns sonhos tens de saber aguardar!"
Quando minha Mãe viajou ao divino horizonte
não podia dar-me ao luxo de chorar,
e quando Papai buscou sua passagem
as dores tiveram o balsamo dos Anjos para aliviar...
... Nossa árvore de Natal seguiu crescendo
e a cada ano um enfeite diferente e abrilhantado,
tendo eu ao lado um grande homem
que também por muito sonhou e foi realizado...
... Juntos tentando, tentando e sempre sonhando
com os passinhos pelos ambientes ha percorrer,
heis que aparece num sonho e em realidade surgiu
e pouco tempo para o enxoval renovado fazer...
... Tão logo os passos de nosso Bebe tornaram-se desenvoltos
o meu grande elo partiu-se e parte aos céus foi percorrer,
deixando-me o sonho de Natal nos braços
e nesta terra tive de permanecer...
... Amparada a cada gota que surgia irrigando a linha do sorriso
junto ao esmero e dedicação de nosso amado João,
aliado a outros Anjos que cercavam com luz
Nossos passos, com uma radiante proteção...
... Perpetuando a fé junto ha divina energia de Deus,
que concedeu-nos tanto e muito pouco requer... Apenas humildade e respeito...
... A fantasia real do Papai Noel fica evidenciada,
no diário refletido a concentração de nosso peito.
Dentre estes 15 anos, agradeço a todos o carinho e no dia 13.12.2013
tivemos o sonho de Natal adiantado, na linha do tempo novamente consagrado...
... Entre outros, sempre venerei São Francisco, que o reflexo de seus passos
em nosso "Papa Francisco" esteja em sua jornada sacramentada...
... Dando-lhe longa vida!
Papai Noel! Pedi tão pouco. Tens tantos pedidos por atender, e
em meu silêncio desejo que a pobreza espiritual não seja compulsória.
Que advenha a glória do reconhecimento, do quanto é importante o zelo por sí,
para com o próximo e o Universo. Ahhh!!! Que a PAZ seja a grande vitória!

Abraço fraternal e a todos um Feliz Natal.

Madalena Müller
"... por um mundo melhor eu faço.
Você faz..."
http://www.caestamosnos.org/Autores/Madalena_Muller/


MÔNICA JANAÍNA J S SANTOS

NATAL

Vejam
Há uma estrela
Entre as nuvens
Como um véu prateado
Enfeitando a noite
Há cores diversas
Colorido o amanhecer
E a alegria fez nascer,
Nasce Menino Jesus
O iluminado
E ao teu lado
José, Maria e os Três Magos
Anjos de Deus o guiou
Nasce o verdadeiro amor
Chegou o alfa e Omega,
Cristo
Toquem os sinos de Belém
Amém!
Oremos
Corações unidos
É Natal
Festa de paz
Festa de esperança
Festa de crer que um dia
Iremos ter sabedoria
De que todos os dias
É Natal.

Mônica Janaína J S Santos


MÍRIAN WARTTUSCH

OS POVOS SE DÃO AS MÃOS

Relógio zerou a hora, Novo Ano vai nascer...
Estrelas no firmamento, já quase a se recolher...
É preciso um recomeço... Dar fôlego à nossa vida,
Respirar aliviados - nossa missão foi cumprida.

É tão bom recomeçar, se incendiar de paixão!
Agradecer pelas bênçãos, numa bonita oração!
Ano Novo vem chegando, galopante, pressuroso.
Disse a ele o Criador: “seja muito venturoso!”

Chegará uma vez mais, com tal e imenso fulgor,
Dando paz aos corações, esperança, fé e amor.
Pra refazer nossas forças, uma injeção de energia.

Novos sonhos e ideais, nascerão a cada dia.
Os povos se dão as mãos, com amizade e louvor

Pra brindar o novo ano, nada mais lindo que o amor!

 
MARIA JOSÉ ZOVICO

SÚPLICA DE NATAL

Jesus, tu curas coração ferido?
Restaura também esperança gasta?
Devolves sonhos ou algo parecido?
Nesta vida triste, que em dor se arrasta!...

Quero pedir nesta noite, Jesus
Um pouco de paz na tribulação,
Manda uma pequena réstia de luz
Amainar as trevas do coração...

Quem sabe um alento, ainda que ínfimo
Pra que eu faça o caminho diferente...
Vem  libertar esta dor do meu íntimo!...

Que Tu sejas meu primeiro presente!
Renasça em minha vida Deus Menino!...
Pois, só assim, eu viverei plenamente!...

http://www.caestamosnos.org/autores/autores_m/Maria_Jose_Zovico_Rosada.htm

MARIA JOSÉ STARLING
Pseudônimo: Zíngara

MEU NATAL COM ELZA

         Fazendo minhas caminhadas pelas ruas de meu bairro com o coração cada dia mais cheio de amarguras, suada e precisando fazer compras, vou a passos lentos em direção ao supermercado, pensando num Natal que se aproxima, e, na minha vontade de não ver nem um pisca-pisca, que me faça lembrar que já amei muito esta festa quando tinha meus filhos pequenos, bem juntos a mim, quando então, comemorávamos com alegria, paz, harmonia e fé no coração o nascimento do Deus menino.

          Tínhamos presépios lindos feitos pelos filhos, todos, muito inteligentes e criativos como eu os criava e pensava...como seriam um dia, e se continuariam com aquela tradição.

          Iluminações por todos os lados, a ansiedade da espera pelo Papai Noel, e a alegria de abrir os presentes, após, agradecer ao menino Jesus àquela oportunidade que ele nos dava todos os anos.

          De repente com uma dolorosa separação todos os sonhos e encantamentos ruíram e nossos castelos de fantasias e sonhos foram para o espaço, talvez levados para o Polo Norte, porque lá, naquela terra encantada, até os dias de hoje, ainda sonhava que tudo não passaria de um susto, de um pesadelo, causado por uma crônica mal iniciada, já que escrevia crônicas com tudo que ouvia os outros contarem, em forma de cartas, uma vez que sendo muito nova e romântica,lançava-os em meus cadernos universitários para depois dar-lhes a forma que queria, e um dia escrever um livro como meu pai sempre pedia e queria que eu o fizesse depois que ele partisse, pois, a ele, Deus não lhe dera tempo.

          Triste e cabisbaixa, por não ter os filhos mais comigo, porque são adultos, independentes e sempre preferiram passar com a família dos maridos e amigos, com um deles morando na Austrália, pensava que o amor terminara e que nada mais de bom poderia acontecer, nem neste dia, nem no dia de Natal.

          Eis, que ao atravessar a rua, em frente a uma escola para excepcionais com Síndrome de Down, várias crianças iam saindo em fila indiana. De repente... Vejo uma garotinha risonha, separando-se das demais, sair da fila e correndo para mim e me dando um abraço nunca dantes recebido nem mesmo pelos filhos que escolheram morarem com o pai muito rico, grita entusiasticamente:

          -“Eu te amo! Eu te amo”!

          E com bastante força me deu um abraço bem apertado. Eu também a abracei e quis que aquele abraço sincero, despojado de falsidades, desinteressado, sem nenhuma obrigação, como os que raramente recebemos, durasse para sempre, pois, nele senti o amor livre, puro, sincero, desinteressado de alguém que quer dar, e, que sente amor por qualquer um, na sua inocência, mesmo com sua deficiência. Creio que só crianças com a sensibilidade pura e aguçada como estas, possuem tal virtude. Seria este estado uma deficiência ou um dom de Deus que traz ao mundo anjos com este rostinho?

