XXIV EDIÇÃO - TEMA LIVRE
Realização Portal CEN - "Cá Estamos Nós"
Organização: Maria
Beatriz Silva
(Assessora do
Intercâmbio Cultural CEN - Brasil/Portugal)
Idealizador: Carlos
Leite Ribeiro
(Presidente do Portal
CEN – Portugal)
Parceiro: CCMB - Centro
Cultural Maria Beatriz de Laje do Muriaé (RJ) – Brasil
Cumprindo com mais um dos
nossos compromissos, com os ilustres autores e colaboradores do CEN, que não é
promessa e sim de fato realidade, respeito, dedicação e amizade, concluímos na
edição XXIV realizada pelo Portal CEN – “Cá Estamos Nós”, Portugal e em
parceria com o Centro Cultural Maria Beatriz, Brasil a Antologia Virtual.
Apresentamos com grade
satisfação aos inúmeros leitores desse majestoso Portal a grandiosa Coletânea
Virtual do mês de outubro, composta
por cento e trinta e três renomados autores.
Uma
produção literária de talento, oferecendo uma leitura diversificada mostrando o
belo que cada um tem para compartilhar.
O
Portal CEN – Cá Estamos Nós e o Centro Cultural Maria Beatriz, agradecem a
participação de todos e desejam boas vindas aos novos poetas e escritores que
integram a esta edição.
Parabéns poetas e Escritores, que através de suas palavras em prosas e versos difundem pelo mundo o perfume do amor!
“Um escritor ou um
Artesão que não tenha seu trabalho bem divulgado, poderá ser um diamante que se
perde.”
ABÍLIO LEIO CODI NDILO
Quimbele (uíge) – Angola
A MENINA QUE ROUBOU MEU
CORAÇÃO
Ela vai ler, mas não vai entender nada absolutamente, nem tão pouco vai perceber os esforços que eu faço para ela.
É metida briguenta por vezes um pouco chata, Só ela quem preenche o meu vazio, em todo calar da noite,
Adora falar, é algo que a identifica.
Meio concentrada por vezes fica assim meio perplexa.
É
linda como a lua, tem o sorriso radiante com o raio.
É imperfeita, mas sabe fazer as coisas perfeitas.
Pergunta-me mesmo já sabendo a resposta.
Por vezes fica olhando-me sem eu perceber.
Dá-me todos os motivos para eu desistir dela.
Mas um único para que eu insista.
É imperfeita, mas sabe fazer as coisas perfeitas.
Pergunta-me mesmo já sabendo a resposta.
Por vezes fica olhando-me sem eu perceber.
Dá-me todos os motivos para eu desistir dela.
Mas um único para que eu insista.
Basta
ela falar que me calo, basta ela andar que eu a reparo.
É lindíssima e super elegante, tem as curvas perfeitas, mesmo sendo imperfeita.
Durmo pensando nela, acordo fazendo o memo.
É uma beldade, vejo-a apenas, por vezes sem nada a lhe dizer.
Dá-me um monte de voltas, que no final acabo sempre de volta para ela.
Carinhosa, Dedicada, séria, insistente e poderosa assim é ela.
É lindíssima e super elegante, tem as curvas perfeitas, mesmo sendo imperfeita.
Durmo pensando nela, acordo fazendo o memo.
É uma beldade, vejo-a apenas, por vezes sem nada a lhe dizer.
Dá-me um monte de voltas, que no final acabo sempre de volta para ela.
Carinhosa, Dedicada, séria, insistente e poderosa assim é ela.
Ela
tem um coração de pedra não deixa-me a cuidar.
Ela acha que eu vou magoar, mesmo essa não sendo a minha finalidade.
Ela tem um coração nobre, alegre, simpática e por vezes falta dora.
As vezes nem ligo para o que ela diz, porque faz-me bastante confusão.
Ela é batalhadora, ela é honesta, ela é leal e talvez fiel.
Ela acha que eu vou magoar, mesmo essa não sendo a minha finalidade.
Ela tem um coração nobre, alegre, simpática e por vezes falta dora.
As vezes nem ligo para o que ela diz, porque faz-me bastante confusão.
Ela é batalhadora, ela é honesta, ela é leal e talvez fiel.
Ela
ainda acha que eu com ela só quero divertir-me, curti-lhe e distrair-me, e
depois abandona-lhe.
Não sei como, basta ela olhar-me que eu fico quente, no tempo de frio.
Não sei como, preparo tantas e tantas palavras para com ela falar no final não digo absolutamente nada, A menina que roubou meu coração.
A menina que roubou meu coração CDSIP.
Ela tem o (C) Carinhosa.
O (D) Dedicada.
O (S) de séria.
O (I) insistente
Não sei como, basta ela olhar-me que eu fico quente, no tempo de frio.
Não sei como, preparo tantas e tantas palavras para com ela falar no final não digo absolutamente nada, A menina que roubou meu coração.
A menina que roubou meu coração CDSIP.
Ela tem o (C) Carinhosa.
O (D) Dedicada.
O (S) de séria.
O (I) insistente
Abílio Leio Codi Ndilo nasceu aos 07 de Junho de 1997, na província do uíge (Angola) no Município do
Quimbele (Angola), filho de António Manuel Ndilo e de Ana Engrácia Leio. Editor
de blog (principendilo. blogspot.com) e web sites, compositor, poeta, escritor, humanista com a
arte (Lev´arte), músico, ator, designer gráfico. Infância fez o ensino primário
na escola Ex 9008 atualmente 5008, e foi para o Centro Polivalente Nzoji
(internato).
ADÉLIA EINSFELDT
EMOTIVA
Choro
com quem chora
sensível
ao sofrimento alheio
sem saber o motivo
ou a razão
líquida,
a emoção escorre
a dor do outro
em meu rosto.
Adélia Einsfeldt
ADRIANA GARCIA
Campo Florido (MG) -
Brasil
FAGULHAS DE AMOR
No meu reino encantado
Estocado de amor
O silêncio se fez aprisionado
Mais repleto de fulgor
O presente é meu passado
Com respingos de luz
Sei que sou amado
Só não consigo carregar minha cruz
A vida me fez relembrar das meras ilusões
Fagulhas de amor para superar
Mesmo distante da perfeição, paupérrimos corações
O meu presente no futuro será sempre te amar
Fagulhas de amor
Inspiração ao reino poético desafogar
Cada passo será inovador
No meu reino encantado
Estocado de amor
O silêncio se fez aprisionado
Mais repleto de fulgor
O presente é meu passado
Com respingos de luz
Sei que sou amado
Só não consigo carregar minha cruz
A vida me fez relembrar das meras ilusões
Fagulhas de amor para superar
Mesmo distante da perfeição, paupérrimos corações
O meu presente no futuro será sempre te amar
Fagulhas de amor
Inspiração ao reino poético desafogar
Cada passo será inovador
O amor é o supremo destino mais sublime que desejo a você encontrar
Adriana Garcia de Sousa natural da cidade de Uberaba (MG). Professora, poeta,
escritora. Autora do livro literário infantil referente à cultura indígena: As
Putyras de Ñhanderú. Poeta com participação nas antologias poéticas: Palavras
Abraçadas; Além da Terra, Além do Céu; Sopro de Poesia; Na Minha Cômoda;
Coletânea de poesia; Com uma participação poética Internacional ao World
Festival of Poetry (Internacional Fb-Website). Participação na Revista eis Fluências;
na antologia logos da Fenix; No Portal Literário Divulga Escritor com alguns
poemas. Mineira do interior junta à natureza se faz, amante dos versos em
movimento rabisca com a essência o amor dos seres sentimentais. Escrever é sua
arte num sopro poético amando todos por iguais.
ADMILSON O POETA MAGNATA
QUE A NOITE AMANHEÇA
Traga de volta o brilho dos meus olhos
O sabor dos teus beijos,
Que a noite amanheça e traga o meu amor de volta
a minha deusa em forma de gente
Minha musa inspiradora,
Que a noite amanheça e traga de volta
O odor do seu perfume
E faça de mim um poeta amoroso
Um poeta insano,
Que faça de ti a melodia da minha canção
Mulher!
Faça de mim teu amor, teu prisioneiro
O prisioneiro dos teus beijos, dos teus abraços
Do teu amor,
Procuro o brilho dos teus olhos
Em cada lua cheia,
Procuro o sabor dos teus beijos
No beijo de uma alvorada sem fim...
E grito bem alto:
Eu te amo e te quero e te desejo,
Que sonho contigo na madrugada fria
Que a noite amanheça!
E leve para bem longe
A tristeza que reina em meu coração,
Leve as lágrimas que meus olhos
Guardam há vários anos
Leva-me a conhecer o universo do nunca,
Leva-me a conhecer a cidade do amor
Administração da solidão
Que a noite amanheça!
Eu esteja abraçado a ti, meu amor
Que eu seja teu cobertor humano
E no amanhecer, paro de sofre por alguém,
Que não me da atenção!
Que a noite amanheça!
E traga uma carta de amor perfumada,
Traga flores jasmins
Traga com ela carinho,
Paz!
Alegria,
Sinceridade
Que a noite amanheça!
Traga com ela poemas sem versos,
Poemas sem rimas
Versos sem métricas,
Traga metáforas
Traga romance de Pepetela
Nas minhas palavras à incerteza solidas!
Não quero viver nesta incerteza,
Que a noite amanheça linda como sol
O sol nasce com alecridade nos teus olhos, menina
Que eu seja morador do país do amor,
Eu seja presidente da solidariedade...
Que isso tudo não passe de um sonho,
De uma loucura sem cura
De um delírio!
De uma alucinação,
Que a noite amanheça.
Admilson O Poeta Magnata
Traga de volta o brilho dos meus olhos
O sabor dos teus beijos,
Que a noite amanheça e traga o meu amor de volta
a minha deusa em forma de gente
Minha musa inspiradora,
Que a noite amanheça e traga de volta
O odor do seu perfume
E faça de mim um poeta amoroso
Um poeta insano,
Que faça de ti a melodia da minha canção
Mulher!
Faça de mim teu amor, teu prisioneiro
O prisioneiro dos teus beijos, dos teus abraços
Do teu amor,
Procuro o brilho dos teus olhos
Em cada lua cheia,
Procuro o sabor dos teus beijos
No beijo de uma alvorada sem fim...
E grito bem alto:
Eu te amo e te quero e te desejo,
Que sonho contigo na madrugada fria
Que a noite amanheça!
E leve para bem longe
A tristeza que reina em meu coração,
Leve as lágrimas que meus olhos
Guardam há vários anos
Leva-me a conhecer o universo do nunca,
Leva-me a conhecer a cidade do amor
Administração da solidão
Que a noite amanheça!
Eu esteja abraçado a ti, meu amor
Que eu seja teu cobertor humano
E no amanhecer, paro de sofre por alguém,
Que não me da atenção!
Que a noite amanheça!
E traga uma carta de amor perfumada,
Traga flores jasmins
Traga com ela carinho,
Paz!
Alegria,
Sinceridade
Que a noite amanheça!
Traga com ela poemas sem versos,
Poemas sem rimas
Versos sem métricas,
Traga metáforas
Traga romance de Pepetela
Nas minhas palavras à incerteza solidas!
Não quero viver nesta incerteza,
Que a noite amanheça linda como sol
O sol nasce com alecridade nos teus olhos, menina
Que eu seja morador do país do amor,
Eu seja presidente da solidariedade...
Que isso tudo não passe de um sonho,
De uma loucura sem cura
De um delírio!
De uma alucinação,
Que a noite amanheça.
Admilson O Poeta Magnata
AGAMENON
ALMEIDA
AMOR
Não sei se o amor é algo descritível
Pois que tantas vezes, é só ilusão
Mas quando sinto teu corpo em peito
O indescritível acontece, sem explicação
Parece que o mundo de repente pára
E todos os sentidos, em ebulição
Sentindo os cheiros, sabor e calor
Extasia os olhos, em carícias, fusão.
Entre suspiros, gemidos, afagos
Mergulha-se no mar de mil sensações
Não há palavras que possam descrever
Pois que tudo é sublime e foge da razão.
Agamenon Almeida
Não sei se o amor é algo descritível
Pois que tantas vezes, é só ilusão
Mas quando sinto teu corpo em peito
O indescritível acontece, sem explicação
Parece que o mundo de repente pára
E todos os sentidos, em ebulição
Sentindo os cheiros, sabor e calor
Extasia os olhos, em carícias, fusão.
Entre suspiros, gemidos, afagos
Mergulha-se no mar de mil sensações
Não há palavras que possam descrever
Pois que tudo é sublime e foge da razão.
Agamenon Almeida
AMÉLIA LUZ
Pirapetinga (MG) -
Brasil
O ENIGMA DE GIZÉ
Quero banhar-me no silêncio
Da enigmática Planície de Gizé.
Ser esfinge, simplesmente,
Testemunhando o tempo...
Suportar o peso dos séculos
Sobre os ombros de pedra.
Entreter os segredos
inconfessados,
Ter poderosa, a força leonina,
Com toques de sensibilidade
humana.
Não choro, não rio,
Nem mesmo envelheço,
Na eternidade dos dias...
Apenas contemplo
O desfolhar da história,
Personagem muda
No imenso quebra-cabeça
Da contraditória raiz da
humanidade.
Olhos fixos no horizonte
Em vigília permanente
Esperando que um poeta acorde
E se debruce sobre a sua emoção
Caminhando cego, sobre os meus
mistérios...
Amélia Luz – nasceu em Pirapetinga/MG. Leva
às escolas a palavra poética despertando a juventude para a leitura e a poesia
como meio de educar para a paz e pela paz. Membro de diversas associações
literárias participa de concursos literários com muitas premiações recebidas. É
coautora em mais de duzentas antologias, um livro solo de poesias publicado e
outros em construção.
AMILTON MACIEL MONTEIRO
São José dos Campos (SP)
- Brasil
DOMINGO DA EXISTÊNCIA
“A velhice é o domingo
da existência”,
disse-me alguém que sabe
mais do que eu,
ao Pai eu agradeço tal
clemência
que se oferece a mim, um
fariseu...
Com dezessete lustros de
vivência,
e mais de seis decênios
de himeneu
que já me deu tão bela
descendência,
que mais posso querer,
Deus Santo meu?
Enquanto eu tiver saúde
e tino,
e possa decidir o meu
destino,
quero viver só para
agradecer.
Muito obrigado a quem me
deu amor,
a Deus e a quantos devo
algum favor...
A todos deixo aqui meu
bem-querer...
Amilton Maciel Monteiro
ANA LUZIA MOURA NUNES
PASSEANDO NOS CAMINHOS
DA BELEZA E DA DOR!
Nos
caminhos da beleza e da dor, busquei o amor...
Caminhando
por Mont Serrat, encontrei belas flores, algumas em botão; no meio delas,
para meu espanto, estava a dor, que em forma de espinhos rodeavam as flores;
andei devagarinho, com cuidado, medo e até carinho...
Meus
olhos que se embriagaram com tamanha beleza; choravam ao ver enfeitando os
jardins, flores humanas em degradação...
Segui
até Ponta de Humaitá.
Ah!
O belo resplandeceu... Porém o medo cresceu. Mais flores se balançavam de um
lado para o outro; não com a brisa; estavam embriagadas com o perfume do
mal; mendigavam o pão, a chuva, um aperto de mão...
Continuei
a passos largos indo em busca do sagrado. Subi a colina, cheguei a Igreja do
Bonfim, que seria mais um belo cenário ocultando a dor. Várias flores curvadas,
diante do Sol Maior, pediam proteção...
Recebi
água benta e oração. Atravessei a Mansão da Misericórdia; - Misericórdia
Senhor! Tantas flores estragadas em teu jardim; preciso da fita do Bonfim para
colocar no gradil;
Uma
oração, três nós, uma emoção e um desejo oculto do coração. Misericórdia
Senhor!
Ana Luzia Moura Nunes, nascida em Salvador (BA) no Brasil aos 13 de dezembro de
1961. Sou pedagoga com Habilitação em Educação Especial e Psicopedagoga Clinica
e Institucional. Apesar de fazer poesias desde os quatorze anos, sou iniciante,
tendo postagens apenas no Grupo Na Visão de outro Olhar no Facebook. Sou amante
da arte em sua totalidade.
ANA MARIA NASCIMENTO
Aracoiaba (CE) - Brasil
CHAMAS DE ESPERANÇA
Fugindo do universo da
amargura,
busquei felicidade num
amor,
usando a
competência e a doçura
na ação que foi cingida
de louvor.
Sonhei ressuscitar fiel
ternura,
querendo merecer total
primor,
mas não abandonei a vã
postura
e fiz o coração sangrar
em dor.
Embora caminhando
errônea, assim,
e ter o sentimento bem
confuso,
preciso vê-lo sempre
junto a mim.
Talvez um dia, eu possa
lhe mostrar
a chama gloriosa que
conduzo,
acesa, e, então, eu
venha a lhe entregar.
Ana Maria Nascimento
ANDRÉ ANLUB
DAS LOUCURAS (PAI BOLA E
COISA E TAL)
Despertou e arregalou os
olhos
Agora até sua digital é
um labirinto;
Levantou para fazer um
poema simplório
E de café da manhã bebeu
seu absinto.
Crime perfeito tem uma
alcunha qualquer,
E se desejar suborna o
mundo de jeito;
Entre o efeito real, o
quebra-pau e o imaginário,
Há o detalhe do malhe do
amadurecimento.
Curvas e esquinas beijam
entradas,
Abraçam a saída no antes
e no agora,
A rapadura, o queijo
coalho e a felicidade estão na mesa...
Obesa e sentada – vê-se
Coisa e tal –,
Fartada e sorridente
está à sorte indefesa...
A janela fechada para
tapar sua visão anormal
Da nuvem negra
inexistente muito ao longe lá fora.
Hoje a vida trouxe-lhe
dias melhores
E novas galochas bem
mais alongadas.
A solidão a enxuga e
expurga um possível derramamento de águas...
Na parede a foto de um
nariz nervoso de encontro à luva de um boxer,
Nariz quebrado, olho
inchado, um nocaute e tudo se torna blecaute
No simples esquecimento
das lutas corriqueiras quaisquer.
André Anlub - é do Rio de Janeiro, mas escreve no
Crato/CE entusiasta pelas artes com obra no acervo permanente do MAC da
Bahia, escritor patrocinado pela Darda Editora, conselheiro da Assoc. Cultural
Poemas à Flor da Pele (RS),Consultor pela Editora Becalete; membro vitalício da
Academia de Artes e Letras de Iguaba (RJ), Correspondente das seccionais da
Bahia, São Paulo, Goiás e do Núcleo Acadêmico de Letras e Artes de Lisboa.
Autor de sete livros solo e coautor em mais de 95 Antologias. Prêmios: Personalidade
2013 pela Artpop, Excelência 2014 pela Braslider, Maestro Wilson Fonseca 2015 e
Destaque na Cultura 2016, ambos pela ALuBra, Certificado de Mérito Cultural
2015 e 2017 pela Editora Futurama, Comenda Conde de Figueiró 2017 e Prata da
Casa 2017 ambos pela Embaixada da Poesia.
ANDRÉ FLORES
MEU CUSCO (ALMA
PAMPEANA)
Meu cusco, companheiro
de tantas invernadas,
viste muitas geadas ao
meu lado.
Meu cusco, foste amigo
leal;
por sinal, ficaste ali,
sentado comigo.
Ah! cusco velho,
os anos passaram...
Quantas campereadas
fizemos juntos!
Muita coisa vivemos
nessa jornada!
Meu cusco, bom amigo,
fico olhando a lua,
mateando noite afora,
e tu ali, inseparável.
Saibas, cusco velho,
que na alvorada
estarei a olhar-te,
porque tu és fiel e
companheiro;
nos entreveiros da vida,
estavas comigo sempre.
Por final, velho amigo,
um dia estaremos em
algum galpão.
Farei um fogo de chão,
olharei para o lado,
e, como sempre, tu
estarás lá,
zelando pela nossa
amizade.
André da Silva Flores ou André Flores (Aprendiz de
Poeta) - 43 anos, natural de
Novo Hamburgo – RS, residente da Cidade de Portão – RS. Casado. Formado em
setembro de 2010 em Administração de Empresas pela UCS - Universidade de Caxias
do Sul, (Vale do Caí), Pós Graduando em Especialização em Educação a Distância
pela UNOPAR.
ÂNGELO DE SOUZA ROBERTO
MALANDRO ESPERTO
Se mostra o certo,
Ludibria, passa a perna
Em todos, imagina - julga ver
O mais perfeito otário
Se orgulha de
Malandramente viver
Sem plantar, sempre
Esperando, do alheio colher
Leva vantagem,
Na pura rapinagem,
Vai dando braçadas.
Vai dando pernada,
Mas morre na Praia
Da inexorável colheita.
Se mostra o certo,
Ludibria, passa a perna
Em todos, imagina - julga ver
O mais perfeito otário
Se orgulha de
Malandramente viver
Sem plantar, sempre
Esperando, do alheio colher
Leva vantagem,
Na pura rapinagem,
Vai dando braçadas.
Vai dando pernada,
Mas morre na Praia
Da inexorável colheita.
Ângelo de Souza Roberto - é nascido em Pedro Leopoldo/MG. Desde então residente em
Matozinhos/MG. Bacharel em Língua Portuguesa na Universidade Federal de Minas
Gerais (2007). Pós Graduado em Administração de Empresas, pela Faculdade
FAEL. Presidente da Academia Matozinhense de Letras, Ciências e
Artes. Vice-Presidente da Academia de Letras do Brasil RMBH. Membro
do Núcleo Acadêmico de Letras e Artes de Lisboa (NALAL). Acadêmico da Academia
Mineira de Belas Artes (A.M.B.A). Autor do livro “Escrevinhador” (2014);
2ª Edição em 2015 e “Matozinhos, minha terra” (2017). Comendador
Humanitário da Paz - Título outorgado pelo World Parlament Of Security and
Peace (WPO). Cofundador do Rotary Club Matozinhos Bom Jesus.
ANGELA MARIA PELLICIONE
FEINGOLD
Rio de Janeiro (RJ) –
Brasil
MAR VERDE
Mar verde imenso e
triste
Sozinho chora a perda de
um amor
As ondas batem num
rochedo
E choram comigo a minha
dor.
Meu corpo sente falta do
teu corpo,
Minha alma sente falta
de amor
Volta pra mim querido
Sem ti não sei viver.
Mar verde
Imenso e triste!
Angela Maria Pellicione Feingold - Poeta, atriz, funcionária pública aposentada, Diretora
Bibliotecária da Casa das Beiras, Diretora do Instituto Barão de Ayuruoca,
Presidente da Associação Cultural Barão de Ayuruoca, Diretora Social da ALAP
(Academia de Letras e Artes de Paranapuã)
ARNALDO LEODEGÁRIO
PEREIRA.
MATO GROSSO DE LÁ X MATO
GROSSO DE CÁ...
(humor)
Zé
Sucuri e Zé Jacaré.
Zé
Sucuri é do Mato grosso de Lá, e Zé Jacaré é do Mato grosso de Cá.
São dois trovadores que representam cada um o
seu respectivo Mato grosso. Os dois se encontram no (bulicho) do Gaúcho, para
tomar cerveja, tocar viola de cocho, e cantar em (trova); exaltando, as
belezas, riquezas, encantos, e também a cultura de suas terras queridas. Sendo
que cada qual defende e exalta a sua e procura diminuir a do outro. Lá pelas
tantas, já com algumas cervejas na (cuca), eles partem para arrancar o aplauso
e a simpatia da galera que se encontra presente, e já manifesta seu carinho e
apoio a seu trovador preferido. Assim eles vão desfilando a lista das
qualidades de sua terra, ou seja do seu MT.
Z S: Eu sou do Mato grosso de Lá, e vou defender
a minha terra. Você vai ver que o MT de Cá é o resto que sobrou da guerra!...
Z J: Eu sou do Mato grosso de Cá, e já defendo
ligeiro o meu lugar. Você sabe que seu MT, num dá nem prá começar!...
Z S: No Mato grosso de lá tem: Cururu, viola de
cocho, vanera e Siriri!
Tem: onça pintada, calango, suçuarana, boca de
sapo, e tem quati!...
Z J: No Mato grosso de cá também tem!...
Z J: No Mato grosso de cá, tem guavira,
araticum, angico e acuri!....
Tem: lontra, arraia, veado campeiro, orquídea e
carandá!...
Z S: no Mato grosso de lá também tem!...
Z S: No Mato grosso de lá tem: capivara, cotia,
cágado e teiú!..
Tem: pintado, cachara, curimbatá, tuvira,
copaiba e pacu!...
Z J: No Mato grosso de cá tem também!...
Z J: No Mato grosso de cá tem: garça, socó,
arara azul e sucuri!...
Tem: pé de ipê, mangaba, barriguda, periquito e
jabuti!...
Z S: No Mato grosso de lá tem também!...
Z S: No Mato grosso de lá tem porco do mato,
tamanduá e tuiuiú!...
Tem: colhereiro, garça, curicaca, preguiça,
jabuti e tatu!....
Z J: No Mato grosso de cá tem também!...
Z J: No Mato grosso de cá tem, curicho, camalote
e aguapé!...
Tem: cachorro vinagre, iguana, paca, tatu-bola e
jacaré!...
Z S: No Mato grosso de lá também tem!...
Z S: No Mato grosso de lá tem: catingueiro,
bugio e macaco prego!...
Tem: polca paraguaya, guarânia, vaneirão,
xote e chamamé!...
Z J: No Mato grosso de cá também tem!...
Z J: No Mato grosso de cá tem: aquário do
Pantanar, urucum e tereré!...
Tem: biguá, cabeça seca, vitória régia, piúva e
barú!...
Z S: No Mato grosso de lá também tem!...
Z S: No Mato grosso de lá teve: rusga, e
inté guerra do Paraguay!...