          Vi que seus instrutores incomodados a chamaram pelo nome, razão pela qual soube então como se chamava:

          - “Chega Elza! Venha Elza”!

          Mal sabiam eles, como eu queria que aquele abraço tivesse durado para sempre em minha vida, pois, em poucos segundos a bela menina, me ensinou: o que é amar e ser feliz seja lá, quais forem às circunstâncias. Mesmo sendo atrozmente perseguida por quem se acha dono da verdade, do orgulho da falta de sensibilidade da violência e desconfiança que corroem nosso mundo atual.

          Tal atitude fez deste dia 20/12/2012, o dia de meu Natal que passarei completamente sozinha em minha casa, pois, como já disse moro só, completamente só.

          Segui meu caminho deixando as lágrimas correrem dos olhos até o coração, que naquele breve instante, tocado pelas asas de um anjinho, foi lavado, lubrificado, coração este que por mais que tente, ainda, encontra dificuldade em perdoar tantas  perseguições sofridas mundo à fora, pois, sempre quis o bem de todos, a ordem e a Justiça bem feita, porque perfeita jamais será.

          E... Por um rápido segundo, agradecendo a Deus ter encontrado parte da presença DELE aparente e transparente a meus olhos, considerei este dia como meu dia de Natal, aquele dia que comemoramos a paz, a harmonia, o amor familiar, com abraços sinceros e não só presentes.

          Talvez neste dia ELE tenha me dito através de Elza que nem mesmo, eu, não querendo ver a menor estrelinha brilhar ELE o Menino Deus a colocou brilhando mais que todas entre meus braços, para que por poucos minutos eu me sentisse a pessoa mais importante do mundo, menos solitária, mais cheia de paz, porque daqueles que são, sadios e que nasceram do meu ventre, com uma rara exceção, ouvi as palavras que me foram ditas com tanta alegria:

          - “Eu te amo! Eu te amo”, e, raramente, me abraçaram tão ternamente.

          Obrigada Elza, porque de agora em diante, durante todos os natais que eu, ainda vier a viver, me lembrarei de seu gesto e olhando para o céu, sempre saberei que lá existe uma estrela de Natal, que brilha mais que as outras a qual darei o seu nome: ELZA

          Que neste natal e em todos os outros que tiver tenha atos como este e que Deus a abençoe e a seus pais que te amam muito, exatamente por ser como é: esta garotinha linda e alegre.

Maria José Starling – Zíngara


MARIA CLEIDE PEREIRA

O VERDADEIRO NATAL

Há muito tempo, na singela cidade de Belém,
Uma humilde família estava a caminhar.
A noite se aproximava e o cansaço também
E a família buscou um lugar para repousar.

José e sua jovem esposa, Maria,
Que estava prestes a dar à luz,
Não encontrando lugar na hospedaria,
Puseram na manjedoura, envolto em faixas, o bebê Jesus.

Perto dali, alguns pastores que viviam nos campos
E faziam vigília para guardar os rebanhos,
Puderam contemplar a glória do Senhor
Quando o anjo anunciou o nascimento do Salvador.

“Encontrareis uma criança envolta em faixas e deitada em manjedoura"
As palavras do anjo eram o sinal da graça redentora.
Em seguida, surgiu a milícia celestial
Cantando glória a Deus, celebrando a paz universal.

Quando os anjos, para o céu, voltaram,
Os pastores, depressa, caminharam
E encontraram José, Maria e Jesus como o anjo havia dito.
Então, os pastores, maravilhados, adoraram o menino.

Dando glória a Deus, revelaram alegremente
Tudo o quanto sabiam da mensagem angelical.
Maria meditava e ouvia tudo atentamente
Naquela primeira noite de Natal.

Da simplicidade daquele nascimento e mesmo do seu significado
Estamos perdendo de vista e o mais importante deixando de lado:
Papai Noel, pinheiros e as compras de Natal
Ofuscam a humildade do Salvador divinal.

Por isso, lembrem-se de que os pastores antecederam aos reis magos.
Não tinham ouro, incenso ou mirra, mas, os seus corações, ofertaram,
Pois viram em Jesus a promessa de redenção
E sabiam que, para todos, veio à salvação.

O verdadeiro espírito de Natal
É amar a Deus e ao próximo,
É levar o bem onde houver o mal
E ajudar sempre, sem medir esforços.

Feliz Natal!

http://www.caestamosnos.org/autores/autores_m/Maria_Cleide_Pereira.htm


MARIA DE FÁTIMA MARTINS

NATAL DE LUZ E PAZ

            É Natal e o menino Jesus nasce em Belém. O céu bordado de estrelas brilha feito diamante. É Natal de luz e de paz. Nos corações, pulsa a alegria de viver. Há mais vida no perfume das flores, no barulho do mar, na essência do ser.

        Nos corações, o Menino Jesus dorme, acalentado por todos nós. A natureza se transforma em sinfonia, com o canto dos pássaros, no perfume das flores, no barulho das águas, na brisa suave, ninando as floridas árvores. A fraternidade então é mais presente e germina pelo mundo.

        Muitas pessoas entram e saem do nosso convívio, mas apenas as amizades verdadeiras deixarão pegadas em nossos corações. Que neste natal, nosso coração tenha uma porta aberta para cada mão estendida, cada sorriso dado, cada olhar recebido. Que o verdadeiro sentimento de solidariedade tenha lugar fixo em nossa vida, que nossas atitudes nos tornem realizados não apenas por um dia,  mas por acolher o outro, quando ele mais precisa. Que saibamos agradecer ao ser supremo por existir, por ter um lar para voltar, braços para abraçar, olhos para ver a beleza do sol em cada amanhecer. Enfim agradeça por viver.


        Menino Jesus, imagem de amor e de paz, faz morada agora, em cada um de nós e não nos deixe, jamais.

Maria de Fátima Martins


https://www.facebook.com/fatimambaumgartner


MARIA DA CONCEIÇÃO RODRIGUES MOREIRA
(Maria Moreira)

NATAL É PRESENTE.

Neste natal quero um presente!
Nada que seja caro ou raro.
Uma quimera bem original,
Tirada do coração num repente.

Quero muito compartilhar alegrias,
Na imensidão deste universo.
No apagar das estrelas,
Para o raiar do novo dia.

A meia noite com o badalar do sino
Anunciando a chegada do menino,
Meu coração se enche de contentamento,
Por este presente do ouro mais fino!



MARIA MENDES CORRÊA

OS SENTIMENTOS PELA VIDA

Na vida passamos por tudo
Pela alegria e também pela dor
Temos no nosso dia a dia
Momentos de angústia e de amor.

Os sentimentos são nesta vida
O viver num constante mudar
Precisamos estar sempre atentos
Pra com eles saber caminhar.

O amor, a bondade, a amizade
São sentimentos de infinita beleza
Porém o egoísmo, a inveja, o rancor
Transforma as pessoas com certeza.

A felicidade, a alegria, o prazer
Nos encantam e nos fazem pensar
Que o mundo é só fantasia
Um universo de sonhos no ar.
                                                                                                            
A tristeza, o luto, o sofrimento
Também podem bater em nossa porta
Só Deus nesta hora consola
Ele tem um poder que nos conforta

E quando o natal se aproxima
Os sentimentos são fachos de luz.
Afloram em nossos corações
O nascimento do menino Jesus.

E o mundo fica iluminado
Os homens esquecem o mal
A humanidade festeja feliz
A maravilhosa magia do natal.

http://www.caestamosnos.org/autores/autores_m/MARIA_MENDES_CORREA.htm


MARIA JOÃO BRITO DE SOUSA
 Portugal- 2008

O PRESÉPIO

É por dentro de mim que chego a Deus
É por dentro de mim, eu sei-o bem,
Que todos os Natais vou pelos céus
Visitar o menino de Belém!

Não o digo a ninguém pois há segredos
Que devemos guardar dentro de nós
E até há quem duvide ou tenha medo
De poetas com asas de albatroz,

Mas da estranha viagem que só faço
Se a Estrela de Belém me der boleia,
Fica registo do divino traço;

Nascem raios de luz no meu regaço
E há anjos a cantar a noite inteira
Ao menino que dorme nos meus braços!

http://www.caestamosnos.org/autores/autores_m/Maria_Joao_Brito_de_Sousa.htm



MARIA TOMASIA

 NEM ERA NOITE DE NATAL

 As três crianças, duas meninas e um menino, pediram um presente de Natal quando nem era Natal. O garoto pediu um carrinho de madeira; uma das meninas, a mais nova, pediu uma fita cor de rosa para enfeitar o seu cabelo louro com um laço de cada lado e a outra,  um vidro de esmalte cor de rosa  - existente até hoje, o natural da Colorama.

Com o passar dos dias, mais ansiosos ficavam.
A mãe daquelas três crianças já iniciara os preparativos para a comemoração, curtindo doces dos mais variados: de figo, de laranja, de cidra, de mamão maduro, a muraba apreciada pelos libaneses e outros tantos. Os amargos eram diariamente fervidos para que o amargor saísse e os demais eram curtidos ao sol, envolvidos com açúcar cristalizado, em tabuleiros enormes, até sua secagem.

O forno do fogão a lenha era constantemente abastecido com achas de lenha, para que se mantivesse sempre quente.

Os suspiros eram assados e,  nas compoteiras, colocados os doces em calda - côco com gema, leite, baba de moça, ambrosia, etc.

Matava-se o porco caturra que vinha sendo engordado há alguns meses  e sua carne era parte assada e armazenada em latões com torresmo e banha e parte moída para a famosa linguiça pura de porco, temperada com as especiarias  apreciadas pelo povo daquela região, não faltando a salsinha, cebolinha e um toque de pimenta malagueta, curtida na fumaça que saía do fogão a lenha.

Era grande a movimentação durante todo o mês de dezembro e aquelas crianças não pensavam em outra coisa que não fosse os presentes que haviam pedido e que eram do conhecimento dos pais e dos amiguinhos.

Finalmente chegara o dia 24. Até o apetite, sempre voraz, desaparecia, tal a ansiedade delas.
Naquela localidade não havia ceia na véspera, mas, no dia 25, o almoço  tinha  tudo o que havia do bom e do melhor, nada faltando.

Na véspera do Natal, as três crianças eufóricas, assim que anoitecia, colocavam os seus velhos e surrados chinelos atrás da porta, porque não tinham sapatos.

Iam dormir, mas, cadê o sono?  Não vinha, porque a euforia não  permitia.

Assim que amanhecia o dia 25, todas as crianças  saíam à rua para brincar e o barulho dos carrinhos chamava a atenção.
Aquelas três crianças acordavam da noite mal dormida e corriam até a porta para procurar os presentes sobre os seus chinelos, para que pudessem exibi-los para os amiguinhos. Mas os chinelos estavam  vazios, no mesmo lugar, sem coisa alguma sobre eles.
Tristes, sentavam-se à soleira da porta da sala e ficavam olhando os seus amiguinhos brincarem.
Nunca houve presentes de Natal para aquelas três crianças: o menino fabricava os seus carrinhos com caixas de sapatos ou madeira que ganhava; a menina mais velha, jamais conseguiu o seu vidro de esmalte cor de rosa e a outra menina morreu. Para ser sepultada,  finalmente, teve enfeitados os seus cabelos louros com os dois laçarotes de fita cor de rosa, um de cada lado.

Como essas crianças, ainda existem muitas outras...  Mas quem se importa?
Ninguém!




"NATO" AZEVEDO
Ananindeua – Pará – Brasil

CRÔNICA DOS BELOS TEMPOS
Dezembro/2004

"Em todo os tempos os homens lutaram pela igualdade,
liberdade e fraternidade. Hoje estas palavras estão
inscritas nas fachadas de todos os prédios públicos
mas acabaram perdendo o sentido."
ROSSELLINI  (in JORNAL DO BRASIL - RJ, 1977)