Teve: domínio espanhol, português, índio
Paiaguá, e Guaicuru!....
Z J: No Mato grosso de cá também teve!;....
Z J: No Mato grosso de cá tem gaúcho, japonês,
mineiro, libanês e paraguayo!...
Z S: No Mato grosso de lá nem vou falar que
também tem!...
Z S: No Mato grosso de lá tem: paçoca de carne
seca, e inté mato grossense!...
Tem: dourado, cascudo, jaçanã, carcará, lagarto,
e jaú!..
Z J: No Mato grosso de cá é só o que mais
tem!...
Z J: No Mato grosso de cá tem quebra-torto,
arroz carreteiro e sarrabuio!...
Tem: ema, siriema, aroeira, gravatá, figueira e
pequi!...
Z S: No Mato grosso de lá é só o que mais
tem!,..
Z S: No Mato grosso de lá tem ariranha, tatu
canastra e formiga saúva!...
Tem: cervo, macaco-prego, embaúba, jenipapo e
bocaiúva!....
Z J: No Mato grosso de cá, eu afirmo
pro’cê que também tem!...
Z J: No Mato grosso de cá tem, lobinho, jibóia,
lagarto, e gavião!...
Tem: xipa, caldo de piranha, sopa-paraguaya,
churrasco e chimarrão!...
Z S: Nem é preciso eu falar que no Mato grosso
de lá tem também!...
Z J: Chega de (Rusga) cumpadi! Já vi que nói é
tudo a mema coisa!!!
Z S: ÉÉÉ!!!...
UÉÉ!!!... Cumpadi! Pro’ quê nói num junta os dói
Mato grosso num só!!!..
Se tudo nói semo a mema coisa?...
Z J: UÉÉ!!...Cumpadi! Esqueceu que nói já é
separado?...
Quer dizê!,.. Os nosso Mato grosso.
Z S: ÉÉÉ??? Intão!... Vamo tchupá essa
manga!!!..
Registrado
no Escritório de Direitos Autorais
sob o nº 618-350 Livro 1-186 Folha 234 Em
14/10/2013 RJ.
Arnaldo Leodegário
Pereira.
AUGUSTO CABRAL
INESQUECÍVEIS
OUTUBROS...
OUTUBRO DE 2017! Como esquecer?!
Pois foi num 13 de outubro, que nasceu a Musa
do nosso Acróstico!
Longe se vai o
"quando nasceu";
Mas perto se fica o
"quanto viveu".
E vai sempre ficar não
só nos Poemas;
Mas antes de tudo, nos
próprios fonemas
Que compõem este
Acróstico;
Onde amor e mãe são os
temas...
NOSSA MÃE
Muitas noites, sob a
calada,
A pensar em ti, mãe
amada,
Revivo momentos da vida,
Instantes, que nem uma
fada
A voltar faz, oh!
Mãe querida...
Já não posso mais ganhar
Os carinhos que me deu;
Sei que os tempos não
vão voltar...
Estão longe... Assim
quis Deus.
Carinhosa, joia
distante,
Algum dia vou te
encontrar
Rezando por mim, como antes;
Vivendo, agora, n'outro
lar...
Ainda me lembro, eu
pequeno,
Lindas canções, pra mim
cantavas.
Havia em ti um amor
sereno;
O amor que a mim tu
dedicavas...
Esta música encontra-se
em vídeo
JOSÉ AUGUSTO CABRAL - Nasci em 12 de janeiro de 1944, na cidade de Sumidouro,
Estado do Rio de Janeiro, Brasil. Sou filho dos Professores Geraldo Zadir
Cabral e Maria José de Carvalho Cabral; já falecidos. Concluí meu Curso Científico
em Nova Friburgo/RJ; em 1969 formei-me em Agrimensura, no Rio de Janeiro, e, em
1986, em Direito; em Barra Mansa/RJ. Desde os meus 14 anos de idade, sempre
como hobby, venho fazendo poemas e compondo músicas. Como amador, gravei alguns
discos e participei de alguns shows na minha juventude. Hoje em dia, tenho
feito trabalhos literários afetos à Teologia Cristã e participado de eventos
culturais, a exemplo dos proporcionados pelo CEN – Brasil/Portugal.
AUGUSTO FRANÇA
Província da Huíla (Lubango) – Angola
MEU POEMA
Ontem, pediram-me um
poema.
Encomendei-lhes meu presente
Rasgado
Preço num verde que não transmite esperança...
Encomendei-lhes meu presente
Rasgado
Preço num verde que não transmite esperança...
Seus olhos...
Fixaram-se na expressão moribunda que os meus transmitiam.
Fixaram-se na expressão moribunda que os meus transmitiam.
Vi-a-os preocupados...
Rostos enrugados
Com aparências imaculada
Molhada no desespero da minha alma.
Quem eles são?
Tranjam-se de pele de carneiro
E no porta do meu bom senso querem entrar...!
Querem vós um poema?
Ou simplesmente ouvir o clamor do Poeta Lírico?
Querem um poema?
Que tal o sorriso de um mendigo feliz por achar uma pizza no lixo...
Oh margarida florescente
Nos olhos dos que, não sonham
Sentem-se e, tomam um pouco do sangue que cai no meu rosto.
Querem um poema?
Ou palavras de um poeta sofrido por declamar numa sala vazia...
Querem um poema?
Ou palavras com sabor aparente...
Augusto
França - músico, compositor, poeta e
declamador, nasceu aos 31 de Dezembro de 1990, na Província da Huíla, Município
do Lubango. Desde cedo, apaixonou-se pela arte de compor. Em 2011, começou a
reunir textos outrora engavetados. Participou na Antologia Fênix de Portugal,
tem textos publicados nos Jornais Nova Gazeta e A Pátria. Acredita que é na
poesia onde encontra equilíbrio de ver e viver a vida.
ANTÓNIO BOAVIDA PINHEIRO
Lisboa - Portugal
“O SABER…”
Era ainda pequenito,
De calções, ainda garoto,
Curioso e mui ladino,
Tudo aos meus pais perguntava.
Ainda com cinco anitos
Comecei a soletrar,
Naquela velha cartilha,
Do pedagogo João de Deus,
Livro que o meu pai me deu.
“Miúdo” auto-didata,
E que sem esforço afinal,
Para espanto dos meus pais
O “puto” lia o jornal…
Curioso, como é óbvio,
De tudo queria saber
O porquê disto e daquilo…
Foi assim, que aos dez anos,
Julgava tudo saber…
Isto…, aquilo e aqueloutro…,
Eu sei…, eu sei…
Assim pensava…
Quando aos quinze, mais maroto,
Pensava já “coisas tais”…
As coisas da juventude,
Namoricos, tais e quais…
Quando aos vinte, mais afoito,
Julga saber para onde vais…,
Aos trinta…, trinta e oito…,
Aos cinquenta muito mais…
Pensava tudo saber,
Ou não fora eu professor,
Lia livros abissais,
Sobre a vida e sobre o mundo…
Mas afinal meus senhores,
Sejam alunos ou doutores,
Por mais que muito se leia,
Por mais sábio que sejais,
Acontece…, pois então,
Não saberes para onde vais…
Quando os sessenta chegaram,
Cada vez, ainda mais…
E os setenta já passaram…
Mas chegados aos oitenta…
Agora sim afinal!!!
Julgava tudo saber…
Mas da vida seu mister,
Tão rápido é o seu passar,
Que já passou…, eu direi,
E afinal o que aprendi???...
Já quase a chegar ao fim…,
É que sei que nada sei!!!!!!!!!!!
António
Boavida Pinheiro
ANTONIO CABRAL FILHO
AMOR DE MINAS
1
Minas, terra do desejo,
E dos machistas
mineiros,
Onde os poderes de um
queijo
Acabam com os
entreveros.
2
Quem criou obras tão
belas,
Como o luar das Gerais,
Fez da mulher uma delas,
Mas pra si tem algo
mais.
3
Curvas, montanhas,
estradas,
São tudo que Minas tem.
Riquezas mais elevadas,
São os relevos do meu
bem.
4
Trem é coisa de mineiro,
Mas é meio de partida.
Leva o pai ao
estrangeiro,
Deixa a prole desvalida.
5
Chamar-me mineiro “véi”
Não dá raiva nem me
atinge,
Pois sou sim mineiro
“véi”
Mas muito mais minha
esfinge.
6
Minas tem o pão de
queijo
Para dar-me nostalgia,
Mas meu amor com seu
beijo
Faz-me pular de alegria.
7
Minas é rica de trem:
Além do trem de minério,
Exporta o trem do
mineiro.
Igual assim ninguém tem.
8
Bate em meu peito catira
Das noites pelas Gerais,
Com o trem cheio de
caipira
Ensaiando festivais.
9
Minas é demais da conta,
É terra das emoções,
Pois só ela tem Três
Pontas
E até Três Corações.
10
Governador Valadares,
Figueira do Rio Doce,
Eu não sei quem é que
trouxe
Tanto amor para esses
ares.
11
Todos cantam sua terra,
Também vou cantar a
minha
E no meu verso se
encerra:
Minas Gerais é rainha!
Antonio Cabral Filho
ANTÓNIO CARLOS
MONGIARDIM GOMES SARAIVA
Cidade de Mantena (MG) -
Brasil
(Nacionalidade
Portuguesa)
GOGONTE
Hoje criei-te,
"gogonte!"
A partir de agora estás
vivo.
Existes para dar vida a
esse reino;
Das criaturas que não se
encaixam em nada.
E que vagueiam pelo
mundo sem expressão.
Apenas podes ser chamado
de "gogonte".
Contenta-te com isso, ao
seres diferente de tudo.
Uma espécie sem
expressão nem lembranças.
Imaginariamente criado a
partir do nada.
Disforme e alheio das
coisas puras e belas.
Quase uma sombra, sem
corpo nem forma.
Mas alegra-te,
"gogonte!” Não desanimes!
Os que não te vêm, são
ainda piores do que tu...
Não conseguem ver-te
porque estão cegos.
Cegos por uma cegueira
que os toma...
Parecem felizes, mas não
passam de soldados.
Soldados mandados para a
guerra.
Operários sem dó nem
consciência.
São ainda mais "gogontes"
do que tu,
Por teimarem na
obediência sem sonhar...
Apenas escravos das
nuvens de fumaça.
Por isso, deixa-te por
aí andar, meu "gogonte!”
Arrasta-te pacatamente e
conforma-te!
A tua vida nasceu para
ser leve e curta.
Estás livre de
impropérios e maldições.
Só tens de caminhar, no
teu rumo sem direção,
Para viveres adormecido
na minha imaginação...
mongiardimsaraiva
ANTÓNIO MANUEL PALHINHA
Lisboa – Portugal
A LÍNGUA EM QUE NASCI
A língua em que nasci
criança,
que me embala nesta
poesia,
é a que me alimenta
noite e dia
a esperança e todos os
instantes.
É a língua portuguesa, a
que primeiro
se tornou sonante,
transpôs mares inconstantes,
que em meu sangue navega
por inteiro
no enlaço e mistério de
vidas distantes.
Língua que no sol
brilha, na lua resplandece,
atravessa sombras por
instantes,
mas que em mim não
fenece.
Ó língua em que nasci…
fortalece em todos nós.
Dá-me forças que sou
velho, aos novos enobrece a voz.
António
Manuel Palhinha - nasceu em Lisboa na
Maternidade Alfredo da Costa (Portugal) no dia 13 de Maio de 1967 dia de Nossa
Senhora de Fátima. Um amante das letras, cidadão do mundo, autor de vários
contos infantis, poesia, crónicas, romance e contos para adultos num total de
mais de 15 obras registadas. Participação numa dezena de obras conjuntas. Autor
do projeto «SONHAR COM AS LETRAS» destinado a crianças, jovens e adultos com
baixa literacia. Membro de várias Academias de letras, Premiado e condecorado
internacionalmente.
ANTÔNIO DE PÁDUA ELIAS
DE SOUSA
Formiga (MG) - Brasil
"O QUE É
ARTE?"
Segundo
a definição da Encyclopaedia Britannica, arte é aquilo que é criado
deliberadamente pelo homem como uma expressão de habilidade ou da imaginação.
Arte (do latim ars,
significando técnica e/ou habilidade) pode ser entendida como a
atividade humana ligada às manifestações de
ordem estética ou comunicativa, realizada por meio de uma grande
variedade de linguagens tais como:
Ø Arquitetura, desenho,
escultura, pintura, escrita literária, música, dança, televisa, teatro e cinema,
em suas variadas combinações, elitizadas e/ou populares.
O
processo criativo se dá a partir da percepção, com o intuito de
expressar emoções e ideias, objetivando um significado único e
diferente para cada obra e de caráter subjetivo, ou seja, intrínseco e
individual, buscando despertar o prazer e a apreciação coletiva.
Contudo,
a arte não é uma ciência e sim uma manifestação estética de emoções, expressões
e comunicabilidade e que requer:
Ø
Habilidade
em qualquer atividade que se baseasse em regras definidas e que esteja sujeita
a um aprendizado e desenvolvimento técnico de modo inteligente e de forma
racional,
Ø
Busque
a recordação da história e a preservação de tradições, para a educação moral,
ética, cívica, religiosa e cultural, para a consagração e perpetuação de
valores e ideologias socialmente relevantes,
Ø
E
ainda tenha uma função social, contribuindo para o desenvolvimento das
sociedades e da fraternidade humana.
Portanto,
não se pode confundir "Liberdade de Expressão", com
"Libertinagem", pois as mais variadas formas de artes necessitam e
têm por obrigação respeitar, todo e qualquer limite de crença religiosa, da
dignidade humana, e ainda os preceitos éticos, morais e de bom senso, para que
estas não sejam banalizadas e ao mesmo tempo, possam ser criticadas como
ofensivas.
Realmente é "proibido proibir", mas
convenhamos que os direitos de um termina, quando começam os de outros...
Logo,
senhores artistas, antes de exporem suas manifestações, façam antes as suas
próprias autocríticas, para não se depararem ao ridículo, à vulgaridade,
banalizar o que é realmente arte, respeitar e não afrontar os valores da
dignidade humana, com a finalidade a uma educação sábia, sadia e de qualidade.
10/10/2017
Antônio de Pádua Elias de Sousa
ANTONIO PAIVA RODRIGUES
O AUTISMO E SEUS
DILEMAS.
Um nome por demais conhecido, o autismo tem
causado certa polêmica entre os estudiosos e a medicina em geral. O autismo não
deixa de ser um fenômeno patológico caracterizado pelo desligamento da
realidade exterior e criação mental de um mundo autônomo. O cérebro humano com
suas nuanças tem funções definidas em cada lado, tanto no direito como no
esquerdo. Do lado direito vem às sensações, a imaginação, o ímpeto, presente e
futuro, fantasia, conhecimento das funções dos objetos, as crenças entre
outros.
Já o lado esquerdo tem por finalidade fazer com
que o ser humano conheça a lógica, os fatos, o passado e o presente, a
matemática e a ciência, a linguagem, o saber, a realidade, a prática, as
estratégias e o reconhecimento dos objetos e algo mais. Vejam como e cérebro
humano exerce papel de um grande e potente computador, onde ele armazena todas
as atividades da vida e do cotidiano do ser. Diríamos que alguns arquivos ficam
ocultos e aqueles acontecimentos que se passam na memória RAM e não são salvos
na ROM se delineiam no esquecimento.
“O
estudioso no assunto Hermínio C. Miranda afirma o seguinte: mundo fechado do
autismo Um grande continua sendo um enigma para a ciência. Variadas e
conflitantes abordagens, predominantemente genéticas, não chegam a resultados
conclusivos”. O estudo de Hermínio Correa de Miranda distingue-se por seguir
uma proposta científica inteiramente original: a de que o ser humano é um
espírito imortal, que preexiste à sua atual existência, considerando também as
consequências das atitudes de vidas anteriores.
Além de familiares e especialistas, o autismo
merece uma atenção toda especial dos pais e profissionais da medicina logo nos
primeiros anos de vida do autista, pois se a síndrome não for tratada com
determinada urgência pode o ser Se tornar dependente do autismo para o resto da
vida. Vejam que não é fácil conviver com pessoas que tem essa doença. “O
autismo é, certamente, a resultante de uma pane em algum ponto do sistema, um
‘defeito’ não casual, mas ao contrário causal disparado por um mecanismo de
origem cármica”.
Alguns médicos, entre eles o Dr. Leo Kanner
disse em 1943, que o autista tem incapacidade de relacionar-se ou interagir com
as pessoas, desde o início da vida; incapacidade de comunicar-se com os outros
por meio da linguagem; obsessiva postura em manter a mesmice e resistir à
mudança; interesse por objetos e não por pessoas e evidência ocasional de um
bom potencial de inteligência.
Alguns detalhes que estão presentes nos
autistas: São crianças excessivamente ansiosas sem aparente razão; sem consciência
de sua própria identidade, geralmente ocupadas com um objeto em particular,
hábitos de rodopiar, de caminhar na ponta dos pés, rigidez corporal, por longos
períodos de tempo, resistência à mudança; deficiência de linguagem compatível
para a idade, ou que não fala de todo, e, finalmente, a que parece seriamente
retardada, mas demonstra, ocasionalmente, surtos de inteligência normal e até
excepcional.
Se alguém tem crianças com essas características
é de bom alvitre que se procure um médico e que esse médico seja especialista
no assunto. Outros aspectos foram observados em autistas como: hábito de
balançar o corpo e bater a cabeça nas portas, paredes e móveis; interesse
obsessivo por alguns brinquedos, brincadeiras repetitivas, insistência em ser
deixado só, falto de cooperação ou de antecipação de movimentos quando apanhado
por um adulto, como estender os braços.
A má formação do lado esquerdo do cérebro pode
está aliada a esses problemas. É um assunto polêmico que merece ser bem
estudado sem abandonar a parte espiritual, os especialistas ou estudiosos devem
ter bastante cuidado para não diagnosticar a síndrome como outros problemas
psicológicos. A incapacidade de desenvolver relações sociais, déficit no
desenvolvimento da linguagem, respostas anormais ao meio ambiente, em
particular os problemas começam a aparecer antes da idade de trinta meses. Não
confundir autismo com esquizofrenia infantil.
A doença acomete de dois a cinco indivíduos a
cada dez mil pessoas. Somente para ilustrar essa matéria queríamos afirmar que
o chamado cérebro artístico está no lado direito do cérebro é a parte
"artística", relacionando-se com o entendimento e a interpretação do
mundo que nos cerca - mas, geralmente, não com a fala. O lado direito do
cérebro examina as situações e problemas em geral e dá uma resposta ou solução
imediata, bem diferente da maneira como funciona o lado esquerdo, seguindo uma
série de passos cuidadosos e deliberados.
O cérebro "artístico" está ligado à
observação do ambiente que nos rodeia. Ele pode, por exemplo, identificar um
rosto familiar em uma multidão; mas é o lado esquerdo que vai buscar o nome da
pessoa em nossa memória. As habilidades musicais também dependem do lado
direito do cérebro, da mesma maneira que as habilidades visuais, como a pintura.
O Doutor Prof. Dr. Francisco B. Assumpção Jr. afirma que algumas doenças estão
relacionadas com o autismo.
Infecções pré-natais - rubéola congênita,
sífilis congênita, toxoplasmose, citomegaloviroses; hipóxia neonatal
(deficiência de oxigênio no cérebro durante o parto); infecções pós-natais -
herpes simplex; déficits sensoriais - dificuldade visual (degeneração de
retina) ou diminuição da audição (hipoacusia) intensa; espasmos infantis -
Síndrome de West; doenças degenerativas - Doença de Tay-Sachs; doenças gênicas.
Fenilcetonúria, esclerose tuberosa,
neurofibromatose, Síndromes de Cornélia de Lange, Willians, Moebius,
Mucopolissacaridoses, Zunich; alterações cromossômicas - Síndrome de Down ou
Síndrome do X frágil (a mais importante das doenças genéticas associadas ao
autismo), bem como alterações estruturais expressas por deleções,
translocações, cromossomas em anel e outras e mais intoxicações diversas.
Nesse écran a futura mamãe assume um papel
preponderante para s saúde de seu futuro bebê. Mãezinha cuidada a vida é tão
importante, visto que a falta de zelo e cuidado na gestação gerarão muitos
conflitos e podem comprometer a saúde dos dois.
Antonio Paiva Rodrigues – jornalista, psicopedagogo, membro da ACI, ACE, UBT,
AOUVIRCEE e da ALOMERCE.
BEATRIZ BALZAN BARBISAN
Porto Alegre (RS) -
Brasil
BEM CHEIO/NEM TANTO
Amor quer café? ...
Quero.
Bem cheio?... Não tanto.
Tudo suave, sereno e
calmo.
Diálogo sob medida
Para alimentar a
cumplicidade
Que permeia nossa vida.
Não precisa muito
Para saciar nossas
vontades.
Conhecemos amor e paixão
Adivinhamos nossos
pensamentos
Sem precisar explicação.
Sabemos nossas falas de
cor.
Mas, de tudo que já
temos,
Nós dois, somos o
melhor.
Beatriz
Balzan Barbisan - tem um livro de poesias
publicado no Brasil, e lançado em Nova York. Participa de
várias antologias, é vencedora em vários concursos de poesia. Faz parte do grupo diversos de poesia e performance. Sócia
efetiva e embaixadora da Sociedade Partenom Literário para os Estados Unidos da
América. Integra a Academia de Artes Ciências e Letras
Castro Alves, em Porto Alegre Rio Grande do Sul Brasil.
CARLA CARVALHO
Oliveira de Azeméis (Aveiro) - Portugal
HOJE QUERO NAMORAR
Oliveira de Azeméis (Aveiro) - Portugal
HOJE QUERO NAMORAR
Quero sentir...
Quero cheirar...
Quero amar...
Quero rir...
Hoje quero viajar
Para te encontrar
Na tua pele navegar
Vamos acalmar...
O tempo parece voar
No infinito, só os dois
Quero poder amar
Ver a banda passar
E no teu regaço estar
E no silêncio do depois...
E assim que escurecer vamos namorar
E para sempre estar
A contemplar o luar
Ver na paz o amanhecer
E o nosso sonho a acontecer
Quero muito,
o brilhar do teu sorriso
o acender do teu olhar
Quero muito
Porque cada dia mais te preciso.
Quero muito,
O calor da tua pele
O cheiro perfumado
Quero muito
Meu ser amado...
Feliz, quero ser
Amor, quero ter
Paz, quero dar
Tudo, quero partilhar
Quero muito
Quero sempre
Carla Carvalho - Natural de Sever do Vouga, residente em Oliveira de Azeméis Portugal.
Doutorada em Educação Social, Assistente Social, Docente Universitária. Autora do livro de poesia "Sobre ti, o
Amor" e do livro " Violência (s) e violência conjugal.
CARLOS LÚCIO GONTIJO
INTEIREZA
Quem dorme sabe a cama
A prece é de quem reza
Vive o amor aquele que
ama
A vez valoriza a quem
reveza
Toda poesia é pólen da
palavra
Não existe lavra sem
semeio
Cheio está quem ao meio
se divide!
Carlos Lúcio Gontijo - que hoje reside em Santo Antônio do Monte (Estado de
Minas Gerais, Brasil), lançou o primeiro livro em 1977. De lá para cá são 20
livros e duas segundas edições, envolvendo poesia, romances e livros infantis.
Trabalhou durante 30 anos no jornal “Diário da Tarde”, em Belo Horizonte, onde
foi revisor, supervisor de Revisão, secretário de página, editorialista, articulista
e editor de Opinião. Toda a sua obra se encontra disponível, em livre e total
acesso, no site www.carlosluciogontijo.jor.br
CARLOS LEITE RIBEIRO
Marinha Grande (Leiria)
- Marinha Grande Portugal
AQUELE CARNAVAL
(Recordações da Juventude)
Teria uns 11 ou 12 anos e recordo-me com um misto de saudades e divertido.
Fui com meus pais a um baile de Carnaval, no clube onde eu nasci, em plena Estefânia (Arroios – Lisboa).
Como ainda era muito novinho, as moças nem olhavam para mim, quanto mais dançarem comigo!
Esse “drama” também o meu amigo Mário Pires, da mesma idade, sentiu naquele baile. Cansados daquela situação de “despercebidos do mundo feminino juvenil” só com direito a ver os outros dançarem e divertirem-se, resolvemos ir até ao primeiro andar onde se situava a sala de jogos. Por sorte, na mesa de ping-pong (ténis de mesa) encontrámos em cima destas duas raquetes e uma bola. Tínhamos encontrado o nosso divertimento para aquele baile de Carnaval.
Toc para ali, toc para aqui, estávamos divertidos. Mas há sempre um, mas…
Minutos depois, apareceu o vice-presidente, que nos gritou colericamente:
- O que é que vocês estão aqui a fazer – que barulho é este? Lá em baixo, toda a gente está a reclamar pelo barulho do toc-toc e dos vossos pulos!
Disto isto, agarrou-nos nos braços e nos obrigou a descer com ele. Chegados ao piso inferior, a sala de baile, entregou-nos a nossos pais, com um grande “sermão”, a contar detalhamento o que nós tínhamos feito. Meu pai, olhou pra mim com cara de muito zangado (cara de poucos amigos, como então se dizia).
Valeu a “bondade” da Dona Milú, uma senhora “feia como trovões, que pediu licença a meu pai para dançar comigo. Que desconforto, mas sempre era (um pouco) melhor do que ouvir o “sermão” de meu pai.
No intervalo daquela série de “marchinhas carnavalescas brasileiras” eu e o Mário, combinámos quando “fôssemos grandes” jamais dançaríamos com aqueles “moças queques") que nos tínhamos desprezado.
Entretanto, pedi a meu pai que me levasse para casa, pois estava com muito sono. Como devem calcular, durante o percurso até casa, ouvi outro “sermão daquilo que não devia ter feito”.
Adormeci pensando em “vingança” para os próximos Carnavais, ou seja jamais dançar com aquelas moças que só queriam dançar com miúdos mais velhos do que eu.
Não me recordo se nos anos seguintes cumpri ou não a “vingança”, pois, as meninas de então, tornaram-se belas adolescentes…
Carlos
Leite Ribeiro - nasceu em Lisboa, na freguesia
de São Jorge de Arroios, no dia 05 de Março de 1937 www.carlosleiteribeiro.caestamosnos.org. Mora desde Setembro de 1967, na Marinha Grande (Leiria –
Centro de Portugal). Prof. Mestre, fez
Curso de Educação Física (1962), Curso Geral de História (Politécnico 1964) com
Mestrado em 1976, Curso Geral de Geografia (Politécnico 1967) com Mestrado em
1984 entre outros cursos não oficiais: 8 Cursos de Radiodifusão (1986 a 1992).
É Idealizador do Portal CEN – “Cá Estamos Nós”, fundado em 15 de Julho de 1998.
Participou em várias coletâneas e tem dois livros impressos, e obras publicadas
em ebook-digitais.
CATHARIE BRANDÃO DE
SOUZA
ONDE MORA O DESEJO!
Lá fora o vento passa...
Frio, invisível,
cinzento, sonolento...
Entre nós sussurrando...
No corpo arrepiando...
Tudo parece não ter
sentido,
Simplesmente estou aqui
e não estou,
Sou o que nada sou...
Um projeto de texto...
Um rabisco de desenho...
Sou você na hora...
Em que nada é o que é,
O real se tona irreal
E o pouco se torna
inexistente.
Sou o silencio presente
em teu rosto,
Sou o vazio que te
preenche,
Sou impreciso e
inconveniente,
Eu me chamo
inconsciente.
Catharie Brandão de Souza - aluna da graduação de Letras Português da Universidade
Federal de Campina Grande- UFCG, autora na revista Eisfluências e também
na revista Fênix desde julho de 2017 e uma das vencedoras do concurso cultural
na categoria Poesia no 1º Salão Multicultural da Paraíba com o poema: Sinal de
Trânsito: Uma escolha de vida.
CARMELITA RIBEIRO CUNHA
DANTAS
Aparecida de Goiânia
(GO) - Brasil
ENXURRADA
Vai arrastando tudo que
encontrar,
Com força maior na
descida,
Para na subida da conta
de continuar.
A trajetória que o
destino levar.
Tamanha força casa
derrubar,
Árvore pela raiz tombar,
Plantações inteiras
danificar,
Quando vem a tempestade,
nada aproveitar.
Na chegada da chuva, de
cada pingo d’água juntar,
Aumentando sua
quantidade em sua borda.
E agradece ao receber a
chuva calma,
Pois é com pouco que um
dia aumenta,
Fazendo a diferença por
onde passar.
Em subidas e descidas
com velocidade para chegar,
Ao ponto determinado
desaguar,
Não mede sacrifício em
água rolar,
Mas na certeza de um dia
encontrar,
Cominho que chegue ao
mar.
Carmelita Ribeiro Cunha Dantas - nasceu em 24 de outubro de 1950. Natural de Corrente –
Piauí. Filha de Josias Barros da Cunha e Luíza Ribeiro da Cunha (falecida).
Casada com Rubens da Silva Dantas, tem três filhos. Concluiu o Curso de
Enfermagem em Obstetrícia e Licenciatura em Enfermagem, na Universidade
Católica de Goiás, em l979. Especializou-se em Metodologia do Ensino e em Saúde
Pública pela FIOCRUZ/UFG/Secretaria de Saúde de Goiás. Atuou como Professora do
Ensino Médio pela Secretaria da Educação de Goiás e Enfermeira, pela Secretaria
da Saúde de Goiás, tendo aposentado em ambas as funções, e contribuído com a
comunidade na prestação de serviços.
CELESTE FARIAS
Belo Horizonte (MG) -
Brasil
ELA
Ela ali tão bela
Sempre provocante
Aguçando-me os sentidos
Deixando-me perplexo
Diante de tanto mistério
Totalmente sedutora
Enlouqueço em desejos
De mirar e sentir
Teus olhos lambendo
Meu corpo em devaneios
Ela é um encanto!
Estou aqui a usufruir
Do teu perfume em mim
Brindando este momento
Com volúpia e vinho
Despetalando o teu corpo
Em espetáculo de
sensações
Nos braços da poesia
Venerando-te, nua
Admirável LUA.
Celeste Farias
CEZAR UBALDO
ENTRE VAZIOS
A noite é devagar
entre vazios uma melodia é silenciada
e depois o próprio mar acaba navegando
e tudo acaba.
Cezar Ubaldo – escritor,
poeta, professor, admirador da musica e dança...
CONCEIÇÃO HYPPOLITO
Porto Alegre (RS) -
BRASIL
CANTO DE POETA
Canto que canta a vida
O céu, o sol sobre todos
As incontáveis estrelas,
terra, mar
Amar
ar
gente, multidão;
- Canto na pressa que
passo
Pr'a que fique em
canto
as formas que formo no
ar
"Noir"
A quem tocar ou repetir
meu canto
aonde e para onde
me levar
- Canto que seja
ponte
que liga o que foi
ao que será!
Conceição
Hyppolito - formada em
Comunicação Social/PUCRS, natural de Uruguaiana/RS. Tem participação em
diversas coletâneas e um livro de Haicais "da madrugada” publicado em 2015
em parceria com Adélia Einsfeldt. Faz parte da Sociedade Partenon Literário,
Grupo Gente de Palavra, Grupo Diversos e Mulherio das Letras. Atualmente tem
realizado documentários e projetos em cinema com a proposta "MOSTRA DE
CINEMA FEMININO Conceição Hyppólito" com o objetivo de incentivar a
produção feminina no cinema. Desse modo, cria um canal para introduzir a poesia
na tela grande, com a função de mediadora e documentarista nesse processo que
envolve a comunicação em todos os seus sentidos.
CIDA MICOSSI
Santos (SP) - Brasil
METAMORFOSE
Presa no casulo -
Camaleoa à espera
Do momento de se livrar
Dessa pele tão áspera
Como hera no muro a
grudar.
A pressão interna domina
Impelindo à libertação.
A larva asfixiada
Precisa fugir.
A casca blindada
Não quer se abrir.
Prisão,
Clausura,
Solidão,
Tão dura.
Despe-se da casca que a
isola dos mortais,
Deixa cair à veste que
abafa os seus ais.
E então liberta
Tão leve e solta
Pronta para alçar voo
Está a linda borboleta
Com leves franjas
inquietas
Fremindo as asas de
seda.
Cida Micossi – Santos, São Paulo – Brasil. Professora aposentada, fotógrafa
amadora, escritora e poeta, participante de grupos literários e culturais,
entre eles: Academia Vicentina de Letras, Artes e Ofícios Frei Gaspar da Madre
de Deus, Sociedade dos Poetas Vivos de Santos e Clube de Poetas do Litoral.
Publicou o
livro solo De Mim e dos que Amo, participou de várias Antologias, de Cirandas
Poéticas na internet e recebeu premiações no âmbito da poesia.
CLÁUDIO DORTAS ARAÚJO
Estância (SE) - Brasil
PRESENTE D’AMOR!
Em cada canto do recanto
Do meu encanto, encontro
quase sem perceber
Reflexos nítidos da tua
presença.
E te senti mesmo antes
da Tua Vinda!
Minha imaginação já
antevia a Delícia de Ser
Que seria gerado no
Útero do Meu Amor.
E Foste concebida... Com
a Aquiescência, todo o Amor
Existente e pronto para
te dar.
Vivi como ninguém jamais
viveu, todos os meses
Em que estavas sendo
gestada, conversava...
O meu coração e o Teu.
Hoje estás materializada
na Beleza que
Sempre “surgia e surge”
toda vez que olho para você.
Se olho para quaisquer
lugar “desse meu mundo”,
Percebo traços nítidos
da “tua delicadeza”,
Dos brinquedos que
enchem de encanto
Teus lábios, nesse
sorriso lindo que amo profundamente.
Agora te imagino vivaz,
a lutar contra o sono,
Que quer descansar teu
“pequenino corpo” cheio de energias.
Teus olhos lutando em
não “querer render-se”
Às sonecas “que
partilhamos numa rede”, numa cadeira,
Nos meus braços amorosos
“que te apertam” e te ama.
Mas crescerás como toda
criança,
Menina-moça que sempre
vai encantar-me...
De onde eu estiver meus
olhos se encherão de lágrimas... felizes!
E serás sempre
Linda,
Especial,
Terna,
Impressionante,
Cândida,
Ímpar
Amorosa.
E, em todos os lugares
que estiveres, estarei com você.
Cláudio
Dortas Araújo poeta e escritor, natural da Cidade de Itabuna, do Estado
da Bahia, reside na Cidade de Estância, do Estado de Sergipe. É Autor dos
Livros de Poesias: Horizontes de Liberdade e Fé(1999), Estrada de Infinito e de
Paz(2001), Alumbramentos D´Alma(2010), - Colaborador da Imprensa Escrita do
Estado de Sergipe e Além Fronteiras(1982/2017) - Sócio e Fundador do Clube dos
Poetas Estanciano, Entidade Utilidade Públicas Municipal e Estadual, Leis:
819/1991, e 8.092/2016, Fundado em: 24 de Fevereiro de 1991.
DAIANE DE JESUS REIS
Mata Verde (MG) - Brasil
Ah se você soubesse
Ou se ao menos eu
pudesse
Tentar te explicar
Eu rabiscava em um papel
Eu coloria com pincel
Pra você poder olhar
Eu preparava a ocasião
Fazia declaração
Só pra poder te mostrar
Ah se você pudesse
entender
Ou então perceber
O que quero lhe falar
Ah se você soubesse
E eu ao menos pudesse
explicar
O tamanho do amor
Que eu tenho pra te
dar...
Daiane
de Jesus Reis
- nasceu em Encruzilhada (BA), mas mora em Mata Verde MG divisa com a Bahia.
Concluiu o ensino médio na escola Estadual de Mata Verde e hoje com vinte anos
estuda letras e espanhol. Em dezembro de 2016 participou do primeiro concurso
de poesia o FESPOED(Festival de Poesia de Divinópolis)onde conquistou o
primeiro lugar. Começou a escrita com quinze anos de idade e não parou mais foi
quando descobriu na poesia o alimento de sua alma.
DALTON LUIZ GANDIN
São José dos Pinhais (PR)
- Brasil
CARAVELAS
Uma vez nosso Brasil
de águas e terras belas.
Tupiniquins pós - abril
na dança das caravelas.
de águas e terras belas.
Tupiniquins pós - abril
na dança das caravelas.
Dalton Luiz Gandin
Dalton Luiz Gandin – reside em São
José dos Pinhais, Paraná, Brasil. Professor de Filosofia / História da
Secretaria de Estado da Educação do Paraná desde 1986. Atualmente aposentado,
mas não da vida. Escreve poesias desde 1976. Recebeu os prêmios de Literatura:
“Literatura Leopoldo Scherner”, 2010, 2015 e “ Servir com arte”, 2011. Tem dois
livros publicados: “Caminho em verso”, pela Editora Gráfica Popular, 2007 e
“Curta poesia”, pela Gráfica Editora Apta, Além de outras produções e parcerias
musicais.
DAMIÃO MARTIRENO OLIVEIRA
DA SILVA
Alvorada (RS) - Brasil
APAIXONADA PELO TIO
Isso aconteceu lá pelos
anos 2017, depois DC
- Pensei que mais
contaria essa história
Ou que talvez a
escrevesse num livro de memória
Quando tivesse uns 77
anos ou mais e que todos
Os mais velhos já
tivessem falecidos.
- Não aguentei, este
amor no peito, perdoa-me tio...
- Mas quem mandou me
convidar para ser sua acompanhante
Nesta viagem a Europa,
nestes almoços e jantares
Regado a bons vinhos e
petiscos dos mares.
Depois ainda quis
dançar, notou até minha tatuagem
- Teus olhares eram
todos meus...
Senti o tremor de seu
corpo e quando
O ar quente de sua boca
chegou em mim
Seus lábios foram todos
meus.
E foi assim que fiquei…
Apaixonada pelo tio.
Damião Oliveira – Poeta e escritor Brigadiano, vem comparecendo em Antologias
e coletâneas de escritores desde 2014. Em 2015 lançou-o primeiro exemplar da
Saga Binária: EU SOU O ser binário A Força e o Poder do nós. Esta tocando
atualmente o projeto de incentivo a leitura e as artes: “Semeado sonhos,
colhendo realidades,", Em 2018 e 2017, realizou Sarau Temático na câmara
de vereadores de alvorada, com todos os módulos do projeto: palestras,
apresentações performáticas, contação de histórias, recital poético e artes
cênicas, teatrais. Atualmente está trabalhando nos demais volumes da trilogia e
acompanha com o eu livro.
DEOMÍDIO MACÊDO
Guanambi (BA) - Brasil
SUICÍDIO? NEM PENSAR!
Porta falsa e enganosa, que abre constantemente,
sugando seres invigilantes, descrentes, que pensam desaparecer ao destruir o
corpo físico, veículo que nos conduz na regência do Senhor.
Suicídio? Ledo engano, pois continuamos vivos na
outra dimensão, com nossa individualidade, nosso “eu” interior, angustiado,
sofrendo por ter praticado esse ato tão nefando.
Ei! Psiu! Acalme-se um pouquinho.
Aguarde o tempo que lhe foi determinado.
Alguém olha por você e não lhe deixa sucumbir.
Seu anjo guardião, seu amigo protetor, o
conduzirá pelos labirintos, enfrentando tempestades, abraçando-o e beijando-o, conduzindo
na viagem, porque você é importante.
Ei! Psiu! Acalme-se um pouquinho.
Aguarde o tempo que lhe foi determinado.
Ore, o Mestre sorri pra você, abrindo Seus
braços, aconchegando-o com carinho, pedindo pra você esperar só um pouquinho.
A luz no fim do túnel o ilumina, brilha,
trabalha na sua vinha, buscando os infelizes, deprimidos, melancólicos.
E você perceberá que sua dor é pequenina e que
seu corpo é uma dádiva, presente ofertado pelo grande Criador que lhe ama de
verdade.
Ei! Psiu! Suicídio? Nem pensar!
Deomídio
Neves de Macêdo Neto - Artistas e Técnicos
em Espetáculos de Diversões. Administrador; pós-graduado Lato Sensu MBA em
Gestão Pública Desenvolvimento e Economia Regional pela Fundação para
Pesquisa e Desenvolvimento da Administração, Contabilidade e Economia - FUNDACE.
Administrador, ator, poeta, declamador, escritor, taquígrafo. Autor dos livros romance "Homem Nu, Vestido de Afeto,
poemas NATUREZA, DIVINO AMOR, e romance Alameda do Bosque Azul, inspirado
pelo espírito de Américo Zier. Membro da Confraria Artistas e Poetas pela
Paz.
DEBY VENEZIANO
FEITO MÚSICA
Cada segundo de cada
dia,
penso em você.
E você não sai da minha
cabeça.
Mais que tatuagem,
você é miragem.
Eu penso em você,
e como você me fez
sorrir.
Eu penso em você,
e por que você não está aqui.
Eu penso em você,
feito música que vicia.
Eu penso em você,
todas as horas do meu
dia.
Deby Veneziano
DECIO ROMANO
SONETILHO
Perdi meu rumo e fiquei
E por onde estou agora
Passo errante pelas
horas
Ligado no que amei.
Não sei o que é parar
E o que vejo, e o que
sinto
Que parece infindo
Que nunca pus a pensar.
Nunca pensei neste céu
Neste recanto de flores
Replicado em muitas
cores.
Tudo tem gosto de mel
E o aroma predileto
É o nosso beijo secreto.
Decio Romano - iniciou nas letras publicando em jornais de Curitiba, na
década de 80, onde mora. Jornalista e poeta atuante com seis livros editados.
Participa de movimentos poéticos como autor e pesquisador. Suas obras mais
expressivas são: Rua das flores, 2010; Sayonara, contos, 2013 e Poema voluntário,
2014.
DINORÁ COUTO CANÇADO
Brasília (DF) - Brasil
SORRINDO PARA O AMANHÃ
Com os olhos da alma
veem
E com a ponta dos dedos
leem.
Nos ares esperanças
renovadas
E sorrisos nas pessoas
amadas.
Sociedade de poetas
cegos unida
Iniciativa que encanta a
vida.
Reunidos em espaço
cultural
Cada um/uma com seu
ideal.
O sorriso acompanhando
toda arte
E cada partícipe faz a
sua parte.
Magia poética em ação
Cidadania em
transformação.
E assim cada amanhã é
esperado
Recheado de sorrisos é
celebrado!
Dinorá Couto Cançado - Agente cultural em: literatura; gestão, pesquisa e
capacitação; produção cultural com projetos apresentados ao Fundo de Apoio à
Cultura do Governo do Distrito Federal, como a Mostra "50 projetos
mapeados em Brasília, capital das leituras". Publicou livros:
Revolucionando Bibliotecas, Revelando Autores em Braille e a trilogia infantil
Receita Saudável. Membro-fundadora e voluntária em Biblioteca Braille. Oficinas
de incentivo as leituras e autora de projetos literários. Com 42 anos de
educação/cultura, reconhecimentos e prêmios: Destaque ODM 2005, Cidadã
Honorária de Brasília, Mérito Espírito Candango, Finalista Viva Leitura, Cidadã
de Ouro, Mãos da Cidadania, Ser Humano Brasília, Brasil Criativo.
EDA CARNEIRO DA ROCHA
AMOR, DIVINO AMOR
Amor,
Divino Amor, que me impulsiona a viver, a cantar, a esperar.
Esperar,
com Esperança, nesta vida de Certezas e Incertezas.
Não
posso me prender a esta última.
Sou
toda uma Certeza que aprendeu a caminhar.
Caminhar
com as próprias pernas, depois de ter acertado todos os meus passos.
Te
entrevejo, Amor, Divino Amor, não apenas nos seres humanos.
Te
entrevejo em tudo o que Deus criou.
Nas
serras e vertentes, na água que me mata a sede, nas Constelações de Estrelas que
povoam as minhas noites.
No
Céu Azul que me leva a voar, que me leva a desejar esta espécie de Amor.
Não
sofro mais com os ponteiros das horas.
Aprendi,
simplesmente, a Esperar.
Esperar
este sentimento que me faz tão feliz, quando penso nesta palavra:
”Amor"
E
como sou chamada de Poeta Amor, não poderia viver sem Ele, benção promulgada, na
minha Vida.
Não
deixarei jamais que o tirem de mim, pois Ele é todinho meu, faz parte
do
meu Respirar e da Arte do meu Viver.
Amor,
Divino Amor, fica comigo e não me deixes jamais.
Eda Carneiro da Rocha – Professora de Língua e Literatura Francesas. Comecei a
escrever em 2003. A Inspiração aflorou e comecei a escrever: Poemas, Mensagens,
Duetos, um pouco atônita, com tudo o que me aconteceu. Ás vezes, não
acreditava que estava recebendo toda esta graça. Mas Jesus quis assim e
recebi este presente. Recebi de presente de Aniversário de minha amiga Poeta:
Thais " Beijaflor" um site: www.albumpoeticoeda.com , em 2005. É aí que posto os meus trabalhos. Ele
está parado, mas vou dar continuação, com a minha querida
webdesigner/webmaster: Crys Juan. Obrigada a vocês que tem tanta consideração
por todos.
ELIANE QUEIROZ AUER
São Mateus (ES) - Brasil
LÁGRIMAS POR ELE
Foi a maior tristeza que senti naquele olhar
Seus olhos, fitaram os meus
Nos meus olhos,
Lágrimas rolaram
Lentamente a janela foi se fechando
As lágrimas involuntariamente caíram
Sem sequer alguém entender o motivo
Jamais esquecerei aquele olhar
Dizendo adeus!
Foi a maior tristeza que senti naquele olhar
Seus olhos, fitaram os meus
Nos meus olhos,
Lágrimas rolaram
Lentamente a janela foi se fechando
As lágrimas involuntariamente caíram
Sem sequer alguém entender o motivo
Jamais esquecerei aquele olhar
Dizendo adeus!
Eliane Queiroz Auer - é natural de São Mateus (ES), Pedagoga, Especialista em
Educação e pós-graduanda em Educação Profissional e Tecnológica pelo IFES. É
escritora, poetisa e palestrante. É acadêmica efetiva da Academia Mateense
de Letras e sua atual vice-presidente. É também associada correspondente
da Academia Feminina Espírito-Santense de Letras, Academia Marataizense de
Letras, Academia de Letras do Brasil-Seccional Suiça.
Milita com
frequência nas lides literárias e incentiva projetos no gênero. Conta com
diversas publicações sendo a mais recente “Quando os sinos tocam” em Poesias.
Detém várias comendas e troféus, entre eles a Comenda Rubem Braga,
Comenda “Cecília Meireles” e a Comenda “Elza Cunha”, recebidas da
Amaletras. A segunda, como titulo de poetisa ternura.
ELIANA (SHIR) ELLINGER
FAZ TEMPO
Faz tanto tempo e não
esqueço...
Aconchegada nos
teus braços,
meu rosto
pousado em teu ombro
e a música solfejando
nossos passos.
Eu fechava os olhos,
sonhava...
Estavas comigo e eu
sonhava contigo.
Teu calor em meu corpo
se apegava
e me sentia protegida
nesse abrigo.
Sabia que me amavas, me
querias,
desejavas...
Era um amor tão
misto de carinho,
um pálio aberto no
infinito ansiavas,
eu regada a cada
gota do teu vinho.
Acalentada pelo teu doce
embalo
e a melodia afrodisia,
eu ia...
Como esquecer, meu amor,
cada momento que fui
tua e ainda sou?
Eliana (Shir) Ellinger
ELCIANA GOEDERT (CIÇA)
Curitiba (PR) - Brasil
Curitiba (PR) - Brasil
EMBALANDO SONHOS...
Ouvi dizer bem cedo
Que só morre um sonho
Quando atacado pelo medo
Por isso protejo cada um
Envolvendo-os, suponho
Com algo bem incomum
Revisto-os de esperança
E uma boa camada de fé
Aliada com temperança
Ainda que num lugar escuro
Amadurecem, em seu casulo...
Do terrível monstro, seguros.
E quando enfim se mostram
Estão vigorosos, palpáveis
No mundo se materializam.
Elciana Goedert (Ciça) - Nascida em Ivaiporã (PR), reside em Curitiba desde 1996,
onde participa de vários movimentos literários no cenário curitibano. É
professora com especialização em Tecnologias Educacionais, atuando na
Secretaria de Educação do Paraná. Publicações: Eu e a Poesia (2014), Sob a
Ótica de Eros (2016) e Nutrisia (2017), além de participação em diversas
Antologias.
Página de Poesias
FÁTIMA GONÇALVES
São Gonçalo do Amarante
(RN) - Brasil
CHEIRO ESCRITO
Nos tempos
de afetos líquidos
o cheiro, o beijo,...
é por escrito...
Se a escrita
é teoria...
há muito beijo
e cheiro teórico...
Se a teoria
ainda é superior
a prática...
o cheiro, o beijo,...
estão em alta!
Nos tempos
de afetos líquidos
o cheiro, o beijo,...
não são consumidos!
Fátima Gonçalves
Nos tempos
de afetos líquidos
o cheiro, o beijo,...
é por escrito...
Se a escrita
é teoria...
há muito beijo
e cheiro teórico...
Se a teoria
ainda é superior
a prática...
o cheiro, o beijo,...
estão em alta!
Nos tempos
de afetos líquidos
o cheiro, o beijo,...
não são consumidos!
Fátima Gonçalves
FÁTIMA MOTA
Natal (RN) - Brasil
CONTEMPLAÇÃO
Entre o céu e a
terra
tanto mar.
tanto mar.
Entre o mar e o céu
repousa o meu olhar.
Entre o meu olhar e o
mar
descansam minhas
vontades.
E, na mansidão dessas
águas
nos contemplamos
Eu e o mar.
nos contemplamos
Eu e o mar.
Fátima Mota - Poeta, Artista Plástica e Artesã. Professora e mãe. Escreve
para sites e revistas on line. Participa de Antologias, Anda entre livros e
versos sempre fazendo o caminho inverso para sentir o reverso das
palavras.
FLAVIA MARIATH
ANJO
Quando o anjo chegar
abre um sorriso no rosto
se entregue e seja
feliz...
Se agarre nas asas da
liberdade e
entregue seu coração de
peito aberto
grite pelo seu abraço,
grite pela sua
esperança,
grite que vale a pena se
entregar
ao anjo que te quer bem.
Quando o anjo chegar
fale com o simples
olhar...
Flavia Mariaath - Bacharel em Direito. Diretora Secretária da Casa das Beiras,
Chanceler Honorária do CONINTER (Conselho Internacional dos Acadêmicos de
Ciências, Letras e Artes). Vice-presidente da ALAP – Academia de Letras e Artes
de Paranapuã; Membro Correspondente da Academia de Letras de Brasiléia
(Acre).Diretora da Associação Cultural Barão de Ayuruoca, Membro do Núcleo
de Letras e Artes de Lisboa (Portugal),Acadêmica Imortal Cadeira Pérpetua n° 01
– Senadoria Internacional – Patronesse Eliane Mariath Dantas da CONINTER
FRANCISCO FERREIRA
Conceição do Mato Dentro
(MG) - Brasil
QUEBRANTO
Seus olhos
os olhos meus...
Renderam-se em
alumbramentos
num átimo, corrente de vento,
com sabor de azul
piscina
e o cheiro de
pores-do-sol.
Mas veio o ciúme
o quebranto
mau-olhado nos olhos
meus
e o azul brando do vento
virou vermelho
descontentamento
em meus olhos
nos olhos seus...