Considerando que meus pais -- neste (fim de) ano da graça de 2004 -- com 87 e 91 verões estão vivos e bem, posso calcular que já passei do que seria (ou será?) a metade de minha modesta existência... E continuo não gostando nada do período natalino. Quando trabalhava, jovem ainda, em butiques e grandes magazines cariocas, eu o detestava ainda mais.
Lembro-me de uma passagem engraçada com referência à Ceia de Natal, esbanjamento absurdo e espantoso de alimentos e bom-senso. Um grupo de quase 15 rapazes trabalhava em 2 sapatarias, na Galeria Menescal, a mais antiga de Copacabana. Os irmãos-proprietários vivam às turras e uma das "diferenças" era com relação à hora de liberar os empregados na véspera do Natal.
O pequeno e raquítico "seu" Alberto queria dispensar mais cedo, enquanto o balofo "seu" Luís Carlos segurava o pessoal até o último freguês. Nós, doidos para ir para casa, atendíamos os retardatários com visível mau-humor, "fuzilando" compradores e acompanhantes com olhares furibundos, pouco se importando com as comissões.
No meu primeiro Natal na loja "Só Crianças" sucedeu o inusitado: devido ao adiantado da hora, mais de 9 da noite, "seu" Luís decidiu promover uma ceia de Natal no restaurante de um amigo, na própria Galeria. Felizes como passarinhos nos abancamos na série de mesas ajuntadas e esperamos os "comes & bebes".
Bandejas abarrotadas pousaram solenes para nos dar um susto inesquecível: ao invés de churrasco e arroz à grega, nos desafiava os estômagos ocos uns pastéis enormes sem nada dentro, bolinhos de carne (quase) crua, bolos esquisitos lambuzados de mel e um bocado de "comidas" árabes que nunca vimos. Foi o maior desperdício de alimentos que o restaurante viveu pois, aliando protesto à decepção, o grupo inteiro debandou.
De minha vivência no Morro onde nasci não me lembro de uma só ceia, nem de visita aos barracos vizinhos e, considerando que nossa vida lá não era um mar de rosas, acho ótimo que a memória me falhe agora. Resta-me os dias de infância passados na casa dos tios, em Rio Negro/PR, em meio aos gritos dos fãs da Jovem Guarda e dos londrinos "Reis do yê-yê-yê" enquanto Jânio distribuía Brasil afora a cobiçada vassourinha dourada (um broche) com que varreira as mazelas & problemas da Pátria amada e idolatrada. Belos tempos aqueles !
O enorme presépio que ocupava boa parte da sala começava a ser montado nos primeiros dias de dezembro. Parece-me que tinha que estar pronto dia 6, sem falta. E tudo iniciava com um longo piquenique aos banhados próximos ao cemitério, num local de mata virgem denominado "potreiro". Com bambus retirávamos as "barbas de pau" das velhas árvores e, 3 ou 4 horas depois, voltávamos felizes, tendo deslizado de "trenó" pelos morros de grama lisa.
Tia Anita já estava às voltas com caixas enormes, retirando dezenas de estatuetas enroladas em jornais, além de bolas, estrelas, guirlandas prateadas e lâmpadas multicores. Vez ou outra uma bola espatifava-se no assoalho, com o desastrado sendo brindado com um longo assobio de desgosto e o olhar condenatório da mais beata das moradoras da Rua Benjamim Constant. Quase uma engenheira, dona Anita construía a "cidadezinha" em 2 tempos, prática adquirida ao longo dos anos. Tio Nato conseguira um motorzinho de aquário que tornava o nosso presépio especial. O único da cidade a ter "cachoeira" e um monjolinho, com roda d'água e tudo, inclusive um "laguinho".
Descia-se um papel grosso desde o teo, pregado ou colado à parede em vários trechos, "enrugado" para parecer pedreira. Disfarçava-se com "barba de pau" e folhas verdes, pintando até, se fosse preciso. Areia e seixos, pedras lisas dos rios, tudo o que transformasse o presépio em paisagem natural. A imagem do Menino-Deus era a derradeira, introduzida com solenidade e respeito em noite de orações e festa, com salgadinhos e alegria genuinamente natalina. Mas, no fundo -- no Passado distante ou nesse exato momento -- quase todos só pensam em si mesmos, nos presentes que ganharão, nas roupas que hão de comprar, no que vão comer e beber antes & depois da Santa Ceia. O Natal exacerba vaidades e um triste egoísmo. Ainda não conheci uma só casa que se preocupasse em diminuir a fome e a precisão alheias.
Eu e meu irmão gêmeo "torcíamos o nariz" para os natais passados com os tios, sem sequer a presença de nosso "sumido" pai. Trabalhando em afazeres diversos boa parte do ano, os presentes do Papai Noel soavam como mera paga por serviços prestados. Daí o mal-estar que nos afligia. Num dos primeiros natais contrataram exímio "faquista" para dar cabo de um porcalhão (?!), imenso exemplar da espécie, com voz de Rita Pavone e pulmões de mergulhador profissional.
-- Afastem as crianças daqui... com essas "pestes" por perto o porco não morre !
-- Qual o quê, amigo! Imagine se com um facão desses o bicho "não bate as botas"?! Isso é superstição boba!
Ficamos... Lacrimejantes e morrendo de pena do "bichinho", amarrado e amordaçado. Quatro certeiras facadas e nada. Mais homens para segurar a fera, outras duas lançadas e o monstro resistindo. Morreu na sétima estocada, mais furado que calça de estudante. Abancado numa mesa improvisada, o banho de água fervente para começar a depilação do bruto. Eis que de repente o animal esperneia aos berros, ventre aberto, sangue por todos os lados... Ninguém ficou por perto, debandando como ratos pelos cantos da casa.
A Vida passa como um trem e nós, passageiros dela, gravamos na retina imagens indeléveis de muito do que vemos (e vivemos). Pessoas, fatos, coisas,vozes e sons... Mas os momentos de Natal dentro de uma família estável, quando a situação de todos ainda permite sorrisos, é uma rara ocasião de felicidade que sempre merecerá ser lembrada. Só por isso a época já vale! E essa reunião de homens e mulheres de boa vontade ainda justifica crença na Humanidade e fé no futuro.

"Já nasceu o Menino-Deus... Vinde, cantemos, oh pastores! Celebremos os louvores!"

NEUSA MARILDA MUCCI

CLIMA DE FESTA NO AR!

Mais do que nunca fico divagando, desejando que este seja um Natal diferente.
Com mais amor entre todas as pessoas, em todos os níveis, no sentido pleno da palavra.
Porque acho todos os Natais sempre um tanto iguais, em apelações muito mais comerciais do que cristãs. Há as correrias de sempre, filas e pessoas apressadas que vão em busca de algo para o festa material, parecendo que lhes falta sempre alguma coisa. É porque acabam esquecendo-se, na maioria das vezes, do verdadeiro significado desta data e de que Natal deveria ser todo dia, pelo menos no coração.
Podemos fazer com que brilhe sempre a luz de um renascimento dentro de nós, então no dia especial, quando o calendário marcar a data, veremos muito mais a Estrela de Belém, que anunciou o nascimento do menino Jesus.
Que neste Natal haja paz e menos fome no mundo e mais fraternidade entre as pessoas que habitam este nosso planeta Terra.
Desejo com estas simples palavras um Feliz, Bom e Verdadeiro Natal a todos!


Neusa Marilda Mucci



ODENIR FERRO

OS DESÍGNIOS DO AMOR, DO VERBO, E DA FORÇA POÉTICA.

Estamos no mês de Dezembro de 2013. E voltamos, dentro do nosso sistema sociocultural, a abordar o tema: é tempo de Natal!

É tempo de rememorarmos os Ensinamentos que Jesus Cristo deixou para nós, com altíssimos exemplos de elevadíssima virtude em caráter de nobreza, paixão pela vida e amor inimaginável e incompreensível por nós, que nos denominamos de humanidade. Deus, o Pai, se fez Filho, nascendo da concepção do Espírito Santo, gerado no ventre da Virgem Maria... E, nascendo numa manjedoura, estabeleceu-se através do Mistério da Santíssima Trindade: nasceu, morreu e ressuscitou por nós! Quanta Sabedoria e Amor imensurável e incondicional concentram-se através dos enredos humanos atravessados pelos nossos antepassados dentro de milênios... Para que a mesma história chegasse até a nós, (dentro de um espaço atemporal para os mistérios D’Ele), demonstrando-nos, através do fio magnético condutor das nossas existências, o quanto é real a extensiva plenitude da sua Obra, que somos nós, os seres humanos, assim como todos os demais reinos: os animais, os vegetais, os minerais, e inclusive até, aqueles reinos que desconhecemos ou que não compreendemos. E, em quão elevadíssimo grau, que fogem aos nossos padrões de entendimentos (sejam eles racionais ou emocionais), concentra-se o teor divinal de todo este mistério que se propaga através de anos, séculos, milênios...

Formando e reformulando e transcendendo-se às complexidades humanas e os demais reinos. Gerando-se através dos tomos da História da Humanidade, os nossos rumos aos incógnitos representativos ou simbólicos direcionados à Eternidade!

Jesus, dentro da sua infinita Sabedoria –, deixou-nos puros exemplos de humildade –, através dos seus Ensinamentos. E também, através das suas magníficas e perfeitas atitudes de amor para com a Vida e também para a Humanidade.

Através de Deus, Ele concedeu-nos muitos dons! Nós, seres humanos, somos dotados de muitos dons. Para desta forma, podermos nos perpetuar, mediante aos incessantes e imensuráveis inenarráveis milagres geradores e perpetuadores das Vidas. Vidas que vão fazendo e refazendo-se contínua e instintivamente, através do Dom maior que é a essência divinal, vinda do Afflatus de Deus! Exalando para dentro da profundidade do nosso espírito – o sublime amor gerando-se em plenitude a nossa vida existencial – tanto a espiritual quanto a física.