E o gosto insalubre do
pranto
rolando num pós encanto
num fastio-inanição
cobriu de breu, no meu
peito,
os meus olhos
os olhos seus...
...e os olhos do meu
coração!
Francisco
Ferreira - Poeta natural de
Conceição do Mato Dentro, com centenas de classificações em concursos
literários (Brasil, Portugal e Itália), participante de centenas de antologias
e de várias academias literárias (RS, SP, ES, RJ, BA). Escreve poemas, contos,
sonetos, trovas, décimas de cordel e crônicas, além de administrar o blog
literário Impalpável Poeira das Palavras com mais de 82000
visualizações em 3 anos.
FRANCISCO MARTINS SILVA
A ESPERA DE DOLORES
Um sol quente de meio dia a arder no tempo e a
invadir pela janela a privacidade daquele humilde lar, e daquela janela ainda
um rosto mesmo com o arder do sol vive de horas em horas dela para fora a
olhar. É Dolores, que desde quando recebeu uma carta do seu amado de que iria
voltar ela nunca mais parou de o esperar. Sua inquietação, sua ansiedade, sua
incansável espera se dá devido àquela carta incompleta, pois, a mesma não marca
o dia e nem à hora, só avisa que ele irá chegar.
E assim vive Dolores, ela está da
janela a olhar, atenta, de olhos arregalados como uma coruja na noite escura, e
assim a esperar bem ansiosa pelo amado. Nada se perde de sua afinada atenção. É
que até pelo assovio dele ela já o conhece, pelas pegadas dos seus pés no
caminho ela já o percebe, e enquanto isso, as melhores frutas do quintal já
estão colhidas e o seu bolo predileto preparado para lhe saciar, e aquela rede
na varanda para o seu repouso do cansaço, que também já o espera.
Ela tem a esperança de que ele
volte, pois, sempre quando ele a avisa que vem nunca tem lhe faltado com a
palavra, e por isso, Dolores suporta qualquer demora tendo em vista que
seu amor sempre fora correspondido.
É incrível quando se ama e quando
se tem um amor verdadeiramente correspondido, pois, nem a distância é capaz de
dissolvê-lo. O amor alimenta a alma, fortalece a esperança e festeja com
alegria a chegada do amado, e é por esta razão que Dolores vive pelo amado
a esperar.
Francisco Martins Silva - nasceu na cidade de São Félix de Balsas - Maranhão.
Reside em Uruçuí - Piauí. Professor, escritor e poeta. Licenciado em Geografia
pela Universidade Estadual do Piauí - UESPI e pós-graduado em Pedagogia Escolar
pela Faculdade de Teologia Hokemãn. Obra publicada: Um tributo à natureza pela
editora Câmara Brasileira de Jovens Escritores - RJ. Recebeu a medalha de
mérito literário da Litteraria Academiae Lima Barreto. Rio de Janeiro. Recebeu
a Láurea troféu Maestro Wilson Dias da Fonseca pela Academia de Ciências,
Letras e Artes - ALUBRA - Araraquara - SP. Tem participação em antologias por
várias editoras e publicações em revistas literárias.
FERNANDO JACQUES DE
MAGALHÃES PIMENTA (JAX)
Rio de Janeiro (RJ) -
Brasil
JOÃO E MARIA, A HISTÓRIA
QUE NÃO ACABA
João
e Maria - ou Maria e João, para um começo de história mais diplomático e
cavalheiresco - são bem conhecidos de todos, pelo menos de quase todo mundo,
embora haja, ainda hoje, discussões acerca da verdadeira relação existente
entre os dois, na medida em que muita gente tende a desconfiar da amizade pura
e fraternal e descamba para a maledicência, como foi o caso daquela velha
fofoqueira, que se dizia tia de ambos, caso em que a consangüinidade da dupla
teria de ser a única conclusão lógica, mas aquela bruxa certamente nada mais
queria do que alimentar suspeitas e vilipendiar o célebre casal, incomodada por
sua enorme popularidade, ao insinuar assim que ambos conviviam de modo
incestuoso, o que chocaria boa parte dos que aparentavam nutrir grande simpatia
pelo duo ao passo que semelhante insinuação seria de pronto rejeitada pelos
verdadeiros amigos, tais como a Lia e a Michelle, apelidadas respectivamente de
Chapeuzinho Vermelho e de Branca de Neve, por motivos que não vêm ao caso
relatar aqui, para não desvirtuar o propósito maior da narrativa, que é o de
centrar-se nas personagens a que o título se refere, com todo o equilíbrio
possível, sem incorrer em qualquer demonstração de preferência ou favoritismo,
mesmo porque Maria se queixou certa feita do perfil protagônico de João
(conquanto sua queixa nesse sentido cause dúvidas se estaria ligada ao
desempenho de seu par ou simplesmente à iniciativa de terceiros de atribuírem
ao jovem esse protagonismo), sem dar-se conta de que, em outras oportunidades,
foi ela quem assumiu papel de maior destaque, para gáudio das feministas, e de
que a boa convivência pode ver-se afetada pela preocupação em identificar
ocasional superioridade ou predomínio de uma parte sobre a outra, aspecto esse
que um caçador, amigo deles e profundo conhecedor dos animais e dos seres
humanos, fez questão de salientar, ao adverti-los a respeito, já que lhe
afligia a idéia de uma rusga mais séria como resultado da competição que viesse
a instalar-se entre ambos, com reflexos até sobre o conjunto do grupo, pois não
se pode perder de vista que o ciúme é mal altamente contagiante, capaz de
envenenar as relações, seja entre os casados, seja entre os solteiros, seja
entre uns e outros, que compunham o universo particular de amigos da Maria e do
João, risco esse que, após as advertências, os dois tiveram o bom senso de
evitar, tratando de absorver as próprias inquietações ao invés de
exteriorizá-las, sobretudo na presença de terceiros, para não estimular
atitudes destrutivas, e chamando a si (voluntariamente ou não) a
responsabilidade típica dos grandes heróis, sempre prontos a sacrificar-se pelo
bem estar geral, como não poderia deixar de ser, porque ambos estavam cientes
de que seus nomes se tornaram referência não só para crianças, mas também para
adultos, que contavam e recontavam as peripécias da parelha, ainda que com a
invariável mania de, a cada conto, agregar um ponto, e, por falar nisso, melhor
colocar um ponto aqui, mesmo sem ser ponto final, uma vez que a história de
João e Maria nunca acaba...
In Ibitinema e Outras Histórias (2016), editora
Lamparina Luminosa, S. Bernardo do Campo, SP.
Fernando Jacques de Magalhães Pimenta nascido na cidade do Rio de Janeiro, em 2 de junho de 1952.
Formado pelo Instituto Rio-Branco, do Ministério das Relações Exteriores
(Diplomacia) e pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (Direito). Mestrado
de Ciência Política, Universidade George Washington, EUA. Autor dos livros
Traços e Troças (2015) e Ibitinema e Outras Histórias (2016), publicados pela
editora Lamparina Luminosa, São Bernardo do Campo, SP. Apreciador de cinema,
música, literatura e HQ.
FERNANDO CARDOSO - VON
TRINA
Samora Correia
(Santarém) – Portugal
SOMBRAS
Eis-me nú
simplesmente nú
com dignidade
de um homem NÚ
intemporalmente -
humildemente
nobremente despojado
ainda que nú
Por me faltar coragem
por cultivar coragem
por cultivar o
desencontro
perseguindo miragens
por querer o
"GRAAL"
sacrificando o
mensurável
por ambicionar tudo
e não ter nada.
Estou nú
mas nunca crú.
Sou louco
não maluco ou mouco.
Sou sempre solidário
e aconteça o que
acontecer
não esqueço amigos -
mesmo nu
Fernando Cardoso - Von
Trina
GISLAINE CANALES
Glosando José Maria Machado de Araújo
DEUS E O MAR...
MOTE:
Homens, olhai para o mar,
olhai com olhos de ver
e já podeis calcular
como é que Deus deve ser...
Homens, olhai para o mar,
olhai essa imensidão,
é nele que ireis achar
respostas, à indagação!
Mas olhai com os olhos da alma,
olhai com olhos de ver
e encontrareis toda a calma
que o mar pode oferecer!
Basta simplesmente olhar
o mar e os mistérios seus,
e já podeis calcular
toda a grandeza de Deus!
Conhecendo o mar, então,
é muito fácil, saber
guardando-se a proporção:
como é que Deus deve ser...
Gislaine Canales - Cônsul de Poetas Do Mundo. Delegada do Portal CEN. Sócia
Benemérita da UBT Nacional e Troféu Destaque 2008 na UBT São Paulo. Título de
Embaixadora da Trova em nível Internacional. Presidente Honorária da OMT
(Organización Mundial De Trovadores). Título de Trovadora Del Universo. Recebeu
da Seção de Bandeirantes, o Troféu Luiz Otávio e a Titulação de Personalidade
da Trova. Embajadora Internacional de la Trova, OMT- Peru. Nomeada como
Coordenadora da UBT para os Estados Unidos da América e países de língua hispânica,
pela Presidente Nacional da UBT, Domitila Borges Beltrame. Bacharel em
Pedagogia e Licenciada em Didática. 26 livros Impressos 36 Livros Virtuais
de Glosas. Edita uma revista mensal, virtual mensal, sobre Trovas há 13 anos: a
Trovamar.
GLADIS LACERDA MONTEIRO
DE BARROS
Rio de Janeiro (RJ) -
Brasil
AFRODITE
Dos testículos de Urano
atirados ao mar por
Cronos, seu filho,
formam espumas,
que se transformam, com
espledor,
em Afrodite, a Deusa do
Amor.
Num carro feito de
conchas de nácar,
puxado, com pompas, por
pombas,
desembarca Afrodite
em uma das praias da
Ilha de Chipre.
Depois é levada à
assembleia dos deuses,
que jamais tinham visto
beleza igual.
Um rosto lindo
e um corpo sensual.
Por esta razão, ela rege
todos os aspectos da
sensualidade,
da vida íntima e das
relações pessoais
e, em matéria de amor,
tudo mais.
"Afrodite, Deusa do
Amor, nos abençoe
com as alegrias do
êxtase sensual
e dê-nos a certeza
de que mesmo neste mundo
pequenino,
com a nossa natureza
erótica,
podemos tocar o
divino"
Gladis Lacerda Monteiro de Barros
http://www.caestamosnos.org/autores/autores_g/gladyslacerda.htm
GERCI OLIVEIRA GODOY
Porto Alegre - Brasil
Inspirada na poesia
“Salvação pelo poema” de João Machado - João dos livros.
Preciso acreditar
que um tempo novo
surgirá
que na hora da partida
beberei na vertente da
esperança
A poesia nos levará
ao tempo da colheita
num campo pleno
de palavras vivas
nosso verso sobreviverá
mesmo que o mundo
abrace crenças vãs
haverá o delírio da
criança
e do poeta louco
de amor
Gerci Oliveira Godoy
GILBERTO NOGUEIRA DE
OLIVEIRA
Nazaré (BA) – Brasil
VEJO TUDO
Sob um mar de águas
claras,
Sob uma floresta de
grandes clareiras,
Sob um sol cinzento e
escuro
Eu me perdi.
Sobre um mar de verdades
recônditas,
Sobre uma floresta de
mentiras alumiadas,
Sobre um sol leitoso e
fosco
Eu me encontrei.
Era triste o resumo de
tudo que existia.
Tubarões engoliam
sardinhas,
Cascavéis engoliam
minhocas,
Júpiter engolia a lua.
Vi tudo como espectador
Atento a essa disputa.
Grandes engoliam
pequenos,
Gordos engoliam magros,
Brancos engoliam negros,
Trágicos acontecimentos.
O sangue corria numa
grande cachoeira,
A água corria nas veias
dos angustiados.
Tudo era sangue, tudo
era fogo.
Tudo era caos, tudo era
tempestade.
Os mais fracos queriam
ganhar
Mas não aguentavam lutar
até o fim.
Gilberto Nogueira de Oliveira, nasci em Nazaré Bahia Brasil, em 26 de
agosto de 1953. Escrevi vários livros de ficção e poesias como: A
Vingança dos Irracionais, Revolta, Além da Miséria, O Santo Demônio, Esses
Heróis Camponeses, Os Dois Pólos Antagônicos, O Sistema, Neoliberalismo No Céu,
Império, Ferro (Teatro), Zé, Lá Fora, Retalhos e Em Minha Terra. Retalhos, I,
II, III, IV (Poesias) De Repente... Cordel, 1, 2, 3, 4 e 5.
GUIDA LINHARES
Santos (SP) - Brasil
LIVRO DA VIDA
Um dia fecharei as
páginas
do livro da minha vida.
Neste momento espero
ter vivido o bastante,
para encerrá-lo
com chave de ouro.
Em todas as folhas
brancas apaziguadoras,
busquei escrever com as
cores
do mais belo arco-íris,
indicando que após
as tempestades
encontradas,
com o guarda-chuva da
compreensão,
consegui o equilíbrio
necessário.
Talvez algumas folhas
eu as tenha arrancado,
num momento mais
impensado.
Bobagem minha....
impensado talvez tenha
sido
o conteúdo das mesmas;
contudo quem não as tem,
que atire a primeira
pedra.
Hoje não arranco mais
nenhuma...
todas me são igualmente
importantes,
pois através delas
consegui abrandar o coração
e compreender melhor as
vicissitudes alheias,
não mais julgando ou
criticando ninguém.
Que a ultima folha a ser
escrita,
seja uma mensagem em que
a paz, o amor
e a alegria sejam a
tríade de votos
desejados a todos
aqueles que
um dia cruzaram no meu
caminho,
me ajudando a preencher
as
páginas do livro da
vida.
Margarida Salvadori Linhares - Psicóloga - CRP 06-78389. Atuação na área
literária.
Site: Canteiro dos Girassóis
http://www.guidalinhares.net
Site: Canteiro dos Girassóis
http://www.guidalinhares.net
ISABEL CRISTINA SILVA
VARGAS
Pelotas (RS) - Brasil
SEMENTES DE PAZ
É preciso renovar os
sentimentos da alma
as intenções, as ações.
Somos energia, somos
todos um.
Todas as ações têm
reflexo,
resultados que retornam.
Apuremos e purifiquemos
os pensamentos.
Ninguém consegue o bem,
fazendo o mal.
Não é possível querer o
próprio bem
e, o mal do outro.
Pense o bem, deseje o
bem, faça o bem
Tudo retornará em forma
de benção.
Só teremos resultados
bons
através de boas ações.
Guerra só traz dor,
anulação, morte
Amor é solidário, se
multiplica,
Valoriza os seres,
purifica a alma.
Plantemos a paz e
teremos felicidade.
Isabel Cristina Silva Vargas - Professora, advogada, jornalista. Escreve para jornais,
revistas literárias. Participação em centenas de livros. Pertence a algumas
academias. Algumas premiações. Escreve contos, crônicas e poesia. Dois
livros solo impressos e dois e-books.
ISABEL FURINI
Curitiba (PA) - Brasil
COMPULSÃO PARISIENSE
A cidade fantasma ecoa
na memória
conhecemos Paris antes
de nascer
(antes de nascer
perambulamos por Paris)
Éramos como mutantes no
oceano da vida
habitantes marinhos
habitados pela subjetividade
éramos um coração
palpitante nas águas do amor
um quadro silencioso
quase emoções pintadas
entre prédios e semáforos
As ruas de Paris
estendendo-se além das palavras
sem palavras.
Antes de nascer
perambulamos por Paris.
Isabel Furini - escritora, poeta, palestrante e educadora, coeditora da
Revista Virtual Carlos Zemek de Arte e Poesia; seus poemas foram premiados no
Brasil, Espanha e Portugal; é autora dos livros de poemas “Os Corvos de Van
Gogh” Edit. Instituto Memória, Curitiba, 2013” e outros silêncios” Edit.
Virtual Book, 2012; membro da Academia de Letras do Brasil/ Paraná;
criadora e organizadora do Projeto Poetizar o Mundo (na 10º edição);
nomeada Embaixadora da Palavra pela Fundação Cesar Egido Serrano (Espanha), em
2015; Embaixadora da Rima Jatobé, Espanha, em 2015; recebeu Comenda Ordem de
Figueiró e foi nomeada Embaixadora Internacional e Imortal da Poesia pela
Academia Virtual de Letras, Artes e Cultura do Brasil, em 2015. Participou de
Antologias no Brasil, Argentina, Chile e Portugal.
IVAN SILVEIRA BRAGA
Taguatinga (DF) - Brasil
MÚSICA DO PARQUE BRASIL
Logo cedo nos encantos
da manhã
Noeme canta o largo abraço apertado
laço d'agua do rio Corda mais o Mearim
me espreme com os braços da poesia
começo de setembro me acorda sem fuzil
recebendo o Poeta Vicente Sá na W3
ali bem perto do Pátio Brasil
aqui pra cá reside um sabiá freguês
que sempre acompanha a jacutinga
nem tudo já era uma vez...
Vou feliz da vida com meus amigos cegos
a gente sente cada flor na avenida
no caminho divertido de Taguatinga
dança teatro tudo da sétima arte
André, Epifânia. Teodora
amor cego amor em toda a parte
nunca vai embora...
calor eterno que arde, repete, reparte
nunca vai embora
amor cego amor de lua cheia
agora a hora vai que nem cobra
no mais quente da areia
escuto dobrado de cigarras
agora com tanta sorte de poesia
escuto as águas da Bahia.
Noeme canta o largo abraço apertado
laço d'agua do rio Corda mais o Mearim
me espreme com os braços da poesia
começo de setembro me acorda sem fuzil
recebendo o Poeta Vicente Sá na W3
ali bem perto do Pátio Brasil
aqui pra cá reside um sabiá freguês
que sempre acompanha a jacutinga
nem tudo já era uma vez...
Vou feliz da vida com meus amigos cegos
a gente sente cada flor na avenida
no caminho divertido de Taguatinga
dança teatro tudo da sétima arte
André, Epifânia. Teodora
amor cego amor em toda a parte
nunca vai embora...
calor eterno que arde, repete, reparte
nunca vai embora
amor cego amor de lua cheia
agora a hora vai que nem cobra
no mais quente da areia
escuto dobrado de cigarras
agora com tanta sorte de poesia
escuto as águas da Bahia.
IVAN SILVEIRA BRAGA - Nascido em Santana/Bahia em 1960. Estudou em Brasília e
hoje é professor atuante na Biblioteca Braille Dorina Nowill. Grande
incentivador dos deficientes visuais na criação de seus
poemas. Tem dois livros de poesia editados “Cartas
Brejeiras" e "Romance De Almas na Florada". Com vários poemas
musicalizados e participação em duas antologias, com muitas
alegrias!
IVANIA MORÁZIA MARQUES
O. CAMPOS
Maianga (Luanda) - Angola
Maianga (Luanda) - Angola
HUMANA
Ela curte coisas abstratas, ela fala com plantas, conversa com a lua, admira as
estrelas. Como elas existem poucas
Ela
sente, mas sente mesmo não consegue fingir,
Ela não consegue disfarçar a dor nem esconder o calor
Ela
ri quando está alegre, seu sorriso é contagiante
Ela acredita em coisas como sereias, lobisomens, vampiros, extraterrestres e
universo paralelo
Ela
é doida eu sei, mas também é apaixonante
Ela é exata e filosofia
Ela é intensa e rasa
Ela não esconde os seus defeitos, como já há via dito ela não consegue fingir
Ela
molda-se em coisas agradáveis, mas ela não é só fofura
Ela também é cruel quando quer e as vezes sem querer
Ela feri e choca
Ela é frontal ,já tentou ser diferente mas não deu lá muito certo sua essência
é maior que qual quer karma.
Ela
é espírito e carne (para que separar se podemos juntar, diz ela) pratica porém
ingênua , pois é ela também é ingênua,não acreditam?
Ela é eu lhes garanto, ela acredita em finais felizes
Ela tem fé na humanidade
Ela come muito (chocante com batatas fritas é a preferência) ela fica mais de
16 horas só a ler,
Ela precisa tanto de ler quanto precisa de oxigênio.
Ela é poliglota,
fala a língua dos anjos
Ela é humana
Ivania
Morázia Marques Agostinho usa o Pseudônimo de
Isvania, nasceu no dia 11 de Novembro de 1998 em Luanda. Começou a escrever em
2014 e deste então se dedica a escrita.
IVONE BOECHAT
Niterói (RJ) – Brasil
ESCONDERIJO
Fui me esconder,
faceira, atrás
dos versos
para ninguém se atrever,
descobri tudo o que sou
na vida:
carente,
sofrida,
dengosa,
prosa,
decidida...
longe do açoite,
imaginei:
ninguém
vai me encontrar;
escorreguei
na magia da noite,
esqueci a
ingratidão
lá de fora,
mandei a tristeza
ir embora,
adormeci ao luar.
Ivone Boechat - Nasceu em Bom Jesus do Itabapoana -RJ
Professora Universitária, Vice-diretora e Chefe de Departamento de Escolas de
Nível Superior. Secretária de Educação do Município de Magé-RJ Superintendente
Itinerante Nacional da Campanha Nacional de Escolas da Comunidade-CNEC Bacharel
em Direito-Universidade Cândido Mendes-RJ Graduada em Pedagogia-Universidade
Augusto Mota-RJ Pós-graduada em Educação-Universidade do Estado do Rio de
Janeiro, Pós-Graduada em Metodologia do Ensino Superior pela Universidade
Augusto Motta - Rio de Janeiro. Mestre em Educação- American World University-
Phd em Psicologia da Educação Wisconsin Interational University – 16 livros
publicados; Medalha de Honra ao Mérito Educacional “Lux in tenebris”, concedida
pelo Sindicato dos Professores do Estado do Rio de Janeiro; Membro da Academia
Mundial de Cultura e Literatura; Membro da Academia Duquecaxiense de Letras e
Artes RJ
IVONE VEBBER
Caxias do Sul (RS) -
Brasil
VIDA RACIONAL
Vivente que se preza
é bem firme,atencioso,
ao humilde não despreza,
nem bajula o poderoso.
Vivendo uma vida
inconsciente,
intransigente,
em desamor,
em desespero,
inconsequente...
solução
e buscar
dentro da gente,
o elo perdido,
do eterno
consciente...
JACÓ FILHO
São Paulo (SP) - Brasil
FLORINDO VERSOS
Finca-se à mente, inspirações que nutre,
Pondo fogo no Sol dum poeta a Florescer...
Pra lótus sem mácula, ir a Deus oferecer,
Unindo-o ao logos, que o todo repercute...
Preservando raízes, revela sem temores,
Moldando tal beleza de forma imaculada,
Que em seus poemas é sempre exaltada,
Usando alquimias, de iguais esplendores...
Seus versos são pétalas da alma poética,
Que no mundo físico guiam os escritores,
Em belas culturas, sabedorias e humores...
Num estilo brilhante com rimas e estética,
Diviniza sua poesia pra sábios seguidores...
Como a mãe natureza faz com suas flores...
Finca-se à mente, inspirações que nutre,
Pondo fogo no Sol dum poeta a Florescer...
Pra lótus sem mácula, ir a Deus oferecer,
Unindo-o ao logos, que o todo repercute...
Preservando raízes, revela sem temores,
Moldando tal beleza de forma imaculada,
Que em seus poemas é sempre exaltada,
Usando alquimias, de iguais esplendores...
Seus versos são pétalas da alma poética,
Que no mundo físico guiam os escritores,
Em belas culturas, sabedorias e humores...
Num estilo brilhante com rimas e estética,
Diviniza sua poesia pra sábios seguidores...
Como a mãe natureza faz com suas flores...
Jacó Filho - Natural de Araripina – PE. É apaixonado pela
natureza, a quem ver como o primeiro grande mestre. Tem oito livros editados,
dos quais, seis pela IDÉIA editora e 3410 textos no: http://www.recantodasletras.com.br/. Aposentado na área de telecomunicações, dedica-se à
literatura. Reside em São Paulo-SP – Brasil
JANIA SOUZA
Natal (RN) - Brasil
O CHAFARIZ
Bem
no sopé da ladeira no final da rua em declive, havia o chafariz.
Logo
de madrugada, antes dos primeiros raios da alvorada, a sede guiava-os em
romaria.
Colhia-se
entre pedras, o precioso líquido.
Vinham crianças, idosos, adultos. Todos
em súplica a um fio de vida.
Enchiam
latas, baldes, barris. Então felizes com a boa colheita do líquido partiam com
sua valiosa carga em cabeças e em ombros. Essa era a garantia de um dia
promissor. Tranquilo em realizações domésticas. Banhos. Higiene.
Tratamento
dos alimentos. Limpeza e asseio.
No
aguardo da chegada da água, filas de latas formavam-se, enquanto a gurizada
corria o tica e jogava biloca. Vez ou outra aparecia uma bola de pano.
Velozmente
era engolida pelos pés descalços enfiados na areia fofa vermelha da base do
morro da Rua Henrique Câmara na divisa do Alecrim com as Quintas e
perpendicular à Guarita e ao Rio Potengi. Ainda não fora construída a enorme
balaustrada, que impera hoje no local, sepultara da vaga lembrança do remoto
chafariz.
Enquanto
a criançada corria na madrugada, os adultos jogavam conversa fora e o carro de
boi, rangia suas enormes rodas, tangido pelo robusto, mas já na metade da vida,
homem que distribuía água nas moradias mais distantes das Quintas.
Essa
alegre espera antes da chegada do sol festeiro, remete ao encontro nupcial
embaixo dos mornos lençóis, enquanto o galo de sentinela bate suas asas
cintilantes, engrossa o poderoso pescoço e solta seu bravo canto em saudação a
mais um dia que chega cheio de animação para os desafios renovados da vida.
O
chafariz ficou apenas na lembrança infantil de uma daquelas crianças que viveu,
intensamente a afetividade do contato com os pingos d’água que regavam
parcamente as redondezas do seu convívio.
Jania
Souza (Jania Maria Souza da Silva) - Natal,
estado do RN - Rio Grande do Norte, país – Brasil. Escritora, poeta,
declamadora, artista plástica, economista e contadora pela UFRN, nascida em
Natal/RN, Brasil. Tem ativa participação no movimento literário de sua cidade e
do seu país. Em sua obra encontra-se registrado um toque sutil de erotismo e
realismo com predominância de um profundo pensamento crítico revestido pela
metáfora poética, social e humana. Publica literatura infantil; infanto-juvenil,
poemas, crônicas, contos. Sócia de entidades culturais nacionais e
internacionais.
www.janiasouzaspvarncultural.blogspot.com
www.janiasouzaspvarncultural.blogspot.com
JECONIAS MOCUMBI
Gaza (Xai-Xai) - Moçambique
CARTA SEM DESTINATÁRIO
Descalça a tua alma
venha pela mesma rua
bem ali onde o dia morre
instalei a tua sagrada
espera.
Jeconias
Mocumbi ( Edilson Sostino Mocumbe) - nascido aos 02 de Março de 1997 em Gaza no
distrito de Xai-Xai, Moçambique, residente em Maputo. Com participação em
diversas colectâneas e revista e a mais recente participação na revista
inverso.
JUÇARA MEDEIROS LASMAR
NOIVA DE VERDE
Antônio e Dilurdes se casaram numa idade
avançada para a época, ele 31 anos, ela 24... Isso nos tempos idos de 1937. O
tempo de namoro foi longo, 8 anos. O motivo de esperarem tanto? Pois bem,
acontece que ele era mulherengo, chegado a bailes, tocador de sanfona de 8
baixos e de bandolim, muito garboso, as mulheres o rodeavam como mariposas na
luz... Ele aproveitou, namorava todas e até as que, apesar de casadas,
eram fogosas... Corria à boca pequena que algumas não o deixariam se casar, que
iriam aparecer na igreja na hora dos votos e fazer escândalo. Por isso o
cozimento em banho Maria, o longo namoro... Na época era um namorico sem
toques, sem nada, apenas flertes e algumas conversas... E assim foi por 8 anos.
Ela o esperando pura, ele aproveitando a vida.
Naquele tempo as festas das igrejas eram um
acontecimento social que reuniam as pessoas de povoados e fazendas da
vizinhança. Famílias inteiras iam de carros de boi para arranchar no local da
festa. Sei que vão perguntar o que é arranchar, afinal é um termo do início do
século passado. Pois bem carregavam-se os carros de boi com as tralhas de cozinha
e de camas, colchões enrolados, na época eram de palha, colchas tecidas em
tear, vasilhas para cozinhar, panelas, tripés, mantimentos... Alguns conseguiam
casinhas de despejo para arrancharem, outros montavam barracas nos próprios
carros de boi. Verdade é que era uma delícia, uma farra só, de uns 4 dias ou
mais, pois as festas duravam às vezes semanas inteiras.
Anunciava-se uma festa no distrito vizinho.
Dilurdes e suas irmãs e irmãos iriam. Antônio
avisou a ela que eles se casariam nesta festa, mas pediu que não contasse a
ninguém. Ele contou apenas a seu irmão Juquinha. A família seguiu de carro de
boi e ele, com os outros rapazes, foram a cavalo.
Juquinha ficou matutando, matutando e resolveu
contar ao “Seu” Candola, pai da Dilurdes. Ele disse: “Olha “Seu”Candola, o
Antônio me falou que vai se casar com a Dilurdes na festa, eu o aconselhei a
não fazer isso, sem falar com o senhor, mas sabe como ele é.”.
Candola contou para a esposa Joaninha que
falou: “Vá, pegue o burro e galopa até Medeiros para impedir este casamento
assim... O que o povo vai pensar? Nós gostamos muito do Antônio, mas onde já se
viu casarem escondido? Nem vestido branco ela tem”.
Candola arriou o burro e partiu a galope.
Antônio e Dilurdes se casaram naquela manhã
ensolarada, ela estava linda de vestido verde que destacava sua pele rosada,
seus cabelos castanhos e seus olhos cor de mel. (Durante toda a sua vida ele
sempre a presenteou com vestidos verdes).
Já estavam na casa onde arrancharam quando
alguém chega e diz apavorado: “Antônio, o Candola está vindo, será que vai
ficar muito bravo? O que você vai fazer?".
Dilurdes foi se esconder no quarto para esperar
o desfecho da história.
Quando Candola chegou, Antônio na maior
tranqüilidade, disse: ““Seu” Candola, se o senhor tivesse chegado mais cedo
teria assistido ao nosso casamento, eu acabo de me casar com a Dilurdes”.
Candola apenas disse: “Fazer o que? O que
está feito está feito, vamos festejar”.
E o resto do dia foi de comilança, toques de
sanfona e muita alegria...
Foram felizes para sempre sim, até que a
morte os separou com 49 anos de casados...
Tem mais alguns capítulos interessantes desta
história que narrarei depois...
Juçara Medeiros Lasmar
Filha caçula do casal.
JOÃO COELHO DOS SANTOS
AÍ… NÃO FUI
Num mundo de fantasia
Ocupei lugares vadios
De vazios glaciares.
Sem esperar piedade
Fui inabalável na
cicatriz da alma
De pedaços rasgados de
mim
Pelo silêncio que magoa.
Vi na terra feridas de
guerra,
Estrelas doiradas no céu
A vestirem a noite de
sonhos por sonhar.
Fui pássaro humilde, fui
temível condor,
Espantei despertares da
madrugada,
Andei afastado do
turbilhão social,
Fui desejado sem
desejar.
Fui o que perdi
De tão secreto ser o
segredo,
Em que a mentira passa
por verdade!
Sem por a mão na consciência
Fui ferido sem cura
Enquanto se arrastava
pela terra o tempo
Sem saber a sua dita.
Tal como Fedra
Que amou Hipólito, casto
enteado,
Fui aprender a perder o
medo.
Esquecido do mundo e de
mim
Abandonei despojos da
passada vida.
Fui noutro tempo distante
Passarito de ninho
triste e frio.
Choroso, pálido,
enraivecido,
Não quis ir ao jardim
dos mortos,
Ao funeral de minha Mãe.
Aí… não fui!
João Coelho dos Santos
JOÃO PEREIRA CORREIA
FURTADO
BOM VASO
Bom Vaso do Céu
Obra do Divino Deus
Maria porta a Luz...
Vem trazer a boa verdade
Amor perfeito que nasce
Sol brilha com ansiedade
O Bem chega e mui carece...
João Pereira Correia Furtado
Página Nº. 103 do livro Aguarela Africana
Bom Vaso do Céu
Obra do Divino Deus
Maria porta a Luz...
Vem trazer a boa verdade
Amor perfeito que nasce
Sol brilha com ansiedade
O Bem chega e mui carece...
João Pereira Correia Furtado
Página Nº. 103 do livro Aguarela Africana
JOSÉ HILTON ROSA
Belo Horizonte (MG) -
Brasil
TSUNAMI
Pedras e paus se abraçam
Ao som de orquestras de
vento
Em descompasso
Desesperadas cascatas de
lágrimas
Aos olhos incrédulos
Natureza alheia aos
pedidos de socorro
Fenômeno natural
Tsunami, o beijo da dor
e da morte
José
Hilton Rosa
- autor dos livros de poesias: “Laços de sangue”; “Choro de sangue”; Versos em
alças de fogo; “Inversos” (coautoria de Carmo Antunes) e Sorriso e lagrimas. Participou
de diversas antologias impressas e digitais. É membro do movimento poetas Del
mundo com sede no Chile, fundador Luis Arias Manzo. José Hilton Rosa é formado
em diversos cursos técnicos, Parapsicologia, gestão de pessoas, sindicalismo.
Reside atualmente em Belo Horizonte, MG, Brasil.
JOSÉ ERNESTO FERRARESSO
Serra Negra (SP) -
Brasil
O BEIJO DISTANTE
Ando por lugares ermos,
Gélidos , frementes e invasores.
Toques sensíveis,- não te sinto.
Gélidos , frementes e invasores.
Toques sensíveis,- não te sinto.
Sem olhares para o
além-solidão.
Janelas se fecham para o infinito.
Tenho medo não consigo falar-mistério.
Janelas se fecham para o infinito.
Tenho medo não consigo falar-mistério.
Sem receio tento te encontrar-procura.
Sem o som a melodia é fúnebre-tristeza
Envolvo-te no meu íntimo solitário
Procuro por teus beijos ,
não tenho , nem te vejo -dor.
Sem o som a melodia é fúnebre-tristeza
Envolvo-te no meu íntimo solitário
Procuro por teus beijos ,
não tenho , nem te vejo -dor.
José Ernesto Ferraresso
JOSÉ LUIZ DA LUZ
QUE CELESTE ROSA
Que celeste rosa, que
estranha ternura!
Que delícia teu nome em
minha voz rouca,
onde eu grito, e minha
alma já quase louca,
respira o perfume de tua
doçura...
Lembro ainda aquela mão!
Melíflua a aquentar a
minha,
dando a ela o que ela
não tinha,
e fogo ao meu coração.
Que júbilo te olhar, que
alva criatura!
Que lábios amantes de
beijos fervidos,
a jorrar caudais de
néctar aos sentidos.
E a sussurrar melodias
de ventura.
Vem a noite em véus
risonhos.
E pelo amor eu me
esvoaço,
e no afã a ti me abraço,
pelas viagens dos meus
sonhos.
Tenho o coração dos
anjos imortais.
Sinto na terra o amor de
um paraíso,
que transcende meu
corpo, puro e preciso.
Esquecer-te? Nunca!
Nunca! Nunca mais!...
E o olhar... Quanta
polidez!
Do mistério do oceano,
que jamais pudera
humano,
sondar sua profundez
Rosa rainha, a mística
dos florais.
Minha alma levaria este
doce afã,
tomada de amor, se eu
morresse amanhã...
Esquecer-te? Nunca!
Nunca! Nunca mais.
José Luiz da Luz
JOSÉ MIGUEL CUMBI
À tarde
Quando vem
Com as mais precisas emoções
Dormente fica meu desejo
Ao teu colo
Olhares ferozes
E suaves são as almas e de amor
Conforto-me no teu corpo
Quando a tarde vem
À tarde
Traz tudo no brotar da vontade
Tudo tanto se deseja
E também é consentido amor
À tarde
Na bela declaração de amor
Boca fala singelamente aos beijos
E corpos dividem somente afectos.
Quando vem
Com as mais precisas emoções
Dormente fica meu desejo
Ao teu colo
Olhares ferozes
E suaves são as almas e de amor
Conforto-me no teu corpo
Quando a tarde vem
À tarde
Traz tudo no brotar da vontade
Tudo tanto se deseja
E também é consentido amor
À tarde
Na bela declaração de amor
Boca fala singelamente aos beijos
E corpos dividem somente afectos.
José Miguel cumbi - terminou a decimal segunda classe na escola secundária Muelé
na cidade de inhambane. Participei em dois concursos literários nesta escola
tendo terminado no terceiro e quarto lugares, participei também numa antologia
num grupo de facebook denominado intercâmbio de escritores da língua portuguesa
e participei também em cinco antologias da Carmo!
KATIA CHIAPPINI
Porto Alegre (RS) - Brasil
TRISTE CONTRASTE!
Vinga o abstrato
O anonimato
O falso contrato
A propina no ato
O abigeato
O peculato
São crimes de fato
Vergonha, desacato
O povo pacato
'' Paga o pato''
Perde o tato
E o sindicato
Triste retrato
Pavor de infarto
Comum o assalto
E morte no asfalto
O delito é ato
Envolto em aparato
Com cobertura de fato
Na fuga pelo mato
No poder, outro formato
Há caviar no prato
Bom vinho, bom trato
Ah! deboche insensato
Katia Chiappini - tem formação universitária, com licenciatura plena em
Direito e Pedagogia da Educação. É professora aposentada e lecionou por 33
anos, as disciplinas de Português e Matemática, no ensino fundamental.
Pertence à ALPAS, ALAPOA, CASA DO POETA, ED.LITERATA (SÃO PAULO). Possui alguns
textos publicados em jornais locais. Em 2010 venceu um concurso de poesias
patrocinado por Benedito Saldanha, pela editora Expresso das Letras. É membro
da Academia Internacional de Letras, Artes e Ciências, ocupando a cadeira
58, tendo como patrono Osório de Duque Estrada. Possui estudos avançados em
música e leciona piano, especialmente para a terceira idade.
LE MELO
EMARANHADOS
Sentir tua respiração
Na minha... A tua mão
De repente a paz
De assim ficarmos abraçados
Na minha... A tua mão
De repente a paz
De assim ficarmos abraçados
Cessada a brasa da
paixão
Resta-nos a cúmplice emoção
Tão somente a calmaria
De estarmos assim enlaçados
Resta-nos a cúmplice emoção
Tão somente a calmaria
De estarmos assim enlaçados
Fecha-se a porta cá dentro
Fecha-se o mundo lá fora
Por instantes somos um
ligados... Emaranhados
Fecha-se o mundo lá fora
Por instantes somos um
ligados... Emaranhados
Le Melo
LEUNIRA BATISTA SANTOS
SOUSA
CADA UMA TEM SEU
TEMPO...
Ah, respiração
revigorante!
Estrela florida com
perfume de premência
A Primavera ladeada de
beleza
Está nos braços da mãe
natureza.
O percurso do Outono
Na embarcação do
benquerer
Gota de atitude
ultrapassa oceano
Alça voos com a altivez
da razão
Para segurar o céu com a
mão.
Dorme e acorda na
frialdade oh, Inverno!
No secreto cheiro do
tempo
O destino sem medo faz
premissa
Fervorosa é a roupa do
coração
Responsável pela boa
ação.
Os olhares do Verão
Energiza o corpo inteiro
O sol que esquenta a
vida
Vai até o resfriamento
da despedida.
Leunira Batista Santos Sousa - nasceu em Nossa Sra. da Glória, SE, Brasil, onde ainda hoje reside.
Escritora, poetisa e jornalista. Graduada em Letras Português/Espanhol pela
UNIT. De Professora Educadora a Auditora de Tributos da SEFAZ (SE), aposentada.
Coautora do livro Nossa Senhora da Glória e sua História (1978). Integra 24
Antologias, tem artigos e poesias em Revistas. Autora do livro O Espelho da
Felicidade (2014). Membro Fundadora da Academia Literária do Amplo Sertão
Sergipano (ALAS), cadeira n° 3 e Membro Efetivo da Academia Gloriense de Letras
(AGL), cadeira n° 16.
LILIAN ROSE M. DA ROCHA
Porto Alegre (RS) -
Brasil
TRANSPIRO
Sinto calor
Na tarde quente
Desta cidade
Transpiro
Sonhos
De esperança
No suor
Salgado
Do cotidiano
Maquinário
Que envolve
Sua população
São rostos suados
Maltratados
Pelo tempo
Fechados
Encouraçados
Pelo trabalho
Exaustivo
De mais um dia.
Passo por eles
Eles...
Passam por mim
Pelos sonhos
Pelas lendas
E não percebem
Que passaram
Pela própria Vida.
Lilian Rose M. da Rocha - Farmacêutica-Bioquímica (UFRGS), Especialista
em Homeopatia (ABH) Poetisa, Musicista (Liceu Palestrina), Facilitadora Didata
de Biodanza (IBF), Formação em Educação Biocêntrica (CDH/UB).
LINDALVA MARIA DA SILVA
CASTELUBER
Alvorada do Oeste (RO) -
Brasil.
TRIÂNGULO AMOROSO
Minha vassoura perdeu o
poder,
Poção mágica não mais se
crê
As juras secretas de
amor por amor
Pegaram o caminho do
lobo.
Meu destino é tão
trágico
Pior não pode ter.
No espelho vejo a cara
do bobo.
Foram tantas juras em
horas desertas.
Não há mais nada que
conserta
Se você sai e deixa a
porta aberta;
Quando chega a decepção
é certa.
Não, não tenho mais
dúvida
Esse amor veio a
perecer.
Nesse triângulo amoroso
não posso
Conviver.
Preciso consertar minha
vassoura
Para esse destino
varrer, e separar
De uma vez o homem,
o dinheiro e o poder.
Lindalva Maria da silva Casteluber - professora aposentada no estado de Rondônia. Formada em
Letras. Publica seus trabalhos no Recanto das Letras: www.recantodasletras.com.br/autores/lindalvamaria. Escreve por prazer em reviver momentos agradáveis da vida.
Acredita que, quando escreve revive aquele momento, e quem lê também revive e
se alegra. Reside em Alvorada do Oeste, Rondônia, Brasil.
LIN QUINTINO
Á FLOR DA PELE
E quem sabe,
nesta calma da tarde,
eu me encontre.
Ando tão à flor da pele,
ardo em febre,
de tristeza ou
de saudade,
quem sabe!
É minh'alma à flor da
pele,
e já nem sei
se me exponho
ou se me fecho...
Lin Quintino - poeta, escritora, professora e psicóloga. Faz parte das
Academias: ANLPPB, ALPAS 21, AMCL, ALTO, ALMA, AMBA, ARTPOP, SOB, ACLA. Autora
dos livros de poemas: Entrepalavras, A Cor da Minha Escrita, Do Outro lado de
Mim, As Palavras não se Fadigam da Escrita e Os Ossos da Escrita.
LORELEY MOLINELLI
Piriápolis (Maldonado) - Uruguay
RECURRENTE
He pensado veleros
y canciones ocultas
brotaron de mis labios.
He recorrido orillas
con verdades de lágrimas,
con sueños de ocasos amarillos,
con un cuento de luna,
con una realidad
mordiendo mi cintura.
Y siempre los veleros
vuelven a mi memoria
y hacen brotar canciones
que nacen de mi orilla
a la orilla sin nombre.
-Loreley Molinelli-
-Del libro: “Desde mi Orilla”-
Loreley
Molinelli
- nace en Montevideo, Uruguay. Poeta y gestora cultural en la ciudad de
Piriápolis, donde radica actualmente. Con ocho muestras de poesía en su haber,
donde el montaje sobre materiales reciclados destaca y concientiza sobre el
cuidado del medio ambiente. Publica en Antologías varias, nacionales e
internacionales. Edita el CD de poesía “Tela de Araña” y edita sus poemarios
“Desde mi Orilla” y “Desde la Fe”. Recibe varios premios entre los que
destacan: -Mejor escritor de Piriápolis,1986. -Premio Procultura, 2014. -Premio
victoria, 2016. -Grandes mujeres internacionales 2017, categoría poesía.
-Estrella del sur 2017, a la trayectoria.
LUCAS ALVARES HAYASHI
ENTENDE?
Apart hotel
não é
hotel à parte.
Quando digo que
quero ficar sozinho,
é só um pouquinho,
um pouco,
só,
isso é muito diferente
de ficar sem você.
Não vivo sem você,
mas não vou morrer
se ficar sozinho.
Entende?
Não quero morrer
sozinho,
mas não morrerei se eu
ficar
só,
mas só um pouquinho.
Senão... Eu parto,
em partes eu fico!
Entende?
Eu morro!
Tende a entender
quem quer saber.
Compreende quem ama
- saiba quem quiser.
Eu sou o Lucas Alvares Hayashi - resido
atualmente em Lins-SP, Brasil. Sou
Engenheiro Eletricista / Eletrônico, escrevo desde os 16 anos (20 anos se
passaram!), quando me vi com um gesso ocupando quase que totalmente a minha
perna direita (depois foi à esquerda!). Participei de algumas antologias, as
quais foram lançadas em livros, e tenho até alguns troféus de poesia da época
da faculdade. Quis ser escritor, hoje sou poeta sempre e engenheiro. Sem
chorinho nem lamentos, só biografando brevemente...
LUIZ ANTONIO BERTINI
São Paulo (SP) - Brasil
São Paulo (SP) - Brasil
QUE TEMPO QUE PARA NÓS
RESTA DA VIDA
Escrevo
estes rabiscos ouvindo uma música do que fala do nosso tempo de viver.
Este
é o nosso tempo de viver.
Viver plenamente a vida.
Viver plenamente a vida.
Viver gerando vida com nossos atos, nosso trabalho, nosso sorriso, nossas mãos.
Não
importa se escalamos torres, levantamos muros ou nos perdemos em meio a
cálculos intermináveis. Importa dar a tudo isto um gosto de vida, um sabor
agradável, um toque de luz (mesmo que seja pequena a nossa luz). Importa
trilharmos nossos caminhos e vivenciarmos ao máximo os momentos aos quais nos é
permitido com outras pessoas cruzar. Para aprendermos com elas, para amarmos,
para trocarmos experiências e emoções.
Importa olharmos seus olhos e sentirmos as suas mãos.
Importa fazermos amigos e reaprendermos com cada um deles um pouco de tudo, um
pouco da vida.
Um dia os caminhos não serão mais os mesmos, teremos então lembranças e saudades.
Teremos carinho e uma nostálgica sensação.
Importa
lembrar sim, mas importa viver o hoje melhor do que vivemos o ontem e:
percebermos melhor, ajudarmos melhor, absorvermos melhor, amarmos mais e
melhor, quem agora nos acompanha.
Talvez
para novas saudades e lembranças.
Novos pensamentos de carinho.
Novo aberto no coração.
Que
passem por conta da vida: amigos, amigas, amores, mães, pais, professores,
colegas de trabalho, sonhos, etc.
Não
podemos jamais perder de vista o hoje, o agora, e perdido no passado ou no
futuro, deixarmos de viver. Deixarmos de perceber quem nos acompanha neste
momento. Devemos viver em plenitude, fornecendo vida em plenitude. Mesmo porque
qual será o tempo que, a nós, resta da vida?
Luiz Antonio Bertini - reside em
São Paulo (SP) Brasil. Autor de diversos livros técnicos, de poesia e prosa.
LUIZ CLÁUDIO
Natal (RN) - Brasil
GLOSA
Mote:O nosso meio
ambiente;
Nossa vida, nossa gente.
(Mote: Rodrigues Neto)
Nesta ode canto somente
A luz, o amor e a
beleza,
Refletem, tenho certeza,
O nosso meio ambiente;
Quem tem sempre o bem na
mente,
Rega nele p’ra crescer,
Depois, vê-lo florescer,
No seio da humanidade
E falar com liberdade;
Nossa vida, nossa gente.
Nome Batismal: Luiz Cláudio Costa da
Silva, nome Literário: Luiz
Cláudio - Natural de Macau/RN- Brasil, reside em Natal (RN), Brasil,
filho de Francisco Germano Sobrinho (falecido) e Maria do Rosário Costa da
Silva. Membro da Academia de Trovas do Rio Grande do Norte (ATRN); membro
fundador da Associação Potiguar de Literatura de Cordel (APLC). É
poeta Parnasiano, Realista, Lírico, Romântico, Modernista, Trovador, Glosador,
Resenhista, Articulista, Professor, Integrante de diversas Antologias
Literárias. Tem vários trabalhos publicados em Revistas e Jornais bem como em
mídias digitais.
LUIZ POETA
EU ALMA
Minha alma se confunde
com quem sou:
Sou espírito, sou
aura... sou matéria.
Quando escrevo, já não
sei onde é que estou,
Pois a tinta que me dou
é sempre éterea.
O meu voo me faz poeta e
passarinho,
Meu caminho pelos
ermos mais azuis
Faz a luz redesenhar um
novo ninho,
E esperar esse voar que
me seduz.
Muitas vezes alguém vem
– que nem conheço –
E perscruta o meu avesso
mais feliz,
Me ditando muito mais do
que eu mereço,
Transformando-me (de
novo) em aprendiz.
E é assim... quando uma
lágrima rebrota
Dos amores que plantei
no meu sorriso,
Há um pranto que
derramo... e ninguém nota...
Choro a fonte imortal do
paraíso.
Se sou alma? Sou apenas
complemento
Desse vento que me leva
a cada flor
Polinizo assim,
num tênue sentimento,
O momento mais feliz do
meu amor.
Luiz Gilberto de Barros
Às 12h20min do dia 15 de agosto de 2015 do Rio de
Janeiro, a partir da pergunta da minha amada maninha de letras e
artes Walkyria Garcia: “O que o poeta escreve é o que lhe vai na alma?“
LUCIA MARIA CHATAIGNIER
DE ARRUDA
Rio de Janeiro (RJ) -
Brasil
POESIA DO DESENCANTO
Cá, no meu canto,
Escuto o cantar dos
passarinhos acordando.
Espio o mundo pela
janela, a natureza tão bela
Enquanto eu não vejo
mais sentido na vida...
Foi-se o tempo da
alegria, achegou-se o isolamento
O sorriso, a esperança.
Escolho o silêncio como
um escudo
Para não colher o
desencanto
De palavras de amor
inexistentes
De rudes críticas fúteis
Por eu haver
envelhecido...
Chega a noite e aguardo
a chegada dos sonhos
Que trazem recordações,
canções
De um tempo querido, mas
perdido.
Vou definhando, chorando
escondido
Aguardando a morte...
Lucia
Maria Chataignier de Arruda - Psicanalista, Mestre em
psicanálise e sociedade (foco em psicanálise e cinema), doutoranda em
psicanálise e sociedade (foco em psicanálise e literatura). Escritora de contos
e romances (com oito livros publicados no Rio de Janeiro, São Paulo e Paris), roteirista
de cinema e
TV.
LÚCIO REIS
Belém do Pará – Brasil
FUTURO BRASILEIRO?
Sabemos todos que o futuro é um túnel longo e
escuro e que, a sua saída está adornada por várias???, Algumas que nos trarão
como respostas satisfações, mas, por certo há outras tantas mais que nos
ofertarão decepções, muitas lamentações e demasiadas tristezas.