Através do Natal – ao celebrarmos o aniversário de nascimento do menino Jesus – renovamos os nossos votos de amor incondicional. Conscientes da existência da essencial e verdadeira água cristalina espiritual, que jorra ininterruptamente, para dentro da nossa alma – trazendo-nos os mais dignos e esplêndidos atos de amor, fé, candura, compaixão, sublimação, cordialidade... Enfim, todas as mais bem-postas, justapostas, essências benéficas que se emanam da seiva da vida eterna, para dentro do nosso espírito. Dando-nos um toque especial de energia vital ao nosso introspectivo íntimo. Assim como também, em tudo e em todos que circundam em torno de nós. Fazendo com que o nosso corpo transcenda-se em profundidade, para dentro de uma pura e perfeita aura de paz, amor, amizade... Através dos nossos mais simples e encantadores gestos – desde os atos mais banais, até os mais complexos e expressivos pensamentos, sentimentos – criando belos e fortes laços afetivos, de tal maneira, que possamos ainda criar e recriarmos ininterruptas correntes positivas de forças carismáticas plenas de belezas para o mundo... Podendo, desta forma, destruirmos as forças malignas que estão engendradas n’alguns setores dos meios socioculturais... E que usam e abusam dos seus subalternos e dos seus “adeptos”, prometendo-lhes os mais distorcidos e diversos absurdos impostos pelos podres poderes corrompidos – no intuito de cercearem, de coibirem, de manipularem as pessoas do bem, que estão firmemente decidas a não se deixarem ser abatidas... E, sim, seguirem e transmitir ao mundo, os desígnios do Amor, do Verbo e da força poética existente nas Palavras de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Talvez sejamos nós, o Povo, quem somos e seremos sempre, os culpados disto tudo... Ao menos, enquanto estivermos submissos e elegendo ou reelegendo os mais variados espécimes de corruptos. Não tenho dúvidas de que os podres poderes malignos concentram-se nas artimanhas produzidas pelas estratégias impostas e expostas pelos marketings políticos. Assim como também, de muitos dos seus discípulos adeptos, que, injuriados com aqueles que se destacam na sociedade pelo talento próprio, pelo dom e capacidade de permanecerem-se numa postura de humildade incorruptível, desejosos de perpetuarem-se perante a vida numa postura de dignidade, trabalhando em prol da construção de um mundo melhor, até usam, estes famigerados discípulos do mal, do “marketing político administrativo” para denegrirem, distorcerem, “modificarem ao seu bel prazer ou dos seus mandatários,” a imagem e a boa índole das pessoas do bem...

Criada através de inumeráveis e de bem intencionados esforços feitos numa incansável luta pelos ideais, pela conquista dos sonhos, esforçando-se com muita garra, determinação e coragem! E, o que é melhor: sem precisarem “usurpar” das volumosas verbas administrativas, e nem de usarem dos favoritismos de ninguém.

Neste final de Dezembro e também durante todo o ano de 2014 (Ano Eleitoral, Ano de Copa Mundial, com os acontecimentos esportivos sendo produzidos aqui, no Brasil e estrategicamente sendo distribuídos e expostos para o Mundo...) vamos refletir e vivenciar dentro de nós, as belezas da vida, a paz de espírito, a consciência tranquila e o verdadeiro amor ao nosso próximo. Criando uma cultura social mais bem-posta mais justaposta, com mais facilidades para os nossos irmãos menos favorecidos, dentro destas guerras socioculturais, ambientais, mercantilistas e, cada vez mais consumistas, que estão sendo implantadas de formas estrategicamente desproporcionais e desorganizadas, dentro do nosso habitat natural.

http://www.caestamosnos.org/autores/autores_o/ODENIR_FERRO.htm


OLGA MARIA DIAS FERREIRA
Pelotas (RS)Natal – Brasil
2013

PRECE DE NATAL

A Jesus Menino,
Mestre peregrino,
A minha oração:
Traze paz para o mundo,
E, que, num segundo,
Vibremos em emoção,
Buscando em hinos de amor,
A grandeza e o fulgor
Da fraternidade,
Da beleza e igualdade,
Das benesses do amor.
Meu Jesus Menino,
Meu Mestre Divino,
Vem nos socorrer.
Envolve num manto de paz,
Essa humanidade,
Pobre homem tão carente,
Com Tua brandura envolvente,
Inundando-nos de luz...
Vem Jesus, meu Menino,
Com Teu olhar cristalino,
Com Tua meiga afeição,
Abençoar a criatura,
Carente, da forma mais pura,
Abrigando-a em Teu coração!

http://www.caestamosnos.org/autores/autores_o/olgaferreira_colecoes.htm


OLYMPIO COUTINHO

TROVAS NATALINAS

Viver Natal é sentir
o prazer de ser criança;
é despertar, é sorrir
e acreditar na esperança.

Que em todos lares do mundo
num milagre fraternal,
o burguês o vagabundo
cantem juntos no Natal.

Querido Papai Noel,
eu lhe peço sem revolta:
no Natal traga do Céu
minha mãezinha de volta.

Papai Noel, pobremente,
cometeu um desacato:
em ver de deixar presente,
carregou o meu sapato...

Papai Noel, a cegonha...
lendas que mamãe contou;
deixei de crer, por vergonha,
e a minha infância acabou...

http://www.caestamosnos.org/autores/autores_o/OLYMPIO_DA_CRUZ_SIMOES_COUTINHO.htm




PAULO CARUSO
Niterói (RJ) Brasil

SONETO AO NOSSO NATAL CÁ NO MÉIER
  24-12-2012

Hoje é dia importante para mim,
porque consegui reunir neste lar
minha parentela e meu doce amar
novamente este ano, por Deus, enfim.

Estamos nós juntos para o Natal
ligações recebendo alegremente,
para o nosso clima ficar contente
e expulsar do coração todo o mal!

Sei que amanhã ao lar já voltaremos,
mas sou grato ao Deus-Pai por esta data
que a meu amor verdadeiro retrata.
Que abraços apertados nós nos demos!

Que vocês saibam que são importantes
à beça para mim, e confortantes!





PAULO SILVEIRA DE ÁVILA

NATAL

Natal é sentimento de fé, amor
e compreensão,
inspirado no destino do Menino
de Nazaré,
escrito pelo amor de Maria
e pela bondade de José.
Natal é a eterna poesia coroada
de astros
nos céus e nos corações cheios
de ternura.
Natal é nobreza de emoções,
é a união, é vida, é piedade.
Natal é a estrela guia marcando com luminosidade
no universo azul a estrela da luz que leva a Jesus.
No céu, a Estrela Guia luziu
e sua luz brilhou
anunciando o nascimento de Jesus.


Noite de Natal! Noite feliz.

Paulo Silveira de Ávila



PRISCILA DE LOUREIRO COELHO

VEM CHEGANDO O NATAL.


            Aproxima-se o Natal, época em que paira no ar o espírito de confraternização, em que se ouve o tilintar das asas da boa vontade. Sente-se uma pré-disposição à solidariedade... .Ah!...Como é belo o espírito de Natal!
            Interessante o ser humano. Portador de uma riqueza enorme dentro de si, um tesouro imensurável que é a capacidade de amar, e amar de forma autêntica, bela e eterna; deixa este tesouro por vezes escondido, mergulhado entre os entulhos do egoísmo, deixando de irradiar os raios desta Luz tão preciosa.

            Por certo a humanidade é feita de matéria prima perfeita. O criador jamais usaria qualquer material reciclado ou avariado... Nunca! Não em sua obra de arte!

            Basta apenas que busquemos dentro de nós mesmos esta preciosidade, esta substância impecável, que invariavelmente ao se manifestar, alcançará uma extensão infinita, tocando tudo e todos à sua volta, modificando, embelezando, divinizando tudo que por seu caminho encontrar.

            O coração humano é algo especial! Perfeita engrenagem etérea capaz de abrigar uma infinita afeição, um amor sem precedentes, à fidelidade para com seu semelhante.

            Alegra-me a alma relembrar a verdadeira identidade do ser humano. e meu coração, ao se expressar pulsa em uníssono com todo o Universo, participando de maneira singela e despretensiosa, da obra inacabada de nosso Pai!

            E, na época em que comemoramos o nascimento de Jesus, é mais do que propício celebrarmos também o nascimento de nossa consciência em relação à Vida, esta vida que é Una, que pertence a todos nós, da qual todos nós fazemos parte e participamos ativamente de sua expressão, a Unidade.

            Há que se lembrar que é na diversidade que encontramos a verdadeira Unidade. Assim, todo o contraste que percebemos entre os Homens, é tão somente uma faceta de um todo impessoal e Universal. Através dele há a possibilidade de se compreender a essência legítima da vida.

            Neste espírito de compreensão profunda de minha ligação com a humanidade e todo o Universo, venho trazer meus votos de um natal feliz. de um verdadeiro natal, que é o renascimento no coração de cada um de nós, do filho de Deus, da consciência profunda de nossa verdadeira identidade.

            Que esta Luz, no interior de todo Homem, possa se fortalecer e expandir-se cada vez mais, para que todo nosso planeta seja envolto por ela e reflita a Paz que transcende qualquer entendimento.

            Haja sim confraternização, haja solidariedade, boa vontade e expressões de afeto; haja presente, ceia e comemoração festiva e alegre; mas que tudo isso perdure durante os próximos 365 dias, até a próxima comemoração, para que nosso mundo seja melhor. Um mundo mais fraterno, menos dividido e, sem dúvida nenhuma, mais justo!

            A beleza da vida está na singularidade com que ela se expressa em nosso dia a dia. A expressão do cotidiano é a forma clara, precisa e sugestiva de nosso Criador comunicar-se conosco. Uma Luz própria que reluz em todo coração, expandindo-se até o infinito!

            A Paz do coração e da alma é o prêmio aos que encontram essa Luz, e a harmonia, o abrigo daqueles que aprendem a partilhá-la com os demais.
Desejo a todos Feliz Natal, e que a meia noite, todos se lembrem de juntar as mãos por alguns segundos e orar com os sentidos do espírito, agradecendo a dádiva da vida perfeita que nos foi dada. Que possamos nos conscientizar do potencial que cada um de nós traz dentro de si, e o utilizemos para colaborar na construção de um mundo cada vez melhor.




RITA ROCHA

MENSAGEM de NATAL

SENHOR!

Nestes dias em que nos preparamos para as alegrias da  Festa de Natal, em muitos lares haverá luxo, fartura presentes e até desperdícios.

Fico imaginando que muitas crianças não terão nem um brinquedo, nem mesmo uma refeição saborosa, ou  um simples pedaço de pão.

São filhos de Deus que já chegam a este mundo sem um teto digno de um ser humano, passando muitas privações, conhecendo a dureza da vida desde a mais tenra idade.

Tende piedade, Senhor!
Abra o coração de nossos governantes!

Faça-os compreender o quanto é importante uma melhor distribuição das riquezas, deste nosso Mundo, que com tanto amor nos foram legadas pelo Pai do Céu!

Cuide deste povo carente de pão, de afeto e até de religião.
Faça com que a Fé e a Esperança permaneçam em suas Vidas!
Cuide para que sejam dignos de serem chamados Filhos de Deus!
Abrande o coração dos mandatários de todas as nações!

Menino Jesus, que veio ao mundo trazendo mensagem de Amor e de Humildade, e a Boa Nova para  salvação da humanidade.

Uma estrebaria foi o abrigo e a manjedoura, foi o berço que O acolheu.
Sofreu perseguição e toda sorte de martírio, até a crucificação.

Tende piedade de nós, pobres pecadores que esperamos um dia chegar à glória eterna!

Que as alegrias do Natal estejam presentes na casa do rico e do pobre!
Na choupana e no palácio!

Que a Paz reine absoluta e a Fraternidade seja tônica dominante em cada Coração!

É Natal! Menino Jesus Chegou!
É Natal! Aleluia! Aleluia!
Glória a Deus nas alturas e Paz na Terra!

Feliz Natal, Feliz Ano Novo!
Um Ano Novo cheio de Paz, Prosperidade e alegrias!




RAYMUNDO DE SALLES BRASIL

 O DOM GRATUITO DE DEUS

Mais um Natal! Por que Jesus nasceu?
O mundo sabe, todo o mundo sabe.
Sabe também porque que Ele morreu.
Qualquer explicação a mim não cabe.

Pouca gente, entretanto, compreendeu,
O que a meu ver é coisa que descabe,
Pois tão clara a mensagem que Ele deu...
A mim, me importa a glória – que desabe:

A salvação, que é dom de Deus, gratuito,
Nesta vida não tive um outro intuito,
Depois que cri porque Jesus nasceu.

E quando penso no seu sofrimento
Para salvar-me sem merecimento...
Foi pelo amor de Deus que Ele morreu.

http://www.caestamosnos.org/autores/autores_r/Raymundo_de_Salles_Brasil.htm

ROZELENE FURTADO DE LIMA

EU SEI QUE É NATAL

Eu sei que é Natal
Porque existem Marias
Que dizem sim e mudam o destino da humanidade
E Josés que aceitam agasalhar grandes verdades
Eu sei que é Natal
Quando Teresas de Calcutá descruzam os braços para
Serem solidárias com a dor do outro
Ou com a natureza
Eu sei que é Natal
Quando Gandhis demonstram que o amor é a engrenagem da vida
E nos amando
Comemoramos a vitória de estarmos juntos
Eu sei que é Natal
Quando nas manhãs, vejo flores orvalhadas acariciadas pelo sol desabrocharem no jardim
E tu, como o sol encantas meu dia com tua presença
Eu sei que é Natal
Quando a lua como lençol prateado vela meu sono
E teus braços me amparam e me aconchegam
Eu sei que é Natal
Porque beijas minhas lágrimas
E meus olhos espelham teu amor por mim
Fazendo a vida sorrir
Eu sei que é Natal
Quando a alegria está no ar abanando todos os rostos
E os corações tilintam uníssonos num sentimento de união
Eu sei que é Natal
Quando a saudade dá lugar às recordações de momentos de coragem e fé
Como as Zildas Arns
Eu sei que é Natal
Porque Mandelas lutam contra o apartheid
Transformando leis sociais
Porque mães e pais
Têm filhos e dedicam a vida na responsabilidade pela família.
Eu sei que é Natal
Porque o Menino Deus
Aceitou nascer na nossa gruta
Vindo compartilhar o amor do Pai
E ser mensageiro da paz
Enlaçando tudo e todos
Num abraço de luz
Eu sei que é Natal
  


© RUI DE OLIVEIRA LIMA
Portugal

NATAL

tempo de renovar pensamentos,
de refrescar sentimentos.
tempos de paz e harmonia,
tempos de alegrias a todos os momentos,
Tempo de ganhar novas energias,
construir nova sinergia,
Natal que se quer no real esta fantasia

http://www.caestamosnos.org/autores/autores_r/Rui_Filipe_de_Oliveira_Pereira_Lima.htm




REGINALDO COSTA DE ALBUQUERQUE

MATER ADMIRABILIS

Bate-me à porta o ateu em tempos de Natal,
a desdenhar e ri que a igreja está vazia.
Antes que eu respondesse ao gesto tão banal,
afastou-se agitando os guizos da ironia.