Não resta dúvida, por outro lado, que no presente,
ao serem lançadas boas sementes em terreno fértil, no amanhã, bons frutos serão
colhidos, pois como já afirma o dito popular: quem planta colhe! Realidade de
já há algumas eras e que ainda hoje é atual.
Porém, ao observarmos o que vem sendo semeado
atualmente no Brasil, já é possível agora, visualizarmos ou projetarmos que
nossa colheita não será nada proveitosa, mas sim, os frutos só trarão razões de
sobra para o choro e ranger de dentes, tendo em vista que o adubo é de péssima
qualidade e outros insumos podres e, portanto, estragados. E, além disso, a
mediocridade, invariavelmente é o arado ou carro chefe do que é exposto
publicamente à nossa gente e a quem de fora se aventure a observar desde os
sulcos no terreno que a todos é mostrado.
O quadro que se nos apresentam hoje, quer no
campo político, quer na área artística e no convívio diário entre componentes
de nossa sociedade, contem a receita ou fórmula infalível para que logo logo,
os valores morais, éticos e tudo o que rege o convívio saudável, racional no
meio social, sejam todos jogados no lamaçal das perversões e todos os limites
do aceitável sejam abolidos, esquecidos e desconsiderados, portanto, os
teóricos que já passaram por cadeiras em salas de aula de universidades, pela
exposição pública de seus entendimentos e conclusões, transmitem que, nem mesmo
os escritos e ensinamentos bíblicos devam ser considerados e muito menos
respeitados e, por via de consequência, os códigos éticos, racionais e legais,
também devem ser apagados da mente e até mesmo pisoteados, pois o que valerá é
a libertinagem e total desregramento.
E ante esse quadro, nem há que ser referido as
pregações nas varias denominações de fé e que, abrangem centenas de
milhares de fies o que, pode indicar que o efeito é adverso do que é
efetivamente pregado nos púlpitos e milhares de templos em nosso Território.
As artimanhas das investidas, excluindo-se os
escrachados, condenáveis e abomináveis atos devastadores da corrupção
sistêmica, endêmica e de enorme abrangência nos e sobre os poderes constituídos
e, o desnudar das autoridades dos preceitos elementares de honestidade e
lisura, trazem a capa ou manto de que a falta de limites em relações sexuais,
quer no que se refere aos seres de mesma espécie ou inter raças, independente
se é ou não racional, ou quer no que se refere a faixa etária que pode estar
presente no ambiente do que é e está sendo exposto e publicamente mostrado e, a
isso tudo é colocado o pomposo carimbo e a moldura de ser arte. E o que é pior,
algumas contando com o apoio do estado, o qual como sabido transbordando de
executores de sua política praticantes contumazes do desvio de caráter e que,
usa da abdicação de impostos através de leis de incentivo a cultura. No caso, a
cultura da perversão e destruição de valores racionais.
Pelo que se constata, há a sugestão de que uma
orquestração de valores rasteiros, sob a batuta de desvios, construiu uma
partitura, que oferece à sociedade nacional o do re mi do hino da inversão de
valores e fá sol lá si dó estribilho da degradação moral e ético, para no
amanhã que breve se apresentará enterrar a Nação no fosso lamaçal da completa
destruição, como o foi, por exemplo, com Sodoma e Gomorra.
Os meios de comunicação ficaram e estão ao
alcance de todos independentes da faixa etária e, o que é de se lamentar é
lermos posicionamentos de quem a rigor não usa antolhos de única direção a
ignorância, a principio, pois teve oportunidade de colher um forte farol no
terceiro grau, mas, pelo visto saiu dele portando um canudo de papel e também
saiu não com uma lamparina ou vela na mão, mas, com a luz de um vaga-lume para
parecer e ou se mostrar o politicamente correto.
É bem verdade que também se tem oportunidade de
tomar conhecimento de posicionamentos em defesa da moral, dos bons e úteis
costumes e mui especialmente do respeito à dignidade e a inocência da criança.
As trevas pairam sobre nossa Nação, a ventania do
desrespeito vem arrasando valores, mas, com certeza a luz do que é digno útil e
abençoado é que brilhará em nosso amanhã, pois o mal é passageiro e o bem é e
será vitorioso, pois afinal jamais esteve em guerra com o contrário.
Lúcio Reis -
Escritor, Contista e Poeta. Belém do Pará – Brasil.
LUCIENE FREITAS
Recife - Brasil
13-07-2007
O SONHO
Canta, que
tua voz ardente e moça
faz com
que eu sinta a meiguice
das
palavras que a vida não me disse.
Gilka
Machado
(encantamento).
Nem
Freud, nem Jung ficariam surpresos quando a mulher falou.
–
Sonhei com meu pai.
Como,
se convivera com ele, apenas, quando bebê? Ainda ia completar dois anos quando
foram separados.
- Estava escorado num balcão de
cerâmica, da cozinha. Uma das pernas encostada na parede, cabeça baixa.
Espreitava com atenção a atitude da mulher. Esta ia de um lado para o outro
arrumando sacolas.
Alto,
esguio, de pele marrom. Um homem bonito.
De
uma porta aberta entrava a luz natural, uma grande árvore balançava os galhos
pela força do vento.
A
cortina de lembranças, do mais profundo consciente, balançava em detalhes
figuras de um tempo ido.
Uma viajem a cavalo lhe chegava como
recorte de uma fita interrompida, quem sabe pelo fato inesperado que marcou a
passagem? O barulho de um carro fez o animal levantar as patas dianteiras, o
avô e a menina foram ao chão. Na queda, amortecida pelo corpo do avô, apenas a
admiração - caí!
Na
casa dos avós todos queriam saber das novidades que a menina trazia. Uma nova
vida se iniciava.
Impedida
de sair pelos bloqueios dos parentes, a imagem do pai, jovem, ficou guardada no
fosso. Não deveria aparecer naquele contexto.
Prefaciando a história descrita em
outra versão, em sonho, a personagem reaparece marcando o lugar que não estava
perdido. Apenas encoberto por uma camada de lama, espessa.
Nenhuma
foto, nenhum contato estreitaram os laços de sangue que os unia. Apenas o sonho
reativou a lembrança fotográfica.
Luciene
Freitas - escritora
brasileira,tem formação em Letras, com Pós Graduação em Língua Portuguesa, faz
parte de um expressivo número de associações literárias.Entre a poesia e a
prosa recria a realidade segundo suas convicções, ideais ou vivências. Nesta,
aborda o conto, a crônica, as parábolas, o romance, os aforismos ou a pesquisa.
Com 18 livros publicados, trabalhos espalhados em jornais e revistas de
Portugal, Argentina e Itália, está presente num bom número de antologias,
livros, revistas, jornais, blogs, sites.
MAGALI OLIVEIRA
FOCO... FÉ
Aquele dia de sol ardente
Coração fechado
Pensamento pousa ...
Repousa na mente ofegante.
Dias de melancolia
Atravessa tardes de adrenalina
Corpo atento aos pés doidos
Mas que caminha até o final
Nada muda neste momento
Nem mesmo a fé constante
Que permanece no coração
Que dias melhores virão.
Magali Oliveira
Aquele dia de sol ardente
Coração fechado
Pensamento pousa ...
Repousa na mente ofegante.
Dias de melancolia
Atravessa tardes de adrenalina
Corpo atento aos pés doidos
Mas que caminha até o final
Nada muda neste momento
Nem mesmo a fé constante
Que permanece no coração
Que dias melhores virão.
Magali Oliveira
MARCELO DE OLIVEIRA
SOUZA
Salvador (BA) - Brasil
OUTUBRO ROSA
As rosas vão sendo apertadas
Elas vão desfalecendo...
As pétalas caindo,
Umas dão o retorno
Com uma espetada,
Não podem ser maltratadas!
Outras rosas são apertadas
Apalpadas e cuidadas
São tão singelas quanto...
Ainda mais amadas
E cuidadas, mesmo na pressão !
Com as mãos espalmadas
Elas procuram atenção
De um lado e do outro
As rosas são atendidas
Muitas saudáveis outras feridas...
Mas nunca são atingidas
Pela foice maldita
Quando para o autoexame
For dirigida.
As rosas vão sendo apertadas
Elas vão desfalecendo...
As pétalas caindo,
Umas dão o retorno
Com uma espetada,
Não podem ser maltratadas!
Outras rosas são apertadas
Apalpadas e cuidadas
São tão singelas quanto...
Ainda mais amadas
E cuidadas, mesmo na pressão !
Com as mãos espalmadas
Elas procuram atenção
De um lado e do outro
As rosas são atendidas
Muitas saudáveis outras feridas...
Mas nunca são atingidas
Pela foice maldita
Quando para o autoexame
For dirigida.
Marcelo de Oliveira
Souza, IWA – reside em Salvador,
Bahia – Brasil. Escritor e Organizador do Conc Lit Poesias sem Fronteiras.
Instagram:
marceloescritor
MARDILÊ FRIEDRICH FABRE
Ó POETA...
Ó Poeta, inflama-te
a dor.
Dos teus olhos pingam palavras
E teus tímidos versos lavras,
Perpetuando
o teu amor.
Teu coração verte-lo em rimas
Na cadência do teu lamento.
Tua mão vacila um momento.
Por que, Poeta, não te animas?
Ouve. Lá fora existe vida.
O mundo canta em sinfonia.
Descreve-o em alegoria,
Salva-te
da mágoa homicida.
Dá outro tom ao teu poema,
Cria imagens de regozijo,
Não sejas contigo tão rijo,
Deixa-te amar.
Inverte o tema.
Mardilê Friedrich Fabre - é natural de Cachoeira do Sul (RS). Vive em São Leopoldo (RS).
Bacharel e licenciada em Letras Neolatinas, é professora,
escritora, poeta, revisora de textos, antologista e dedica-se ao
voluntariado. Participa de 63 antologias. Em literatura, seu interesse se
volta para as formas de composições poéticas que estuda e
pratica. Publicou Literatura Gaúcha em Síntese (esgotado), Poesiaem gotas:
tancas, fibhaikus e
poetrix, Rumos da Poética no Século XXI, À Moda Antiga:
Poemas, Entardecer com Aldravias, Confidências em Overtrips, Nos
Desvãos dos Sonhos, Versos Tecidos de Vida e
o audiolivro Segredos... (CD de poesias
recitadas e ilustradas).
MARICE PRISCO
Rio de Janeiro (RJ) –
Brasil
CRIAR VALE A PENA
A arte é dolorosa!
Quer no momento em que é
feita,
quer no caminho para seu
reconhecimento!
Seu momento de criação
passa por fases
muitas vezes doidas e
angustiantes.
O processo que o artista
enfrenta
para se fazer conhecido,
amado,
respeitado pelo seu
trabalho
e reconhecido por todos,
é lento,
um caminho de pedras
mas, gratificante!
Seja na música, na
pintura,
nas letras, na poesia,
no teatro, no cinema,
todo o processo de
criação
vale a pena!...
Marice Prisco - Advogada, poeta, escritora, comendadora e artista plástica.
Premiada em diversos Salões de Arte e Concursos Literários. Possui Moções da
Câmara Municipal do RJ e de S. Félix do Araguaia/MT. Presidente da ALAP
(Academia de Letras e Artes de Paranapuã), Membro da FALASP, da FALAEMG e de
várias outras coirmãs. Diretora Secretária da Associação Cultural Barão de
Ayuruoca (MG). Possui obra no acervo do Museu Maria da Fontinha, em Castro
Daire, nas Pinacotecas fundadas pela ALAP na Câmara Municipal de Figueiró dos
Vinhos e Alcanena. Membro Fundador da Academia de Letras e Artes Lusófonas,
todas em Portugal. Diretora da APALA, da ABD e do InBrasCI. Participou de
várias antologias, revistas e livros de artes.
MARINA MOREIRA PEREIRA
Rio de Janeiro - Brasil
SEMPRE ESPERANÇA
Ninguém pode viver sem
esperança,
seria o mesmo que viver
sem Deus
e abandonar pra sempre
os sonhos seus.
Se contemplar o céu verá
bonança
e a qualquer incerteza,
diz adeus.
O sol remove a sombra e
a insegurança
de todo homem idoso e da
criança,
energiza os cristãos e
os ateus.
Beneficia a toda
criatura
no transcorrer dos anos
incessantes,
nos ensinando a amar os
semelhantes.
A fonte nos fornece a
água pura...
Reflete nisso e esquece
as aflições.
A vida sempre traz as
soluções!
Marina Moreira Pereira
MAROEL DA SILVA BISPO
Feira de Santana (BA) -
Brasil
RESQUÍCIOS DA SOLIDÃO
A
solidão é um vago olhar pelas frestas da alma.
A solidão é o resultado cabal da vontade de sumir no horizonte,
Desespero silencioso do espírito na imensa e encantadora vida.
Ir ou não ir?
Viver ou morrer?
Existir ou não existir?
O eu interior é absorvido pelo vácuo dessas tristes impressões.
Liberta-te! Foge logo desse labirinto opaco: a vida solitária!
O Sol brilha forte lá fora. Há tanto frio e chove aqui dentro.
Atônito, reverbera tua infinda dor. Densas gotas de desesperança...
Um abismo fatal que impede de ver o amanhã.
Toda essa paisagem cinza te fez chorar.
Pra
quê olhar mais?
O
pranto te circunda, convergindo o teu pensar.
Ir
ou não ir?
Viver ou desviver?
Existir ou não existir?
Reflexos indescritíveis da criatura dita humana.
Insolentes versos do taciturno cotidiano.
Será tudo isso mesmo realidade? Ou apenas inópia existencial?
Maroel da Silva Bispo - é poeta e escritor, nascido em 29/11/65, na cidade de Feira
de Santana-BA, licenciou-se em Letras pela Faculdade de Tecnologia e Ciências e
atualmente cursa Psicologia na Universidade Estadual de Feira de Santana-BA. É
coautor do livro A cidade dos meus Sonhos. Obteve em 2015 o 4º lugar no 1º
Concurso Municipal de Poesias de Feira de Santana-BA. Foi selecionado para
publicar seus textos poéticos em duas coletâneas, sendo uma organizada pela
Prefeitura Municipal de Feira de Santana, em 2015 e outra pela Universidade
Estadual de Feira de Santana, em 2016. É também, o editor-chefe da
Revista Literária Inversos, periódico digital online voltado para a cultura e a
literatura em geral.
MAURA SOARES
NO FRIO DA NOITE
Como aconteciam quase todas as noites, acordara
de madrugada, fora ao banheiro e, ao voltar para o aconchego das cobertas,
naquela noite fria, resolveu pegar o livro que deixara no criado- mudo e ler mais
um capítulo antes que voltasse a dormir.
Estava já no segundo capítulo da leitura, quando
ouviu vozes alteradas sob sua janela.
“Não é possível que alguém venha a esta hora da
madrugada e fique discutindo logo abaixo da minha janela”, pensou.
A discussão continuou. Palavras de baixo calão.
Resolveu ver quem era.
Tirou o peso das cobertas e levantou-se.
Arrepiou-se; a noite havia sido fria demais. Nem o aquecedor aliviara, mas aos
poucos o sono chegara e adormecera até àquela hora em que ouvira a palavra
“vagabunda” dita com raiva.
Apagou o abajur e espiou afastando um pouco a
cortina.
Um casal saíra do carro estacionado bem abaixo,
no seu ângulo de visão.
Ainda tonta de sono e com a vista turva, não
identificou se era algum vizinho.
Pareciam jovens, mas suas feições ficaram
difíceis de reconhecer.
Só a palavra sendo repetida: vagabunda.
Ele a segurava pelo braço, ela tentava se
desvencilhar, mas nada dizia.
“Estão bêbados”, ela pensou. “Se ele a agredir,
vou chamar a polícia”.
Observou o prédio defronte. Ninguém viera ver o
que estava acontecendo.
“Será que só eu estou acordada?”.
Esperou mais um pouco para entender o que se
passava.
A mulher ainda tentando se desvencilhar, falava,
mas sua voz era baixa demais para que o som subisse e ela pudesse ouvir e ver
se a ajudaria ou não chamar a polícia, que àquela hora da noite já deveria
estar cansada de prender bandido, apartar casais e escapar de tiroteios.
Poderia ser que nem a atendessem, que o policial
de plantão na Central estivesse tirando um cochilo, porque ninguém é de ferro e
qualquer um de plantão não consegue ficar 24 horas acordado direto sem
pestanejar.
“Larga”!
Ah, a mulher falou mais alto, e a observadora
percebeu que evitava gritar.
“Será que é alguma vizinha que não conheço e não
quer acordar chamando a atenção dos pais por chegar tão tarde em casa”?
A insone observou o relógio da cabeceira: 4.25h.
Seus pés já estavam gelados, mas não queria largar a janela, pois a curiosidade
era maior do que ela.
“Vagabunda”!
De novo, ele só dizia isto. O que será que irá
acontecer? Ela irá correr? Ele irá atrás dela com uma faca?
Leitora de romances policiais, torcia para que
algo acontecesse a fim de contar ao policial quando o assunto se tornasse
público.
Nisso, a jovem (parecia ser jovem!),
desvencilhou-se e correu pela avenida. O rapaz (parecia ser um jovem) correu
atrás dela.
A jovem largou os sapatos de salto altos e
correu mais do que ele.
“Pronto. Vai correr para longe e não poderei
fazer nem dizer mais nada”.
No ponto de táxi, o taxista foi despertado pela
jovem batendo no vidro. Ela abriu a porta do carro, deve ter travado, e antes
que o jovem chegasse, o táxi arrancou cantando pneus.
O jovem começou a xingar mais alto, mas já era
tarde, pois o táxi já entrara na primeira curva e sumira de sua visão. Até
retornar ao carro para eventualmente persegui-la, a jovem já estaria longe.
Com passos trôpegos, ele voltou ao carro e
seguiu pela pista contrária em direção oposta ao táxi.
A observadora, pés gelados, sem sono agora,
ficou a ver o que acontecia.
Nada mais. A rua estava quieta de novo.
A leitora assídua de romances, pronta para
participar de um inquérito policial, deitou-se, puxou as cobertas, virou para o
lado e tentou dormir.
Sua cabeça fervilhava.
Frustrada por não ter uma boa história para
contar para seu vizinho Alfredo que, como ela também era leitor de obras de
mistério, olhou o relógio: 5 e 10 minutos.
Madrugada de sábado. Sono para recuperar.
Havia combinado com sua amiga Andrezza que iria
com ela ao shopping. A amiga queria fazer compras pela manhã, almoçar no local
e assistirem a um filme. Enfim, algo a fazer num sábado sem grandes novidades
para duas mulheres na casa dos quarenta anos, com filhos cuidando de suas
vidas.
Sem grandes novidades para contar para a amiga,
pensou em entrar numa livraria no shopping e comprar mais um romance.
“Quem sabe ali aconteça algo mais concreto”!
Pensando assim, virou para o lado, os pés quase
quentes novamente, e adormeceu.
Despertada às 7 horas, levantou-se para mais um
dia.
“Quem sabe Andrezza teria algo mais interessante
para contar”?
O dia de sol prometia.
Maura Soares
9 de setembro de 2017, 6h01min.
MARIO REZENDE
CAIPORA JURURU
Homem branco
não sabe fazer sinal de fumaça,
bota fogo na mata.
O lume clareia a escureza
na mata virgem,
pinta de sangue o céu,
vira cinza o verde do mundo,
enluta o coração aborígene.
Cari babaquara,
caipora jururu.
A água do rio vai e não volta,
os bichos fogem para lugar
nenhum,
a caça rareia,
a fome veio para ficar
e o índio também não tem onde
morar.
Cari babaquara,
caipora jururu.
A mãe terra vira areia,
india bonita não tem aonde
a sua beleza banhar.
Homem branco
tinha que ficar no seu lugar.
Cari babaquara,
caipora jururu.
Mario Rezende
MAURICIO DUARTE (DIVYAM
ANURAGI)
São Gonçalo (RJ) -
Brasil
A NATUREZA DA POESIA
O poema é como um
esplendoroso
amanhecer: pode brilhar
muito,
mas não é tão forte e
tão poderoso
quanto o meio dia e, em
tal fortuito
esquecimento, nos dá
alegria...
O poema é como o
nascimento,
encerra em si mesmo
potência
máxima de todo o seu
momento,
em uma tal vontade, sem
carência,
que é luz, mil raios,
extasia...
O poema é como uma
floresta,
todas as suas espécies
tem seu valor:
se uma só perecer, cai,
nada resta;
e é assim porque foi
feita com amor
pelo Criador que tanto
bem queria...
O poema é como uma onda
alta,
vai bem acima, mas no
fim tem
que descer, trazer do
mar a malta
dos marulhos na areia,
porém quem
diria ser, sim, menos do
que poesia...?
Mauricio
Duarte
- é escritor, poeta, artista visual e ilustrador. Formado em Desenho
Industrial – Programação Visual na Escola de Belas Artes da UFRJ. Foi
selecionado para a Coleção Sementes Líricas da editora Literacidade. Membro
Correspondente da Academia de Letras de Teófilo Otoni. Membro da SAL
(Sociedade de Artes e Letras de São Gonçalo). Membro na cadeira 18, com o
Patrono Paulo Coelho, da Academia de Letras Virtual do Grupo Intenção e
Gestos. Membro da AGLAC (Academia Gonçalense de Letras, Artes e Ciências)
na Cadeira 56, com o Patrono Marechal João Batista de Mattos.
MARIA BEATRIZ SILVA
(FLOR DE ESPERANÇA)
O UNIVERSO ESTÁ EM FESTA
Na boca da mata
Corre uma cachoeira de
sons
Ouve o barulho das águas
Como se fosse uma
orquestra
Água cristalina
Pedra de prata
E aves que catam por lá
Festejo das gotas do rio
Parecem águas no cio
Que caem das alturas
Provocando aventuras
Entrelaçando segredos
enfeitando paisagens
enfeitando paisagens
Hipnotizando colinas
Tal MOÇO estiloso
Completa o cenário
Ao ritmo duma sonata
Harmonia com a vida que
lhe sorri
Encanto que acalma
Paz infinita
Lava a alma
Paisagem bendita!
Verdadeiro cartão postal
Beleza assim, não tem
igual.
Maria Beatriz Silva ( Flor de Esperança) - Diretora fundadora do CCMB, fundadora e presidente da
ACEFE. Poetisa, escritora, palestrante, oficineira, trovadora, aldravista, acrosticista,
artesã, desenhista, letrista e Ativista Cultural. Conselheira Suplente do
conselho de Política Cultural RJ, Organizadora Nacional do Circuito Cultural
Arte Entre Povos, Assessora da Senadoria Cultural RJ, autora do livro Trovas ao
Luar, Delegada Acadêmica correspondente da Academia de Letras, Artes e Ciências
de Rio das Ostras, Membro Correspondente da Academia de Letras Buziana, Cônsul
dos poetas Del mundo pelo Chile, Amiga da Escola, Assessora do Intercâmbio
Cultural do Portal CEN – “CÁ Estamos Nós” – Brasil/Portugal. Teve seu projeto
em Exposição no Museu Dom Diego Braga em Portugal. Tem e-books publicados e
hospedados em Portugal. Participações em várias Antologias nacionais e
internacionais. Detentora de vários prêmios literários pelos seus serviços
prestados a cultura. Usa o pseudônimo (Flor de Esperança) para assinar os seus
textos literários.
MARIA DO CARMO COSTA
Minas Gerais
BELEZA INTERIOR
Belas, elegantes,
maravilhosas,
com o
visual impecável,
e que a alma é,
de uma doçura
sem fim!
Às vezes as pessoas
são bonitas
não pela aparência e nem
pelo que dizem,
são bonitas pelo que são!
Sabem ser agradáveis
e atenciosas
irradiando simpatia
em qualquer situação!
Algumas são doces
como o mel de uma linda
flor
adocicando e alegrando
nossos dias!
E afortunadamente,
existem pessoas que são
como o vinho,
que quanto mais
envelhecem,
tornam-se preciosidades,
para um brinde
à vida!
Maria do Carmo Costa - filha de João Américo da Costa e Eunice Matos da Costa,
nasceu em Prados (MG), mas desde criança reside em São João Del Rei, (MG).
Professora aposentada do ensino básico. É formatadora e a poesia encontrou
aconchego em sua vida desde 2010. Já participou de várias Cirandas e atualmente
faz parte do Clube de Poetas. É uma eterna apaixonada pela vida e pelo amor!
MARIA JOÃO BRITO DE
SOUSA
Oeiras, Portugal
Oeiras, Portugal
SONETO A PRETO E BRANCO
Escuridão que te
exaltas, arrojada,
no sincelo da carne em
que me sou,
mesmo quando de meu não
tenho nada,
por mais que nada seja o
que te dou,
Tens sido sempre a cor
da minha estrada
e a noite que os cabelos
me enfeitou
quando ao longo da longa
caminhada,
nela cresci e o mais me
abandonou.
Se és ausência de cor, o
que me importa?
Serei da mesma cor, que
dizem morta,
mas amo a Vida mais do
que ninguém
E afirmo que nenhuma cor
conforta
tanto quanto este negro
que recorta
palavras sobre o branco
que as contém.
Maria João Brito de Sousa
09.10.2017
– 12.07h
MARIA MAMEDE
PARAÍSO
Fim de tarde!
A água da lagoa
ondula, lentamente
embalando os barcos
presos na margem.
Serena
a tarde desce
sobre os coqueiros
que bordejam as margens;
por entre eles
casas
manchas brancas
furando o verde…
se há Paraíso na terra
este é por certo
a sua antecâmara!
Maria Mamede
(Poemas Brasileiros –
Marechal Deodoro)
Maia
Mamede
- escreve há mais de cinquenta anos
e publica desde 1977. É membro da Associação Portuguesa de Escritores (APE)
desde 1984. Tem 20 livros publicados e faz parte de mais de 20 antologias,
algumas das quais coordenou. Faz parte do “Dicionário de Escritoras Portuguesas
(das origens à actualidade), 2009, Editora Mulheres, Ilha de Santa Catarina,
Brasil. É uma das fundadoras dos Movimentos Arte e Cultura e da AICEM e
Associação do Idioma e Culturas em Português. Tem poesia espalhada por Jornais,
Revistas, Sites e Blogs de Poesia nacionais e internacionais.
MARIA VILMA MATOS PEIXOTO
Fortaleza (CE) – Brasil
ROMPIMENTO
A mente temia
O descompasso do coração.
E tudo por conta
De uma enorme confusão
No peito
O pesar.
A alma em pranto soluçava
E gemia
Não aceitava o fato...
Quanta covardia!
No íntimo
A razão dizia:
Não tem mais jeito
É mesmo o fim
E o vínculo acabou
O elo partiu
Maria Vilma Matos Peixoto
NADILCE BEATRIZ
Caxias do Sul (RS) -
Brasil
SE
Não passas por mim a contemplar-me
Sabes que nossos olhos
entendem-se
Torturas teus
sentimentos
Ferindo meu coração
Nossos encontros são
passagens secretas
Entre o que queremos
E realidades concretas
Subo à colina porque ali
passam teus pensamentos
Encontras nas pedras
meus passos
E assim escondemos a nós
mesmos
Na clareira das vaidades
Não sonhes assim, sem
minha permissão
Estou presente entre
teus braços
E somos dois, a esconder
uma união
Todo dia segue-me,
sigo-te
Não queremos saber de
nós mesmos
Negas que te pertenço
Sofro porque temo tua
omissão
Este correr para o nada
de procuras
Juntos adormecemos
separados
Somos fiéis sem fazer
juras
Um dia, se, um dia
qualquer
Nossas mãos se tocarem
Como saber quem primeiro
chegou ao encontro,
Se somente contemplamos
o amor?
Somos dois animais à
cata do mesmo alimento
Mas perdemos o faro
Que nos leva ao
atrevimento
Quando o sol baixa sem
divisas
Andas além de ideais
carinhosos
Eu, ando além de um
abraço ao luar
E estás tão perto...
Estamos aconchegados
numa saudade
Que ainda não aconteceu
Tão desastrosa quanto à
piedade.
Nadilce Beatriz
NEUSA MARILDA MUCCI
"QUERO UM
AMOR"
Quero um amor
puro e forte,
que seja verdadeiro,
que tenha olhos
para verem apenas os olhos meus
Quero um amor
diferente, em calma despontando,
que chegue pelo horizonte
trazendo na face um sorriso
simples e faceiro,
mostrando ser bem humano
Quero um amor
corajoso, que se encante comigo,
tendo tempo para saber
que os anos de minha vida,
os dias dela também,
cada minuto e segundo,
seriam apenas seus
Quero um amor
pegando minhas mãos, me guiando,
levando-me por uma trilha florida,
em direção ao futuro,
fazendo de nossas vidas
uma só guarida
puro e forte,
que seja verdadeiro,
que tenha olhos
para verem apenas os olhos meus
Quero um amor
diferente, em calma despontando,
que chegue pelo horizonte
trazendo na face um sorriso
simples e faceiro,
mostrando ser bem humano
Quero um amor
corajoso, que se encante comigo,
tendo tempo para saber
que os anos de minha vida,
os dias dela também,
cada minuto e segundo,
seriam apenas seus
Quero um amor
pegando minhas mãos, me guiando,
levando-me por uma trilha florida,
em direção ao futuro,
fazendo de nossas vidas
uma só guarida
Neusa Marilda Mucci
NEYD MONTINGELLI
Curitiba (PR) - Brasil
HOMENAGEM À POETISA
HELENA KOLODY
Helena, mais que Kolody
Sob os cachos prateados
na mente criativa
borbulharam
mil poemas laureados
que aos novos poetas
nortearam.
Paranaense de
nascimento,
ucraniana de
descendência.
Ensinar era seu
alimento,
a poesia era sua
ciência.
Transformou sua infância
em poesia
ao observar as flores
dos jardins.
A vida era real, era
fantasia,
ao correr e brincar com
os mirins.
Aclamada pelos antigos,
seus escritos pelo
Brasil afora.
Leminski, Drumond, mais
que amigos,
sempre a aplaudiremos,
outrora e agora.
Neyd Montingelli nasceu em Curitiba é casada e tem 4 filhas. Formação
em Psicologia, Nutrição e Laticínios. Tem 23 livros solo e participa em 100
antologias. Foi premiada em concursos de contos e poesias. Membro da ALB e
ALUBRA/SP, Centro de Letras do Paraná, Núcleo de Letras e Artes de Buenos Aires
e Lisboa, Embaixada da Poesia e ALMAS/Ba. Recebeu troféu Cecília Meireles, Cora
Coralina, Federico Garcia Lorca; Medalha Monteiro Lobato; Medalha Melhores
Poetas e Troféu Melhor Cronista, Melhor Contista, entre outros. O livro Cavalos
e contos recebeu o prêmio de Melhor Livro de Contos de 2015/16 em Ouro Preto.
Recebeu o prêmio Literarte 2017, pelo conjunto da obra.
NICE VENTURA
Iguaba Grande (Região
dos Lagos) – RJ
A CARTA QUE TE ESCREVI
Acúmulo de sentimentos, paixão que queima...
Admiração por ti... Um sonho desejado...
Te amei muito, nunca viestes saber.
Decidi escrever. Escrever uma carta de poesia...
Meu coração arremessava na amplitude,
Deste amor oculto...
Faltava-me ousadia! Não nos conhecemos,
Amor à primeira vista! ...
Só imaginei as coisas que nunca me dissestes...
A descrição foi feita pelo meu íntimo...
Desejaria voar e pousar em ti!
Teus lábios pronunciarem o que nunca ouvi...
Escrevi uma carta, apostando em mim...
Confiando nas palavras, poderias entender,
Sem medo... Sem temor de um coração
Que deliberava emoção e a paixão que aumentava,
Em função dos obstáculos!
Assim, é o amor, vence os obstáculos!
Mas, o meu não venci.
Esta é a carta que te escrevi.
Nunca te enviei!
Nice poetry in Ventura
Nice Ventura
Acúmulo de sentimentos, paixão que queima...
Admiração por ti... Um sonho desejado...
Te amei muito, nunca viestes saber.
Decidi escrever. Escrever uma carta de poesia...
Meu coração arremessava na amplitude,
Deste amor oculto...
Faltava-me ousadia! Não nos conhecemos,
Amor à primeira vista! ...
Só imaginei as coisas que nunca me dissestes...
A descrição foi feita pelo meu íntimo...
Desejaria voar e pousar em ti!
Teus lábios pronunciarem o que nunca ouvi...
Escrevi uma carta, apostando em mim...
Confiando nas palavras, poderias entender,
Sem medo... Sem temor de um coração
Que deliberava emoção e a paixão que aumentava,
Em função dos obstáculos!
Assim, é o amor, vence os obstáculos!
Mas, o meu não venci.
Esta é a carta que te escrevi.
Nunca te enviei!
Nice poetry in Ventura
Nice Ventura
NOELI TARACHUKA
Curitiba (PA) - Brasil
Curitiba (PA) - Brasil
LIBERTAÇÃO
Quando escrevo, me liberto!
Liberto meus pensamentos,
liberto minha alma,
liberto meu espírito,
liberto-me de mim mesma.
Quando escrevo!
Não sou eu que escrevo,
não sou eu que penso,
não sou eu que sinto,
não sou eu que existo.
Nem sei quem sou de fato!
Quando escrevo!
é como se eu fizesse uma faxina mental,
é como se eu limpasse a casa,
é como se eu arrumasse a bagunça,
é como se eu organizasse meus pensamentos
colocando cada um deles em seus devidos lugares.
Quando escrevo, me liberto!
Liberto meus pensamentos,
liberto minha alma,
liberto meu espírito,
liberto-me de mim mesma.
Quando escrevo!
Não sou eu que escrevo,
não sou eu que penso,
não sou eu que sinto,
não sou eu que existo.
Nem sei quem sou de fato!
Quando escrevo!
é como se eu fizesse uma faxina mental,
é como se eu limpasse a casa,
é como se eu arrumasse a bagunça,
é como se eu organizasse meus pensamentos
colocando cada um deles em seus devidos lugares.
Noeli Tarachuka - nascida no Brasil na cidade de Curitiba-PR,
desde criança sempre gostou muito de desenhar e escrever. Na sua adolescência
tinha um caderno de poesias onde costumava escrever suas próprias poesias e
copiar outras que ela mais gostava, e um de desenho onde apenas fazia cópias
perfeitas. Quando adulta no ano de 2002 desenvolveu sua habilidade na pintura
em tela participando de várias exposições e premiações, e no ano de
2016
começou a poetizar também.
link da página ARTE
Poesia E Fotografia
https://www.facebook.com/NoeliTarachuka/
https://www.facebook.com/NoeliTarachuka/
PAULO DE SOUZA ROCHA
Viamão (RS) – Brasil
Viamão (RS) – Brasil
SOMOS INSTANTES...
Somos instantes...
de felicidade,
quando cruzares,
nossos olhares,
e então notares,
nossas almas... Similares...
de felicidade,
quando cruzares,
nossos olhares,
e então notares,
nossas almas... Similares...
Somos instantes...
de alegria,
quando ao raiar do dia,
no abrir os olhos,
entra na minha retina,
tua imagem linda,
fazendo minha vida, mais colorida...
de alegria,
quando ao raiar do dia,
no abrir os olhos,
entra na minha retina,
tua imagem linda,
fazendo minha vida, mais colorida...
Somos instantes...
de saudade,
quando no fim da tarde,
é saciada com tua chegada,
e nos meus braços aninhada,
reporta-me cansada...
como foi teu dia?... Amor!
de saudade,
quando no fim da tarde,
é saciada com tua chegada,
e nos meus braços aninhada,
reporta-me cansada...
como foi teu dia?... Amor!
Somos instantes...
de ternura e carinho,
quando à noite,
dividimos o vinho,
e brindamos a magia do destino,
que nos deu a vida,
para curtirmos juntinhos...
de ternura e carinho,
quando à noite,
dividimos o vinho,
e brindamos a magia do destino,
que nos deu a vida,
para curtirmos juntinhos...
Somos instantes...
de puro tesão,
quando com sofreguidão,
nosso amor se faz,
juntos ao ápice do prazer,
derramados de nossa paixão...
aquecendo ainda mais o coração...
de puro tesão,
quando com sofreguidão,
nosso amor se faz,
juntos ao ápice do prazer,
derramados de nossa paixão...
aquecendo ainda mais o coração...
Somos instantes...
de certeza,
de que todos esses instantes...
se repetirão, dia após dia...
e não haverá rotina,
capaz de quebrar minha sina,
de viver ao teu lado,
os instantes que somos
na vida... Da vida...
somos instantes...
de certeza,
de que todos esses instantes...
se repetirão, dia após dia...
e não haverá rotina,
capaz de quebrar minha sina,
de viver ao teu lado,
os instantes que somos
na vida... Da vida...
somos instantes...
Paulo de Souza Rocha - nasceu em Viamão/RS, em 26 de dezembro de 1972. Cursou o
Ensino Médio na Escola Estadual Setembrina, no mesmo município, destacando-se
nas aulas de Língua Portuguesa pela qualidade de suas produções. É farmacista
de profissão. Há muito escreve poemas, tendo preferência pela temática
romântica.
PEDRO PIRES BESSA
Divinópolis – (MG) - Brasil
CRÔNICAS EM GABRIEL
GARCÍA MÁRQUEZ
Gabriel García Márquez é um dos
maiores escritores universais, com obras-primas do romance e do conto.
Está também entre os que mais
se destacam no gênero crônica; nesse setor está seu livro: “Crônicas; obra
jornalística 5, 1961-1984, trad. e prefácio de Leo Schlafman. Rio de Janeiro:
Editora Record, 2006, 768 p.”, um conjunto de 173 textos, com a indicação das
datas de suas publicações, onde García Márquez fala de tudo: políticos do seu
país e do mundo, personagens marcantes de várias áreas, acontecimentos banais e
da mais alta relevância, tópicos sociais, seus sentimentos e convicções, etc.,
etc. etc., sempre dentro do que é uma crônica jornalística; sem perder jamais o
maravilhoso estilo de que é um consumado mestre.
Todas as suas crônicas são
primorosas e deliciosas de serem lidas, algumas delas tocaram-me profundamente
como as que falam sobre a flor em variados tópicos, um dos mais encantadores é
“Como as flores sofrem”, p. 297-300, de um lirismo enternecedor.
Outra criação de García
Márquez, “Crônica de uma morte anunciada, trad. Remy Gorga, filho, 49ª Ed. Rio
de Janeiro: Record, 2016”
Essa crônica faz-se por um momento do acontecer cotidiano, o assassinato de Santiago Nasar
pelos irmãos de Ângela Vicário, para lavar a honra da família. Ficou repleto de
recordações imprecisas e contraditórias; uma colossal nebulosa, que costuma
envolver o
modo de ser e de agir em profundidade
das pessoas humanas.
O narrador, que esteve presente
nesse acontecimento, resolve voltar ao lugar, vinte anos depois, para
entrevistar todas as pessoas que estiveram naquele momento, para tentar
elucidar o que realmente aconteceu e lançar uma luz no breu que durante todo
esse tempo escurecia tudo.
Após minuciosas entrevistas,
tentativas abundantes de chegar a alguma conclusão, ao final tudo está como
quando o livro iniciou: nada de novo.
O romance de Machado de Assis,
“Dom Casmurro”, criou o maior enigma da literatura brasileira: Capitu traiu ou
não seu marido Bentinho? Gabriel García Márquez, em “Crônica de uma morte
anunciada” cria também um colossal enigma: Santiago Nasar foi ou não o
desviginador de Ângela Vicário?
Essa obra de García Márquez
revela ainda que a crônica, com sua pequenez e instantaneidade, quando desvelada em todas
as suas potencialidades,
pode esconder valores infinitos e essenciais, em todos os modos de ser pessoa
humana.
Pedro Pires Bessa - de Divinópolis, MG, Brasil, nascido em 1940 – Doutor em
Teoria Literária e Pós-Doutor em Literatura Comparada pela UFRJ – Mais de 30
livros publicados – Mais de 100 artigos científicos em periódicos nacionais e
internacionais – Publicadas mais de 700 crônicas literárias – Professor Titular
Aposentado da Universidade Federal de Juiz de Fora, (UFJF) – Membro de várias
academias e instituições culturais – Pesquisa atual individual em Crítica,
Crônica Literárias e Poesia.
PINHAL DIAS
SÉNIOR SE INTERROGA NO
OUTONO
É Outono, com as folhas
caídas,
por elas se levantam mui
poemas,
cada vez mais as vidas
são traídas!
Nefasto sortilégio de
problemas.
A solidão vem provocar o
medo
por um desvio de
descontentamento,
Todavia outros fogem
desse enredo.
Vida acrescida, no
prolongamento.
No cair da folha…
Desfalecer!
É mente que tomba, se
arrefecer…
Sénior se interroga no
Outono
Numa estrela, virada pró
norte
Felizes os que adormecem
na morte
Mudança de plano, eterno
abono
Pinhal Dias (Lahnip) PT
RAIMUNDO ROCHA
Brasília (DF) – Brasil
SANGUE CIGANO
Penso que nasci por
engano
Até acho que tenho
sangue cigano
Nunca firmo num lugar
Minha sina é mudar
Nunca parei num só canto
Viajar é meu encanto
Quem sabe, cigano na
sina
Sem paradeiro eu vivo
Assim que me sinto bem
Nessa loucura de vai e
vem
Acho a vida muito boa
Nasci para ser andarilho
A felicidade sempre voa
Nasci pra ser cigano
Meu destino é mudar
Cada dia um novo plano
Não posso me aquietar
Essa é a vida que eu
quis
Assim me sinto feliz
Vivendo de viajar
A vida é uma canoa
Também tem popa e proa
Nós somos o canoeiro
Que passamos o tempo
inteiro
Aprendendo a remar
Quando o vento é forte
Quem vai pro Sul
Volta pro Norte
Mas não pode afundar...
Raimundo
Rocha dos Santos -
nasceu no dia 14 de maio de 1964, no Distrito de Vila de Fátima, no Município
de Cícero Dantas, Bahia - Brasil. Reside em Brasília Distrito Federal - Brasil.
Técnico em Agropecuária pela Escola Agrotécnica Federal de São Cristóvão,
Sergipe. Ex-funcionário concursado do Banco do Brasil. Escreve Poemas e Contos.
Apaixonado pela leitura e escrita. Participação na Revista Literária
EIFLUÊNCIAS, Edição de agosto/2017 e na 27ª Antologia Logos da Fenix –
Setembro/2017. Conhecido por Raimundo Rocha.
REGINA BERTOCCELLI
EM ALGUM LUGAR DO
PASSADO
Ficou em algum lugar do meu passado
a criança que sempre sorridente
habitava em meu coração.
Com ela deixei as brincadeiras de roda,
uma coleção de bonecas e cantigas de ninar.
Em algum lugar do passado deixei minha
alegria contagiante, minha irreverência...
Espalhei tantos sonhos, fiz tanta bagunça
que agora não consigo encontrar
os fragmentos de minha infância.
Perdidos, sei que não estão.
Guardados sim, mas onde
encontrá-los, se o passado
já se distanciou e o presente
minha lembrança ofuscou?
Regina Bertoccelli
RICARDO DE BENEDICTIS
MEU TEMPO
O meu tempo que termina
Sinal fechado na esquina
Como símbolo da dor...
Mas eu que não estou
doente
Transborde de amor
ardente
No passado já sem cor!
O meu tempo que
termina...
Sinal fechado na esquina
No final do corredor...
E eu que não sou
descrente
Vou plantando mais
sementes
De paz, alegria, e de
amor...
O meu tempo que
termina...
Sinal verde numa esquina
Libera, então, meu caminho...
Cumprida minha missão
Sempre escravo da razão
Sigo em busca do meu
ninho!
Ricardo De Benedictis - Jornalista, poeta, contista e cronista, nasceu em Poções,
Bahia Brasil, em 30/10/39. É Cidadão Italiano, filho do empresário Massimo
Antonio De Benedictis, de tradicional família de Trecchina – Itália e da Profa.
Nadir Chagas De Benedictis, natural de Salinas da Margarida. É
cantor/compositor, produtor cultural e editor de livros e discos em vinil e Cd.
Produziu dezenas de livros, discos e festivais em Conquista onde reside.
ROGÉRIO MARTINS SIMÕES
VOLTEI!
Venho dos limites do
tempo
De uma galáxia qualquer
Já fui mar, já fui vento
Agora sou pensamento
Aparado em dado momento
No ventre de uma Mulher!
Meu corpo é magistral!
Brutal! Perfeito! Soberbo!
De início não era verbo
Agora sou o verbo ser
Tenho comigo segredos
Segredos do universo
Transporto no corpo
recados
Escrevo em forma de
verso.
Venho dos limites do
tempo
Não sei o que fui e sou:
Deserto? Nascente?
Já fui Norte, já fui Sul
Pó astral, mar azul!
Luar, estrela cadente.
Eu me vou!
Partirei num cometa
qualquer
E serei novamente
pôr-do-sol.
Cor-de-rosa, aloendro,
malmequer!
Voltei... Já cá estou…
Agora sou pensamento
Nascido em dado momento
Do ventre de uma Mulher!
Nota: 23-09-2004
18:39. Aldeia do Meco. Simões, Rogério, in “GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO”, (Chiado
Editora, Lisboa, 1ª edição, 2014). (Este poema foi gravado em MP3 pelo Luís
Gaspar nos Estúdios Raposo –“Lugar aos novos”. (Registado no Ministério da
Cultura - Inspecção-Geral das Actividades Culturais I.G.A.C. Processo n.º
2079/09).
Rogério Martins Simões, Romasi - nasceu em Lisboa,
Portugal, em 1949 e escreve e rasga poesia desde os 12 anos de idade.
Participou em duas Antologias de poesia Contemporânea “Entre o sono e o sonho”
e em 2014, publicou um livro de poesia “GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO” todos pela
Chiado Editora. A pedido da Abril educação e Ática o seu poema “Darfur – Sudão”
foi incluído, na obra didáctica intitulada Fronteiras da
Globalização, de Lúcia Marina e Tércio, destinada ao Ensino Médio
brasileiro. Em 2003 criou um blog POEMAS DE AMOR E DOR no Sapo que já
ultrapassou os 4 milhões de visitas. Em 2002 foi-lhe diagnosticada a doença de
Parkinson que tem influenciado a sua poesia e a sua vida.
ROZELENE FURTADO DE LIMA
Teresópolis (RJ) -
Brasil
TINHA UMA ROSA NO MEIO
DO JARDIM
A perfeição era tanta e
tão exuberante
Que interrompeu meus
pensamentos
Que eram de dor e
desalentos
Fez parar meus passos
hesitantes
Porque tinha uma rosa na
passagem
Uma flor perfumada e bem
maquiada
Por belas borboletas
sendo beijada
Parecia fruto da
imaginação, uma miragem
Doando o néctar na dança
das abelhas
Um espetáculo completo
sem ensaio
Pétalas debruadas com um
dourado raio
Pelo sol enfeitiçado por
uma rosa vermelha
Ninguém colheu ou
quebrou a flor
A rosa faz parte do
caminho
Como faz parte dela o
espinho
Projetados como proteção
pelo Criador
Seja a rosa que for,
desabrochada ou em botão
De qualquer cor e esteja
onde estiver
Nos jardins ou nos
cabelos de uma mulher
Há sempre uma rosa no
caminho da paixão
Rozelene Furtado de Lima - (Teresópolis (RJ) - Brasil) Professora, bibliotecária,
escritora, contista, poeta, artista plástica. Coautora em 415 Antologias
nacionais e internacionais. Textos publicados em Portugal, França, EUA, México,
Espanha, Itália, Alemanha, Uruguai, Argentina, Chile, Bolívia e Suíça. Cinco
livros publicados. Membro de diversas Academias de Letras de Artes, entre elas,
a Academia Teresopolitana de Letras. Prêmios Nacionais e internacionais.
SEMIRA ADLER VAINSENCHER
Recife (PE) - Brasil
DESTINO
Destino, palavra ampla,
que se tenta adivinhar,
por vezes indo a videntes,
por vezes, só no sonhar.
Os caminhos, ou os destinos,
podem ter sido traçados,
bem antes do nascimento,
dos seres, tão variados.
A vida, porém, ensina,
e a gente deve aprender,
que apesar dos destinos,
ninguém deve se render.
Apesar das amarguras,
seja fome ou frustração,
destino a gente comanda,
em parte, com decisão.
Decisão de ir em frente,
as pedras, ir contornando,
lutando e, não, esperando.
Acreditar que o destino,
é traçado, é o que traz,
é esquecer que ele mesmo,
em parte, é o que a gente faz.
Destino, palavra ampla,
que se tenta adivinhar,
por vezes indo a videntes,
por vezes, só no sonhar.
Os caminhos, ou os destinos,
podem ter sido traçados,
bem antes do nascimento,
dos seres, tão variados.
A vida, porém, ensina,
e a gente deve aprender,
que apesar dos destinos,
ninguém deve se render.
Apesar das amarguras,
seja fome ou frustração,
destino a gente comanda,
em parte, com decisão.
Decisão de ir em frente,
as pedras, ir contornando,
lutando e, não, esperando.
Acreditar que o destino,
é traçado, é o que traz,
é esquecer que ele mesmo,
em parte, é o que a gente faz.
Semira Adler Vainsencher
SEVERINA MARIA DIAS BETA
(YNA BETA)
Rio de Janeiro (RJ)
- Brasil
HOJE
Hoje eu percebi
a frieza em teu olhar
uma rusga em teu rosto
como lâmina a atravessar!
Hoje eu decidi
não mais me humilhar
não sentir desgosto
nem te acariciar!
Hoje eu resolvi
te castigar
destronar-te do posto
não quero mais te amar!
Hoje eu consegui
deixar as lágrimas rolarem
mesmo assim a
contragosto
não mais me apaixonar!
Hoje, somente hoje!!!
Severina Maria Dias Beta (Yna Beta) - sou comerciante, aposentada, viúva, mãe de um casal e avó
de cinco netos. Adoro escrever quando tenho inspiração, apesar de não ser poeta.
Também gosto de fazer alongamento, ir à praia, cinema, teatro, viajar, passear
com meus netos, curtir os amigos e a família em animadas comemorações. Cuidar
das plantas é uma prioridade diária, assim como fazer artesanatos com
decoupagen em madeira. Editei um livro para que a família e amigos, tomassem
conhecimento dos meus escritos: EMOÇÕES pela All Print Editora. Participo de
várias Cirandas na Net e algumas Antologias pela Helvetia Editora
(Alquimia Literária, O Dom de Ser Mãe, Textos Selecionados, A Vida em Poesia
II, Folclores Brasileiros) Em Janeiro 2017, fui selecionada para receber uma
Menção Honrosa num evento em Recife – (PE) pela Helvetia Edições. Essa
sou eu: Yna Beta..
SÉRGIO DINIZ BARROS
GUEDES
FREIOS DA VIDA
Pelas águas claras do
viver
vejo a rota do meu
destino...
tantas belezas em luta,
na labuta dos
dissabores...
os tributos pagos em
desatino
descontrola a
felicidade...
o rigor dos duros freios
da vida,
deixa alma ferida
nos espaços
temerários...
o frágil vôo em solidão,
deságua na amplidão
inundando minha face.
Sérgio Diniz Barros Guedes
SIMONE CRISTINA DA SILVA
Guarulhos (SP) - Brasil
Guarulhos (SP) - Brasil
VERSOS PRESOS N'ALMA
Sinto uma leve brisa a
tocar-me a fronte
Como sussurros bailados no vento
O desejo de cantar versos que se esconde
Nos mais longínquos labirintos do tempo
Como a arranhar na própria garganta
O desejo num grito abafado
De saudades doídas e são tantas!