Pelas dobras da noite o luar se desfia...
Nas ruas, onde a vida é um instante real,
encontro corações entregues à alegria,
ou às dúbias visões que têm do bem e mal?

Entro no templo e sorvo a paz de etéreo aprisco...
A luz suave de um círio arde sobre o alto e doura
a solidão do altar e um presépio sem Cristo...

A prece à Mãe Maria aplaca os meus cismares:
− Não morrem as lições da antiga manjedoura,
achais o amor de Cristo em todos os lugares!...

Reginaldo Costa de Albuquerque


SÁ DE FREITAS
Avaré (SP) Brasil

MENINO POBRE NO NATAL

Bem me recordo: Se o Natal chegava,
Luzes piscavam em quase em todo canto,
Tudo nas Lojas era puro encanto,
A quem presentes aos filhos seus comprava.

Mas um menino pobre divagava,
Frente às vitrines e sofria tanto,
Que chegava a verter amargo pranto,
Porque nunca, presente algum, ganhava.

Ao seu humilde pai nada sobrava,
Para algo lhe dar... Ele pensava:
Que o Papai Noel dele esqueceu.

Hoje me lembro disso claramente,
E até vejo-o chorando em minha frente,
Pois aquele menino era eu.

http://www.caestamosnos.org/autores/autores_s/Sa_de_Freitas.htm

SUELI BITTENCOURT

PELA PAZ UNIVERSAL

Se a paz é a gente que faz, vamos juntos construir a paz.
Unidos, tornaremos realidade o maior ideal da humanidade!
Primeiro limpemos o terreno, deixando-o sem qualquer veneno.
Fora ódios, ganância, atrocidades, fora injustiças, violência, maldades.

E estando bem limpo o terreno, livre de todo o veneno,
plantemos com grande fervor um forte alicerce feito de amor!
Com tijolos de perdão e fraternidade, de amor, consciência e solidariedade,
logo teremos construído a paz! Pois a paz é mesmo a gente que faz!

Porém, não podemos esquecer que O CAMINHO É O AMOR!

O amor traz solidariedade, traz bom senso, consciência, perdão.
Afasta a ganância, a violência, a maldade, traz paz ao nosso coração!
Amar ao próximo e a muito mais afasta males e a própria dor.
Leva-nos a uma vida em paz e à certeza de que O CAMINHO É O AMOR!

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Que se perpetue a paz onde vivemos e em todos os recantos
do mundo.



SILVINO POTÊNCIO

QUADRAS NATALINAS

Do NATAL da Minha Aldeia,
Eu guardo apenas lembranças...
Quando à luz de uma Candeia,
Eu via o Menino Jesus ainda Criança!

No PRESÉPIO daquela minha idade,
Tinha AMOR e uma eterna humildade...
Havia riqueza e bastante probidade,
Era sim um NATAL de MUITA FELICIDADE!

Presentes que o sonho trazia,
Durante a NOITE de Consoada...
Uma singela e colorida Laranja,
Logo pela manhã era descascada!

De manhã era o ouro que resplandecia,
De dentro da boca do meu Sóco-Sapato...
Mais tarde quando o sol se abria,
Me aquecia o coração por de facto!

A NEVE que descia da Serra Altaneira,
Congelava e trazia para dentro do Lar...
O aconchego de uma Família inteira,
Era assim o NATAL para eu AMAR!

E depois que o MENINO cresceu,
A MAGIA dos Reis Magos se esvaneceu...
O Carinho dos homens há muito esqueceu,
Do NATAL de quem ama porque lá viveu!

Feito Homem na Terra para alegria geral,
Nasceu DEUS – Menino em PAZ Celestial...
E assim uma FESTA um quase-nada irreal,
Me vem à Lembrança de um FELIZ NATAL!

A ilusão de Menino que o tempo me traz,
É a ESPERANÇA que o Meu  Deus plantou,
Dentro de TODOS ou quem sabe, ELE faz...
Aquele NATAL que o MUNDO sonhou?!

(in: POESIAS SOLTAS – ad temporum)

http://www.caestamosnos.org/autores/autores_s/Silvino_Potencio.htm


SILVIA SIMONE ANSPACH

MISSA DO GALO

     "Um galo sozinho não tece a manhã:
 ele precisará sempre de outros galos”
João Cabral de Melo Neto

          Havia anos que ela tecia, bordava e tricotava em frente ao mar da Galiléia. Seu destino era esperar, como Penélope aguardara a volta de seu Ulisses por  intermináveis anos. Tecia e esperava tanto, que já nem se lembrava mais de quem deveria vir ou voltar. O esquecimento tomava conta de suas mãos ágeis e laboriosas, que escolhiam e colhiam pétalas, vento, poeira, neblina, sol, odores, cores. O manto crescia e avançava pela noite e pelo dia, mês após mês, ano após ano, giro após giro da Terra, fluxo após refluxo das marés, ciclo após ciclo da lua. Ora umedecido de orvalho e maresia ora ardendo e incendiando-se de sol ora incandescendo-se de estrelas, o tecido buscava um fim e um propósito, uma razão de ser, uma esperança, um nascer.
          Inconsciente, mas consistentemente, recobria o solo, ascendia ao firmamento, acendia constelações, invadia e abraçava toda a Terra num cálido aconchego. Salpicava no céu pontos luminosos, talvez roubados do sal dos mares. Vertia a leitosa via láctea, a partir da seiva de seus seios. E um dia, em que ela ardeu em fé, amor e em certeza, o azul recebeu do manto um brilho incomum, calor absoluto. E nele cintilou, ofuscante e chamejante, a maior estrela que se vira, diamante lapidado e cravado em pleno céu.
          Ela então soube: Para onde o astro apontava, três magos teriam de se dirigir, portando ouro, incenso e mirra. E foi o que inevitavelmente se passou. Ela tricotou os magos e caprichosamente bordou as oferendas. Seus gestos obedientes ecoavam o que estava escrito. Solenemente, observou a procissão que depositava suas ofertas e, num arrepio, ouviu um choro de criança. Ajoelhou-se em reverência: A espera terminara. E agora ela conhecia seu alvo e seu por quê.
          O manto que tecia se esverdeara, delineara a primeira árvore de Natal da História e a bordara com cores e brilhos. Emocionada, ouviu os sinos tocarem a música cuja partitura e instrumentos seus dedos em bolhas e em chagas haviam desenhado, captando a voz surda, sábia e segura do Criador. Olhou suas próprias mãos. E, entre surpresa e gratidão, viu nascerem flores que suturavam as feridas, fruto de sua devoção e dedicação durante anos. Lembrou-se de Jessé, cujo bastão florido prenunciara este momento. As pétalas de seu sofrimento aromatizaram o incenso dos magos. No mesmo instante, um galo cantou. E, naquela sagrada hora, todos os tristes, enfermos, famintos, prisioneiros e miseráveis, receberam sua alforria.

******

          Missa do galo. Ontem, hoje e sempre. Sobre a pedra do altar ou sobre a mesa posta para a festa, à toalha maternal da Mãe Maria, que teceu com os fios do amor a vinda do Salvador. Fios que enlaçam amigos e inimigos num abraço de conciliação e perdão. Troca de presentes que plantam flores e cravam estrelas em cada coração.
          Os galos de João Cabral de Melo Neto tecem a manhã. O manto de Maria teceu o Amanhã. Messiânica certeza. Sacrossanto instante. Diamante. Pedra preciosa em sua mais absoluta pureza. Todos podem vê-la. É só abrir a janela e observar o brilho, agora mais intenso, das estrelas, do sol e da lua. E de um estranho cometa que cintila solitário no firmamento. Quem atentar para sua cauda, verá que nela se inscreve o fio usado pela primeira tecelã, que gerou o hoje, o amanhã, o sempre. E que a trajetória desse cometa descreve e escreve a rota da palavra-amor-e-poesia: “Eternamente”.