Que já não cabem n’um coração quebrantado
Se meus são, esses sentimentos
Ou se fora de outro alguém
Não sei se sinto ou só lamento
Todo esse desdém...
Como sussurros bailados no vento
O desejo de cantar versos que se esconde
Nos mais longínquos labirintos do tempo
Como a arranhar na própria garganta
O desejo num grito abafado
De saudades doídas e são tantas!
Que já não cabem n’um coração quebrantado
Se meus são, esses sentimentos
Ou se fora de outro alguém
Não sei se sinto ou só lamento
Todo esse desdém...
Simone Cristina da Silva - Embaixadora da Paz França/Brasil Correspondente Acadêmica da ARTPOP – RJ Algumas das obras publicadas: Antologia Alimento da Alma IV, V, VI e VII, Livro Destaque na Poesia 2011, Livro Melhores da Poesia Brasileira, Livro Inspiração em Verso I e II, Emoções Poéticas, Semente da Paz Vol. 1, Livro Trajetórias e Vivências.
SÍLVIA ÂNGELA RABONE
PALMA
CUIDADOS
Fui te soltando assim
aos poucos feito pipa
balançando no ar
procurando a melhor
forma
de encontrar seu vento
ideal
Fui te afastando no
tempo certo
como folhas de outono
que pousam no gramado
resguardando o solo
mas protegidas pela
sombra
Fui te deixando leve e
solto
e aprendendo contigo
a felicidade de se
sentir só e capaz
E nada mais...
Sílvia Ângela Rabone Palma, residente em Várzea Grande, Mato Grosso, Brasil. Nasci no
estado de São Paulo, cidade de Presidente Prudente. Escrevo desde criança,
porém tenho publicado a mais ou menos há um ano. Não tenho estilo único. Sou do
signo de Leão, mês de agosto. Fiz esse poema para meu filho Levy.
SUELI DO ESPÍRITO SANTO
ALGUÉM
Que tenha a luz de um farol
brilhante como os raios do sol
para guiar-me na noite escura
que seja a minha estrela guia
na madrugada fria e sombria
amando-me com muita ternura
Que amenize as minhas feridas
cicatrizes abertas estão doloridas
e ainda vivo a chorar essas dores
que atingem até o fundo da alma
preciso de alguém que me acalma
alguém que me traga suas flores.
Sueli do Espírito Santo
Que tenha a luz de um farol
brilhante como os raios do sol
para guiar-me na noite escura
que seja a minha estrela guia
na madrugada fria e sombria
amando-me com muita ternura
Que amenize as minhas feridas
cicatrizes abertas estão doloridas
e ainda vivo a chorar essas dores
que atingem até o fundo da alma
preciso de alguém que me acalma
alguém que me traga suas flores.
Sueli do Espírito Santo
TÂNIA DINIZ
REVISTANDO AS FADAS...
Bela Adormecida, sonhando, acordou estremecida e
com um bocejo. Queria muito mais que um beijo!
Sherazade, uma beldade, cansada das histórias -
mais de mil - uma noite deu o ultimato ao Sultão: ou dorme de
boa(*) ou acaba a relação!
Rapunzel soltou as tranças e, elegante e
esbelta, saltou da torre, de asa delta.
{(*)
- gíria atual = +_ de boa vontade}
Tânia
Diniz -
graduada em Letras pela UFMG. Professora, poeta, contista, produtora cultural,
editora e idealizadora do mural poético MULHERES EMERGENTES, o sensual em
cartaz, desde 1989, em Belo Horizonte, MG, Brasil. Premiada, tem
trabalhos publicados no Brasil e exterior, impressos e virtuais.
TCHELLO D'BARROS
DE INTENTOS E INSTINTOS
Na memória o intento
E na carne o instinto
Esquecer já é distante
Tanto quanto este
instante
A lua cheia transborda
Noite alta e madrugada
Nos meandros de um
idílio
Um encontro dos amantes
Na noite um corpo no
leito
No leito um sonho no
sono
No sonho um beijo na
boca
No beijo uma jura de
amor
Mas na vida os encontros
São prenúncios de
partida
Pelo menos a lua cheia
Volta e meia tá de volta
Tchello d'Barros
THAIS ARRIGHI
São Paulo (SP) – Brasil
DESATINO
Exigente... Minha alma
Sincera... Eloqüente
Dengosa... Charmosa
Com mágoa no coração
Vou seguindo em frente!
De outras vidas trago
água
Fogo e mar
No céu cavalgo estrelas
Falo com a lua
E cores
coloco nas ruas!
Acho que sou miragem
Pois vivo em oásis
Onde o sol
É o meu companheiro
Determinante da
solidão...
E faço dela minha
Companheira de ilusão!
Danço nas nuvens
Sonho nos prados!
Carinhosa sem limites
Inspirada em versos
Atrevida... Sexo frágil
Sábia por nascença
Caminho forte meu
destino
Mas falo de amor!
Que desatino!
Eu, Thais Arrighi
Faço da poesia a minha alegria. Nasci para sonhar e sonho para
poetar! Professora aposentada, membro efetivo da
extinta AVBL. Comecei a publicar meus trabalhos e não mais parei.
Duas Antologias publicadas no real e três E-books compõem as
minhas andanças pelos trilhos da poesia. Escrevo para alguns sites e acrescento
em meu blog com amor e dedicação, poemas a todos os leitores que amam
ler o amor e o espalham para quem ainda acredita nele!
TEREZA CRISTINA
GONÇALVES MENDES CASTRO
Vila Missionária (SP) -
Brasil
PLANETA TERRA EM PERIGO
Aos seres humanos
De repente a vida na
Terra parece tão perene,
Os governantes querem
ser mais que o Criador.
Querem transformar
alegrias em muita dor.
Intolerância política,
drogas, intolerância religiosa,
E, muitos se acham no
mar de rosas da corrupção.
Haja visto o golpe no
Brasil, a patifaria de políticos corruptos,
E, nos Estados Unidos,
as redes sociais,
Sendo palco de
mesquinharia e ironia de quem se acha.
Na Coréia do Norte, um
alguém que se acha melhor que outros.
E, tantas vítimas se
vão.
O coração se amargura, a
vida parece não ter mais valor.
E, o Amor pregado em
todas as religiões, onde foi parar?
As virtudes fora do
lugar,
E, seres humanos se
devastam ao maltratar a própria Natureza,
A certeza apenas da
ganância, do dinheiro rápido, do prazer momentâneo.
Tudo está instantâneo.
E, o ser humano se
perde, e coloca a Terra em perigo.
Mas ainda temos pessoas
de fé, de coragem, e que exalam amor maior.
Ler o Alcorão, a Bíblia,
a Torá, tudo pode ajudar a evangelizar,
Basta interpretar com
Sabedoria e Amor, para realmente se conectar a Deus.
Que nos fala todos os
dias ao nosso coração.
Tereza Cristina Gonçalves Mendes castro - nascida em 30/06/1967 - paulistana. Filha de portugueses:
Deonilde e Francisco. Casada com Eduardo Riveiro Castro, mãe de Alexia
Cristina, Emmanuel e Anna Clara. Professora formada em Química e escritora,
participante de várias antologias literárias a nível nacional e internacional,
como o Portal CEN, Eisfluências entre outras. Ama escrever desde a tenra idade.
THEREZINHA APARECIDA
VÁLIO CORRÊA (THERE VÁLIO)
Pilar do Sul (SP) - Brasil.
Pilar do Sul (SP) - Brasil.
PRIMAVERA ESTAÇÃO DAS
FLORES
O inverno se despede
satisfeito
Já cumpriu seu dever na
estação
Altaneiro vai saindo de
fininho
Mas com um pouco de dor
no coração.
Estava acostumado a
letargia...
As pessoas agasalhadas
em noites frias
Trazia para o inverno a
sensação
Que assim é que cumpria
sua missão.
Agora chega toda alegre
a “Primavera”
Cheia de flores risos e
simpatia...
Faz as pessoas sentirem
mais felizes
Curtir o luar em noites
amenas,
Sentir nas flores o
perfume que irradia
No ambiente, o olor
perfeito das rosas.
A primavera é a estação
da alegria
Faz o amor saltitar nos
corações
E a paixão vibrar as emoções.
Os campos vão se
tornando mais verdes
Flores abrem em
infinitas variedades e cores,
E os passarinhos cantam
e voam alegremente,
Festejando a liberdade e
a fartura...
E o nascimento dos
filhotes em seus ninhos.
As andorinhas voltam do
seu tempo hibernal,
Voando aos bandos
alegrando o por do sol
Retornam ao ninho, agora
cheias de vigor
Comemorando a estação
linda e florida.
Therezinha Aparecida Válio Corrêa, (There Valio) - natural de Pilar do Sul/SP. Casada, 2 filhos, 3
netos Lic. em Ciênc e Matem Aposentada
do TJ/SP. É coautora em antologias e
história infantil. Coautora no livro de contos infantil “Balaio de Histórias”.
Autora do livro “O Amuleto do Casarão Amarelo” Membro do site dos Poetas Del
Mundo, e do Recanto das Letras. Membro efetivo da APOLO-Acad. Poçoense de
Letras e Artes, de Poções, Bahia, titular da cadeira de nº 26. Membro Sorocult de Sorocaba/SP.e do (CLANA),
Clube Literário e Artístico Nascente das Águas de Pilar do Sul/SP. da Literarte-Assoc
Intern. de Escritores e Artistas e da PEAPAZ (Poetas e Escritores do Amor e da
Paz).
VANDA JACINTO
Mossoró (RN) – Brasil
SAUDADE DO CHEIRO DA
MINHA INFÂNCIA
Abriu
sua caixa postal eletrônica, e se deparou com uma frase, uma simples frase. No
entanto, forte o suficiente para remetê-la a quilômetros de distância...
Interessante, essa capacidade humana!.
Tinha
boas lembranças da sua infância, alias, uma infância, rica de histórias.
Considera-se hoje, uma adulta madura, catada das suas muitas experiências que
foram se acumulando dia após dia; portanto, impossível dissociar-se do que quer
que tivesse vivido.
Fechou
os olhos, permaneceu em silêncio, e em poucos segundos, como num passe de
mágica, estava lá, de volta no tempo, captando cronologicamente, cada cheiro.
Sim, porque na sua infância, houve muitos cheiros importantes.
Na
condição de segunda filha, de uma prole de dez filhos, desde muito cedo recebeu
obrigações que sempre procurou cumprir com presteza, embora nem sempre com
alegria, pois, desde a mais tenra idade, tinha que Intercalar as tarefas
domésticas com os períodos de estudos e brincadeiras e, com certeza esse fato é
um caos para qualquer criança em qualquer tempo.
Seu
genitor, que trabalhava como pedreiro, saia muito cedo de casa e só voltava a
noitinha, cansado, trazendo na sua bolsa de couro, a marmita vazia, e as vezes,
o lanche da tarde, que ganhava na firma, mas que sempre guardava para os
filhos. Apostar corrida até o portão com os irmãos, pra saber quem primeiro
daria o abraço no pai e, lógico, pegar a bolsa para conferir o presente diário
era sagrado. Esse foi o primeiro cheiro que lhe veio à mente. O cheiro do suor
sagrado do pai, sempre presente na sua vida, lembrando as responsabilidades dos
seus atos.
A
mãe, uma batalhadora, costurava incansavelmente para ajudar no orçamento
familiar. Dela são as lembranças dos melhores cheiros! Cheiros, que enchiam a
boca d’água. Ela sempre soube combinar os temperos e, mesmo com as
dificuldades, fazia milagres na cozinha. “O seu dom culinário, certamente,
recebeu o estímulo dela”. O cheiro do seu cafezinho e os bolinhos de chuva,
hum! Mas o cheirinho de pão quentinho, esse era especial. Dia de pão caseiro
era dia de piquenique no quintal, ou quando ela deixava, em algum terreno
baldio próximo da casa, sem correr risco algum!
Os
banhos, ah! Esses eram feitos em bacia de zinco, o cabelo era o primeiro a ser
lavado (recomendação materna), para não ficar duro de espuma, pois as
brincadeiras com o sabonete, aconteciam sempre, e não se tinha muita água, para
o enxague. Era bom demais, porque o cheirinho do sabonete “vale quanto pesa”,
ficava impregnado no corpo e no cabelo.
Lembrou-se
que, no auge dos seus 10 anos, acompanhava seu irmão mais velho nas suas idas,
logo cedo, às hortas e granjas, para comprar verduras, para o consumo de casa,
e para revenda na vizinhança. Por ser nos arrabaldes da cidade, o caminho das
hortas e granjas, era um verdadeiro paraíso, recheado de arbustos, árvores,
mato, flores do campo, e ninhos de passarinhos. Ficavam, entretidos por longo
tempo, ela, a procura de flores silvestres, porque, mesmo gostando muito de
rosas - suas flores preferidas, descobrir novas flores do campo, era um dos
seus prazeres. Ele, atrás dos ninhos. Para isso, ficava observando de longe,
para não espantar os filhotes. Momentos únicos, nos quais o som do silêncio, o
vento nos cabelos, o cheiro do mato molhado pelo orvalho da noite ( cheiro que
até hoje, exerce um fascínio tremendo nas suas emoções), eram saboreados
inocentemente, como só uma criança sabe fazê-lo.
Um
ruído próximo a faz despertar dos devaneios e, meio desorientada, percebe como
o tempo e a distância podem ser relativos. Inda há pouco, era uma criança
colhendo flores silvestres e, de repente, está de volta, de frente para a tela
do computador.
Ainda
em estado de graça, olhando para a tela à sua frente, analogicamente, compara o
HD –Hard Disk e a mente humana. Ambos, com as mesmas funções, guardam
informações para serem utilizadas futuramente, bastando, pra isso, apenas usar
a ferramenta certa!
Vanda Maria Jacinto -
(Auriflama/SP, 1952) Pedagoga, Especialista em Psicologia Educacional.
Funcionária pública, aposentada (Estado e município), Membro da ACJUS –
Academia de Ciências Jurídicas e Sociais de Mossoró, Membro da ASCRIM –
Associação dos Escritores Mossoroenses. Publicou um livro de crônicas:
Rabiscando os Caminhos da Prosa e um de poesias, “O Amor no tempo e no espaço”
(Sarau das Letras). Participou das coletâneas II Seminário Internacional
Encontro das Américas (Sem Fronteiras), Coletânea Literária Internacional
Lusófona, vol. 2(Sem Fronteiras) e da primeira e segunda coletâneas da
confraria Café e Poesia (Sarau das Letras).
VARENKA DE FÁTIMA ARAÚJO
Salvador (BA) - Brasil
MÁRIO CARABAJAL
Salve, Mário Carabajal,
que tem seus poderes
Sempre galgando em sua
lida
Salve, o médico,
cientista, escritor
Sim, incansável com seu
amor
Do seu brilhante olhar,
um diamante
Salve, o Presidente
Fundador da ALB
Varenka de Fátima Araújo - Reside em Salvador- Bahia - Brasil, Funcionária Pública, Escritora,
Comendadora. Membro da Acadêmia de Cultura da Bahia, Membro Correspondente da
Acadêmia de Letras do Brasil/Suiça
VILMA SANTOS
Taguatinga (DF) - Brasil
O PERFUME
Teu perfume me deixa
embriagada
Entra pelas vias
aéreas e adentra meu coração
Faz a cabeça sair do
corpo para bailar livre
Deixa o pensamento
prisioneiro do teu querer
E o coração dispara,
galopante, buscando incessante a tua presença!
Ah! Esse teu
perfume!
É a marca do teu poder
sobre mim!
É o ar que necessito a
cada amanhecer
O alimento que sustenta
meus dias
A água que hidrata cada
nervo do corpo
É a energia necessária
para iluminar meu caminho!
Teu perfume denuncia sua
aproximação
E o meu ser se agita com
sua iminente chegada
Meu sorriso se abre
antecipadamente
E os meus olhos?
Meus olhos ganham vida
Explode o brilho da vida
E a sua situação
sombria é esquecida, sepultada, congelada
E a minha escuridão
ganha cor
Com o aroma do seu
perfume que é o verdadeiro amor
E guia meus passos no
meu mundo desprovido de cor!
Vilma Santos - Nasceu em Taguatinga, DF, filha de pais
analfabetos, vindos do sertão da Bahia. Toda trajetória escolar em escola
pública, inclusive a graduação, Pedagogia na UnB. Professora alfabetizadora na
SEDF, desde 1988. Casada, 3 filhos, apreciadora da boa leitura e iniciante na
arte de ver a vida por meio da escrita de poesia. Participa desde 2016 das
publicações ‘LOGOS”- FÉNIX , Portugal.
VIRGINIA MARIA NEVES
MACIEL
Lajinha (MG) - Brasil
SE ENCONTRAR
Durante
muitos anos esperei
Achar
alguém para mim, que me entendesse,
Aceitasse-me
como sou oferecendo-me a plena felicidade
É
da lei axioma, que cada um encontre o que procura com o próprio
Esforço
que colocou em sua busca
E
o tempo passou... Como o vento que sopra vorazmente
Levou
folhas e gravetos e me trouxe o ar puro
Aurora
da primavera vem chegando paulatinamente
Com
sua grande pujança implacável levando o inverno
A
haure da minha vida passou por duras provas
Só
apenas ontem desvendei este alguém mágico
Ao
olhar-me no espelho.
Meu nome é
Virginia Maria Neves Maciel,
nasci em Lajinha em 1983, no interior de Minas Gerais, uma cidade pequena mais
pitoresca e aconchegante sua paisagem montanhosa me influenciou para me formar
como professora em 2010 não me contentado cursei e pós graduei em Artes Visuais
no ano de 2015. Me casei com o dentista João Eustaquio Teixeira de Melo com
quem tive minha filha Vitoria Neves Maciel Teixeira em 2007,onde vir a
descobrir que minha filha era portadora de Autismo,me motivou a pensar o texto
Se Encontrar.
WAGNER FRÀGUAS
Rio e Janeiro (RJ) -
Brasil
“PÉTALAS DE ROSAS”
As rosas tem pétalas
que vou despetalando uma
a uma,
e elas deixam no ar um
perfume
que vai falando o que
passa
dentro do meu coração!
Solto mais uma pétala e
meu coração sofrido
vai pensando outra vez,
no meu amor por essa criatura!
Solto mais uma pétala,
ela exala mais perfume
que tonteia minha alma,
e deslumbra o amor!
Desprendo mais uma
pétala
que agora reflete em
minha alma,
o amor que eu tinha,
que vem lá de outrora!
Solto mais uma pétala
e mais profunda fica a
lembrança
e vai chegando bem a
tona
recordações do que vivi!
Então, solto a última
pétala
e relembro tudo agora!
O amor que era meu
retornou do passado
para os meus braços,
este amor é você, minha
flor,
É você minha flor!...
Wagner Fràguas – Artista plástico, escritor, Comendador, Premiado em
diversos Salões de Arte e Concursos Literários. Diretor Patrimonial da ALAP
(Academia de Letras e Artes de Paranapuã), possui obra no acervo do Museu Maria
da Fontinha, em Castro Daire, nas Pinacotecas fundadas pela ALAP na Câmara
Municipal de Figueiró dos Vinhos e Alcanena. Membro Fundador da Academia de
Letras e Artes Lusófonas, todas em Portugal. Participou de várias antologias,
revistas e livros de artes. Membro do Conselho Fiscal da Associação Cultural
Barão de Ayuruoca (MG).
WILSON DE JESUS COSTA
ONDE ESTÁ VOCÊ?
Queria ouvir os pássaros
cantando
Ouvir tua voz, teu
triste pranto
Pois da vida perdi todo
encanto.
Sou barco jogado no
desafio das marés
Sequer existe um porto
para poder me abrigar
Onde possa descarregar
minha dor, meu desgosto
Deixando toda decepção
pelo caminho.
E até os pássaros foram
embora
Nada mais ouço, estou só
agora
Não existe canto, nada
de encanto
Pássaro sou sem ter um
ninho
Sinto falta de velhos
caminhos...
Das minhas mãos em teus
cabelos
De teu colo em cansaço
A respirar no meu
respiro
Sentindo falta de meu
abraço...
Queria rever os pássaros
cantando
Ouvir tua voz, teu
triste pranto
E reviver com você um
novo encanto
Procurando chegar ao céu
em novo caminho
Pois perdido estou sem
teu carinho...
Onde está você, onde
estarão os pássaros?
Wilson de Jesus Costa
WILSON DE OLIVEIRA JASA
São Paulo (SP) – Brasil
A ESCRITA NO MUNDO
É com a Escrita no
Mundo,
que se pode registrar;
e nestas linhas difundo,
o que tenho pra falar.
Cada Entidade que
fundo,
seu recado vem deixar;
nos Meus
Versos aprofundo,
todo o sentido
do Amar;
pois vejo através
da Escrita,
que
na Mensagem descrita,
contém Luz, Sabedoria...
...e deixo a
contribuição,
nas linhas
da Redação,
e através
da Poesia.
Wilson de Oliveira Jasa, poeta, Príncipe dos Poetas Paulistanos, Presidente da Casa
do Poeta “Lampião de Gás” de São Paulo, Presidente do Movimento Poético em São
Paulo.
ZENAIDE ALÓS GUIMARÃES
ABATI
Porto Alegre (RS) -
Brasil
DOS FINAIS
De todos os finais...
Não tem um mais triste
Ou melancólico, ou
sombrio.
O pior final não é a
morte!
Tão pouco o final da
dor,
Nem o final da sorte
Mas de todos os finais,
Que na alma arde...
O mais dolorido e triste
É o final da tarde!
Zenaide Alós Guimarães Abati Professora dos anos iniciais, Orientadora Educacional
52 anos. Gosto muito de escrever e principalmente ler. Aprecio todos
os gêneros literários, especialmente Literatura Infantil. Participo
de cursos e oficinas literárias, feiras do livro e realizo oficinas com grupos
de estudantes dos anos iniciais para desenvolver o gosto e o
prazer pela leitura.
Tenho
trabalhos publicados em antologias (Concurso Além do Giz e Um poema em cada
árvore). Recebi um livro editado com 40 poesias, como participante do I Concurso
Miau, promovido por Cláudia Brino/Costelas Felinas.
ZZCOUTO
Niterói (RJ) - Brasil
A PEQUENA MARIA!
Navegando por entre rios
lunares
lembrei brincadeiras
da menina Maria,
fazendo risos no pétreo
coração
do recatado menino
bonitão...
Remando contra
indiferente correnteza
encontrei o verbo e
esqueci Maria,
que era cheia de
comovente graça
e atravessava a rua
feito uma garça...
Agora como encontrar
Maria?
Sua alma linda de
criança pequena
contida dentro do
próprio céu,
se atirou no
mundo de cabeça ao léu...
Esperar algures em algum
tempo
do incerto amanhã ou o
depois,
talvez quem sabe o
predestinado vento
devolverá a Maria em
pensamento...
RJ-11/10/17
(Singela homenagem a
Maria,
que vi nascer e crescer,
se entregou ao mundo das
drogas
e hoje não está mais
aqui.)
ZzCouto®
ZzCouto - Nascida
no Estado do Rio de Janeiro-Brasil, residente em Niterói RJ, cidade em que
ama viver. Chegou à Internet no ano de 2004 com suas formatações
em slides e assinando comoZzCouto se tornou conhecida. É
Artista Plástica, Poeta, Escritora, Embaixadora da Paz (França) e Poeta Del
Mundo, com várias antologias no seu currículo. E por opção não tem nenhum livro
editado... É uma pessoa simples, que luta pelos seus ideais.
Parabéns pelo esforço de esbelto trabalho doado aos poetas! Assim o Portal Cen Cá Estamos Nós consegue estar nos quatro cantos no Mundo, por mãos do Presidente carlos Leite Ribeira e a sua promotora e formatadora D. Beatriz... Abs! Pinhal Dias
ResponderExcluirSensacional! Mais uma participação nessa linda antologia elaborada com o carinho de vários autores espalhados pelo mundo que aqui se tornam únicos ao som da Poesia! Obrigada de cotação florido.
ResponderExcluirParabéns! Para toda equipe por mais uma trabalho magnífico e digno de todos os aplausos e reconhecimento... E que Deus os abençoe e os ilumine... Sempre...
ResponderExcluirParabéns a todos os participantes com seus magníficos trabalhos! Parabéns à Maria Beatriz por mais esta bela formatação e parabéns ao amigo Carlos por nos abrir as portas do CEN. Obrigada, sinto-me honrada em fazer parte da XXIV Antologia.
ResponderExcluirAgradeço a gentileza do convite CEN. Amei a oportunidade de participar desta coletânea virtual tão primorosa e com tantos talentos. Parabéns, Carlos Ribeiro Leite, Maria Beatriz e todos os participantes pelos excelentes trabalhos!
ResponderExcluirMuito agradecida ao Carlos Leite, Diretor do Portal CEN, à maria Beatriz por sua brilhante ajuda ao Portal. Aos participante desta Antologia meus Parabéns!
ResponderExcluirO nosso sincero agradecimento!
ResponderExcluirÉ maravilhoso cuidar dos lindos versos de vocês!
Parabéns a todos!
O nosso abraço.
Maria Beatriz e Carlos Leite
CON MUCHÍSIMO APRECIO HE LEÍDO ESTA BELLA ANTOLOGÍA Y TENGO QUE FELITAROS POR LA EXIGENTE CALIDAD DE LOS POETAS PARTICIPANTES:TODOS DEMUESTRAN OFICIO Y VOZ LÍRICA DE VALIOSA.LA EDICIÓN ES MUY PROFESIONAL Y DE UNA RIQUEZA ESTÉTICA SORPRENDENTE.VAYA PARA LOS EDITORES Y PARTICIPANTES EL APLAUSO SONORO Y POÉTICO.
ResponderExcluir