Silvia Simone Anspach


SONIA NOGUEIRA

DOIS MIL E TREZE

Criaram os meses e os anos
Para marcar no calendário,
Sonhos, alegrias desenganos
Também na mala o abecedário.

É assim, no passado, presente,
No futuro o mesmo rosário
De tão gastas as contas prende
A mente, no mesmo diário:

Riso que traz felicidade,
Dor entrando sem licença,
Amor com gosto de saudade,
Saúde mendigando presença,

Criança esbanjando alegria,
Outras sem saber a que veio,
Pedinte nascendo todo dia,
Mendigo, droga e devaneio,

Deus dividindo os cristãos,
Guerras que nunca apagaram,
Do homem o poder das mãos
As terras doadas esmagaram.

O conserto perdeu direção,
Não sabe que rumo tomar
Vamos agora à comunhão
Cada qual seu papel planejar:

Limpar o lixo das entranhas,
Amar como se fosse dever,
Abraçar as causas tamanhas
Que faça a mente crescer,

Caminhar numa nova era,
Fazer do bem uma armadilha,
Pra que no sopro da atmosfera,
Respiremos a mesma partilha.

Chegamos dois mil e treze,
Passamos mais uma ponte
Banhadas da cabeça aos pés
Na esperança de ir à fonte

Do amor redentor da paz,
Dos amigos como esteio,
Desejo a todos, ano eficaz,
Saúde, carinho e bolso cheio.

Na Casa de Juvenal Galeno
Desde a presidente Eliana,
E amigos, meu abraço sincero
Feliz natal á todos, eu espero.




SHIRLEY M. CAVALCANTE (SMC)

MENSAGEM DE NATAL

Neste Natal quero deixar algo além de mensagem,
Quero deixar um pedido do coração,
Todos gostam de ganhar presentes,
De os dar a amigos / família / parentes...
Mas dá a quem precisa eis a questão,
O maior amor não esta no que ganhamos
Mas no que damos.
Na forma que doamos.
Eu não quero nada ganhar,
Além da sua doação,
Quem tiver de me dá algo
Dê a um desconhecido na rua
Um pedinte que a ti encontre
Não quero nada para mim
Tenho tudo que preciso
Tenho paz,
Tenho saúde,
Tenho amigos,
Que compartilham
Uma vida comigo.
Só não tenho a alegria
De ver no Natal
Todas crianças, idosos, pessoas em paz, felizes.
Vá a um asilo,
Um orfanato,
Adote uma criança,
Um idoso,
Por um dia.
Mas, não faça isso só no Natal,
Faça uma vez por mês,
Crie uma rotina de amor e doação.
Vamos nos unir e formar famílias.
Promovendo a Paz, a união.
Eis a minha mensagem para vocês,
Nem sei se é de Natal,
Mas de amor,
Amor ao próximo
A vida.

Shirley M. Cavalcante
www.divulgaescritor.com


Shirley M. Cavalcante

SIMONE CRISTINA DA SILVA

REALIDADE DO NATAL

Tantas pessoas gastando seu dinheiro
Com comida farta, muita bebida
Esquecem de dar um pão ao companheiro
Que não tem nada nesta vida

Falam tanto em humildade
Falam
tanto de religião
Porém não praticam na verdade
O amar ao próximo, amar ao irmão

E passam com tanto desdém
E não veem
Que tão perto na calçada
Seja dia ou madrugada
Existe alguém...

Sedento, faminto, sem um teto
Tendo somente por perto
O desprezo e a solidão
Muitas vezes precisando apenas de uma palavra amiga
Que lhe dê esperança de vida
Que apenas lhe estenda a mão...

http://www.caestamosnos.org/autores/autores_s/Simone_Cristina_da_Silva.htm
THAIS ARRIGHI
Dezembro/2013
São Paulo - Brasil

NATAL

Natal é sinônimo de Paz...
União... Fraternidade e Amor!
O mundo se torna mais colorido
E se envaidece de tanta cor!
Com ela  a compreensão aparece
Unida com a disponibilidade da aceitação!
É... Aprender com os novos momentos que
Chegam inevitavelmente te trazendo... Paz!
É encontrar o equilíbrio e a harmonia do
Teu Eu com a tua atenção!
Natal é isso!...Dar uma chance para a Paz...
A tua Paz!...Você vai sentir-se então
Em uma nova dimensão... E a tua vida vai
Se encher de cor e amor!...E tudo ao seu redor
Brilhará na Benção Daquele que nunca deixa
De olhar para ti!
Aquele que eternamente nunca deixará de ser
A tua própria e verdadeira Paz!




TITO OLÍVIO

NÃO QUERO MAIS

Não quero mais Natais de hipocrisia,
De consumismo em fúria, desregrados,
Em que se esquece o peso dos pecados
Ou se afogam em prendas de alegria!

Não quer mais Natais de um só dia,
Oásis de candura, rodeados
De injustiças, de roubos, de atentados,
De droga, de tortura e de agonia!

Se é para celebrar o nascimento
De quem pregou a paz, amor, bondade,
Deitem fogo de vez à falsidade,

À dor, à fome, à guerra, ao sofrimento,
A tudo que destrói o ser humano
E façam o Natal durar um ano!

******



TÂNIA DINIZ
Belo Horizonte (MG) Brasil

COMPARTILHAR

Esperanças, sonhos e desejos,
em sorrisos e amor.
A alegria de juntos realizar
o Natal o ano inteiro,
apesar do mundo.
ah, se eu me chamasse Raimundo!

www.mulheresemergentes.com



Tânia Diniz 


VANDA FERREIRA

FELIZ NATAL

Cultivo roça de bem-querer,
sagrada época de plantio natalino para santa colheita.

Safra que frutifica sinceros corações,
desabrocha amorosas mensagens,
banquete repleto de luz,
de boas intenções fartas de bênçãos.

Harmoniosas alianças comungam de preces,
orações e rezas em nome da paz e do amor.

Embalo meus votos de felicidade em gamela de ternura,
laçarote de afeto com fita de estrelas.

Degusto “Feliz Natal”
na profunda cuia de importâncias maceradas em gratidão.

http://www.caestamosnos.org/autores/autores_v/Vanda_Ferreira.htm

WILSON DE JESUS COSTA

NATAL DIFERENTE

Meu Natal será diferente.
Quero inovar de verdade:
Ficará o meu coração pecador
Na janela entreaberta do quarto
Espero que ela venha e arrebate
Meu coração apaixonado;
Estarei no sofá da sala
Junto aos meus sonhos juvenis
Talvez um pouco tarde, quem sabe?
Ou muito cedo talvez, nem sei!
Meu Natal diferente não terá árvore
Será sem enfeites, sem luzes...
E enquanto eu monto um presépio,
Espero que nele caiba,
Todo o amor que espero.
Ela vestida de branco,
Como se vestem as fadas...

http://www.caestamosnos.org/autores/autores_w/Wilson_de_Jesus_Costa.htm





WILSON DE OLIVEIRA JASA 

BOAS FESTAS